Em uma batalha sem vencedores, há quem adore o horário de verão e quem deteste. Para a tristeza dos adoradores, o horário de verão, que entrou em vigor no dia 4 de novembro, chega ao fim neste sábado(16). Sem pegadinhas dessa vez, o horário deve ser atrasado em uma hora.
Aos renegadores que se perguntam o motivo da existência do horário de verão durante 4 meses, o objetivo principal é a redução de demanda por energia elétrica no final da tarde durante este período que anoitece mais tarde. O benefício se dá para o sistema de geração de energia brasileiro e atinge todo o sistema elétrico, beneficiando o consumidor final, na linguagem que o povo brasileiro gosta, conta de luz mais barata.
A matemática é simples: com o dia mais longo, é possível aproveitar a luz do dia por um período maior de tempo. Uma das vantagens está em retardar acionamento da iluminação pública.
Desta forma alivia-se um pouco a carga das usinas em pelo menos quatro meses do ano, evitando assim o acionamento de térmicas e, consequentemente, o aumento no valor da conta de luz.
Nesse período em que o calor não alivia, o ar-condicionado é uma das saídas usadas pela população para refrescar o ambiente, usado durante todos os horários do dia, ele é a soma de um gasto e exige ainda mais carga do sistema de energia do País. No Paraná, o Simepar registrou recordes de temperatura em várias regiões nestes quatro meses.
“O ar-condicionado passou a fazer parte da rotina de muitas famílias paranaenses, mas podem ter um grande impacto sobre a conta de luz, por conta de sua potência”, diz o gerente de Inovação da Copel, Gustavo Klinguelfus. Um aparelho de ar-condicionado ligado por oito horas consome entre 8 e 16 kWh em um dia, dependendo da potência. Se usado o mês inteiro, o acréscimo na conta de luz pode ficar entre R$ 180 e R$ 360.
Para obter a maior eficiência no uso do equipamento, é importante fazer a limpeza regular dos filtros, manter as portas e janelas do ambiente sempre fechadas e buscar uma temperatura ambiente entre 23 e 26ºC.