Itaipu e Itaipu Parquetec promovem inventário de aves

Estudo será realizado pela primeira vez no Refúgio Santa Helena e no Corredor Santa Maria

Em uma parceria entre Itaipu e Itaipu Parquetec, através do Núcleo de Inteligência Territorial (NIT), teve início em dezembro a primeira campanha do inventário de aves no Refúgio Biológico de Santa Helena e no Corredor Ecológico Santa Maria. As atividades para o levantamento de dados ocorrerão nos próximos dois anos, abrangendo as diferentes estações do ano.

Os resultados permitirão conhecer as espécies de aves, a estrutura e a interação entre suas comunidades, bem como criar uma base de dados comparativa entre as áreas estudadas e outras unidades de conservação. Esse tipo de estudo já era realizado pela Itaipu no Refúgio Biológico Bela Vista (RBV).

Segundo a bióloga Flávia Heloísa Rodriguez, coordenadora do Eixo Biodiversidade do NIT pelo Itaipu Parquetec, as informações e resultados obtidos contribuirão para o conhecimento dos esforços de Itaipu e seus efeitos na conservação de áreas em recuperação em um contexto regional. “Da mesma forma, demonstrarão o estado da qualidade desses serviços ambientais ao longo do tempo, permitindo avaliar a progressão dos esforços”, afirmou.

Para a engenheira Liziane Kadine Pires, da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu e coordenadora do Eixo Biodiversidade do NIT pela Itaipu, os resultados serão de fundamental importância para os planos de manejo e gestão do Refúgio Biológico de Santa Helena. “Também servirão para embasar ações e estratégias de conservação e recomposição da fauna”, completou.

No Corredor Ecológico Santa Maria, segundo o pesquisador líder das atividades, o biólogo Dr. Roberto Bóçon (Bolsista Itaipu Parquetec/NIT), pretende-se conhecer a avifauna presente ao longo do corredor. “Através da captura por meio de redes especiais, as aves são marcadas com anilhas codificadas, visando o conhecimento dos processos de colonização, territorialidade, bem como os possíveis deslocamentos efetuados pelas aves ao longo do corredor, e assim avaliar o potencial de dispersão natural das aves no corredor”, explicou.

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Professor da rede estadual é nomeado líder local de hackathon da NASA

João Marcos Brandet será líder local, ou seja, responsável por organizar o hackathon NASA Space Apps Challenge

Professor da rede estadual de educação, João Marcos Brandet foi oficialmente nomeado líder local do NASA Space Apps Challenge 2025 em Londrina, no Norte do Paraná. A nomeação, concedida pela própria agência aeroespacial dos Estados Unidos, reconhece a trajetória de Brandet na organização de eventos científicos, sua liderança em inovação e o compromisso com o desenvolvimento da comunidade local.

O evento é um hackathon internacional anual, promovido pela NASA, em que participantes de todo o mundo se unem para resolver desafios reais na Terra e no espaço. As pessoas nomeadas como Líderes Locais organizam os eventos. Eles são líderes de suas comunidades de ciência e espaço, reunindo solucionadores de problemas e pensadores inovadores para enfrentar desafios reais no planeta e no espaço.

“Para mim, a nomeação como líder local representa mais do que um título, mas um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido e um passaporte para liderar alunos e professores que desejam estar no nível de destaque da educação paranaense, pensando em resolver problemas e transformar contextos”, afirmou o professor, que dá aulas de Programação e Robótica na Escola Estadual Prof. Kazuco Ohara; de Física (Robótica) e Matemática (Programação) no Colégio Estadual Profª Lúcia Barros Lisboa; e de Matemática (Programação e Recomposição de Aprendizagem) no Colégio Estadual Dr. Gabriel Carneiro Martins, todos em Londrina.

Marcado para os dias 4 e 5 de outubro de 2025, o hackathon NASA Space Apps Challenge é um dos maiores do mundo, reunindo anualmente milhares de participantes espalhados por diversos países em uma maratona global de 48 horas. Durante o evento, equipes multidisciplinares formadas por cientistas, engenheiros, programadores, designers e entusiastas da tecnologia trabalham juntas para criar soluções inovadoras para desafios a respeito da Terra e do espaço.

A conquista de João Marcos Brandet foi celebrada pelo secretário da Educação do Paraná, Roni Miranda, que ressaltou o protagonismo do professor na promoção da inovação. “É um orgulho para a rede estadual de ensino ver um professor com destaque em nível global, em um evento tão relevante como esse. Com certeza, é um reconhecimento à liderança do professor Brandet e à qualidade da educação pública do Paraná”, apontou.

Protagonista – Desde sua criação, em 2012, o hackathon se expandiu para centenas de cidades em todos os continentes, promovendo a colaboração internacional e o uso criativo da ciência e da tecnologia. A escolha de Londrina como uma das sedes oficiais e a liderança de Brandet reforçam o papel do Brasil como protagonista no cenário da inovação científica. “A minha missão é mostrar que a educação pública do Paraná não é apenas destaque no Brasil, mas também em outros locais do mundo”, ressaltou o professor.

Reconhecimento – A indicação como líder local do NASA Space Apps Challenge 2025 é um reconhecimento ao trabalho de Brandet na rede estadual de educação do Paraná. Ao longo de sua carreira docente, o professor se destacou, especialmente, pela organização de iniciativas lúdicas nas áreas de Astronomia e Matemática.

Um exemplo foi um projeto de criação de jogos educativos desenvolvidos na plataforma Scratch, que visou ao ensino de Astronomia a estudantes de baixa renda. Os jogos foram integrados a um aplicativo que funciona como uma biblioteca off-line, permitindo que os alunos aprendessem sobre o espaço sem a necessidade de conexão constante.

“Os jogos foram cuidadosamente elaborados a partir de dados reais enviados pela NASA, garantindo que o conteúdo fosse não apenas lúdico, mas também cientificamente preciso e atualizado. Cada jogo abordava conceitos como formação de planetas, movimento dos corpos celestes, missões espaciais e exploração do sistema solar, tudo de forma interativa e acessível”, detalhou.

Outros projetos concebidos pelo professor envolveram a criação de materiais educativos inclusivos voltados ao ensino de Língua Portuguesa e Língua Brasileira de Sinais (Libras), além do desenvolvimento de poemas e recursos de aprendizagem em Matemática. Em todos os casos, a Programação foi aplicada como ferramenta interdisciplinar. “Dessa forma, os estudantes puderam relacionar conceitos matemáticos, literários e tecnológicos, potencializando tanto a criatividade quanto o raciocínio lógico”, acrescentou.

Educação, Tecnologia e Transformação Social– O NASA Space Apps Challenge é aberto a pessoas de todas as idades, formações e níveis de experiência. A diversidade dos participantes é um dos pilares do evento, que busca fomentar o aprendizado colaborativo e o desenvolvimento de soluções tecnológicas com impacto real.

“Essa nomeação me possibilita incentivar crianças, adolescentes e jovens para resolverem problemas utilizando o mundo da programação e da robótica. Nesta edição, estarei como um líder para estimular nossos jovens a criarem e a empreenderem”, explicou Brandet.

Neste ano, Londrina e o Paraná consolidam-se como polos de criatividade, ciência e tecnologia, integrando-se a uma comunidade global que busca transformar o mundo e o universo por meio da inovação. “A NASA e outras instituições podem estar mais próximas do que a gente imagina. O governo favorece isso ao estimular que os alunos e professores estejam envolvidos em Olimpíadas, bem como em competições como o Agrinho”, apontou.

Segundo o professor, esse tipo de iniciativa educacional tem um poder transformador profundo. “Quando todos nós estamos alinhados pensando na centralidade e no protagonismo do aluno, podemos resolver a indisciplina e tantos outros problemas com inovação, amor e ação”, completou.

Durante o hackathon, os participantes poderão criar jogos, aplicativos, vídeos, ferramentas educacionais e outras iniciativas que respondam aos desafios propostos por especialistas da NASA. A coordenação global do evento é realizada pela Equipe GO (Global Organizing Team) da agência, que apoia os líderes locais na organização dos encontros presenciais e virtuais.