Itaipu e parceiros divulgam protocolo de acolhimento a pessoas com tendência ao suicídio

A divulgação de um protocolo trinacional de orientações para acolhimento a pessoas com pensamento suicida em rodas de conversa em escolas públicas de Foz do Iguaçu e outras ações marcaram a campanha Setembro Amarelo, que reuniu Brasil, Paraguai e Argentina ao longo de todo o mês. A iniciativa teve a participação da Itaipu Binacional, do Grupo de Trabalho GT Saúde, Hospital Ministro Costa Cavalcanti e prefeituras das três cidades da fronteira – Foz do Iguaçu, Puerto Iguazú e Ciudad del Este.

O balanço das atividades foi divulgado nesta segunda-feira (30), no Centro de Recepção de Visitantes da Itaipu, com a presença de várias autoridades e parceiros(as) do projeto, como professores(as) e profissionais de saúde. Ao longo do mês, houve uma série de atividades, com abertura da campanha no dia 2 de setembro em Foz do Iguaçu; no dia 5, em Ciudad del Este; e no dia 12, em Puerto Iguazú. No dia 10, no Marco das 3 Fronteiras, houve uma ação de sensibilização em relação ao Dia “D” – Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No total, foram 300 rodas de conversas nos três países vizinhos.

O Setembro Amarelo foi criado para reforçar o dia mundial de prevenção ao suicídio, 10 de setembro. O Brasil é o oitavo lugar no mundo em número de suicídios. Na argentina, o suicídio representa 24,6% das mortes por causas externas. Já o Paraguai mantém vigilância e análise aprofundada para abordar adequadamente as causas subjacentes e melhorar a saúde mental pública.

A proposta de reunir os três países na campanha surgiu em 2023, durante o “Fórum de Promoção à Saúde Mental na Atenção Primária em Rede”, proposto pela Comissão Técnica de Saúde Mental do GT Itaipu Saúde. “A ideia foi prontamente acolhida devido à importância do tema, que aflige pessoas no mundo inteiro. Para a Itaipu, apoiar essas iniciativas é de extrema importância, já que a política do governo Lula tem como foco principal cuidar das pessoas”, afirmou o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri.

A gerente da Divisão de Iniciativas de Responsabilidade da Itaipu, Luciany Santos Franco, vai na mesma linha. “A importância do Setembro Amarelo vai muito além do motivo principal para o qual ele foi criado, que é a promoção da vida e prevenção ao suicídio. Ele traz para o foco das atenções a importância da saúde mental como um todo.”

De acordo com ela, as pessoas pensam no GT Saúde para ações e medidas voltadas à promoção da saúde física e biológica, “mas a saúde mental precisa estar presente em tudo, porque as pessoas estão adoecendo mentalmente, o que impacta também na saúde física”, avaliou.

“O Setembro Amarelo promove o engajamento de toda a sociedade e em todos os ambientes, promove a sensibilização e prova que precisamos, sim, falar sobre o assunto, mas falar da maneira certa, com cuidado, acolhimento e amor a quem está com a saúde mental abalada. Falar sempre vai ser a melhor solução, e para isso precisamos ter pessoas e instituições preparadas para ouvir”.

Para a gerente do GT Saúde pelo Hospital Ministro Costa Cavalcanti, Paula Zvir, “um dos principais papéis do grupo de trabalho é exatamente este: reunir profissionais dos três países, unir esforços e conhecimentos para elaborar ações conjuntas que permitam enfrentar os desafios comuns e contribuir para a promoção e prevenção da saúde mental.”

Cuidados internos
Na Itaipu, a campanha Setembro Amarelo é organizada pela Superintendência de Recursos Humanos, por meio de um trabalho integrado entre os setores de Psicologia Organizacional e Serviço Social. A empresa tem uma estrutura de apoio para quem precisar de amparo psicológico e mantém uma reflexão permanente sobre o tema, já que os cuidados e prevenção ao suicídio não acabam em setembro.

O suicídio é uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo. Conhecer os fatores de risco e sinais de alerta é fundamental para a prevenção.

Doenças mentais são um dos fatores que elevam esse risco. É importante lembrar, no entanto, que elas também são tratáveis, assim como as doenças cardíacas, renais ou endócrinas, por exemplo. Para cada doença mental há um tratamento adequado.

Essa ação está vinculada a vários Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, como os de número 3: Saúde e Bem-Estar; 4, Educação de Qualidade; e 17, Parcerias e Meios de Implementação. Saiba mais sobre os ODS em www.itaipu.gov.br/responsabilidade-social/agenda-2030.

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