Prefeitura de Guarapuava promove ações sobre a Saúde Mental Materna
No último sábado (20), a Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro) sediou uma palestra sobre saúde mental materna. O evento, organizado pela Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres e ministrado pela psicóloga Talita Abreu, reuniu mães, mulheres e homens interessados em discutir questões relacionadas à maternidade, destacando a importância da saúde mental e abordando temas como depressão pós-parto, solidão das mães, acumulação de trabalho, exaustão, culpa materna, entre outros assuntos.
A atividade foi organizada como parte da campanha “Maio Furta-Cor”, que busca promover a conscientização e o cuidado com a saúde mental das mães. A campanha visa direcionar atenção e recursos para a saúde mental materna, fornecendo um espaço seguro para discutir os desafios enfrentados pelas mães e oferecer suporte.
“Durante toda a semana, tivemos conversas com mães gestantes e puérperas, e hoje estamos focando nas mães em geral, independentemente da idade do filho. Elas podem vir aqui para conversar sobre sua situação de saúde mental, identificar possíveis sintomas de depressão, esgotamento, cansaço e exaustão.
Também estamos buscando identificar questões relacionadas à depressão pós-parto. A importância dessa campanha é realmente direcionar nosso foco para a promoção da saúde das mães”, comentou a secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Priscila Schran.
Durante a palestra, a psicóloga Talita Abreu compartilhou sua experiência pessoal e profissional, destacando os impactos da maternidade na saúde mental das mulheres. Ela enfatizou a importância de compreender as demandas dos bebês, a busca pelo equilíbrio emocional e a necessidade de reconhecer os próprios limites como mães. Além disso, a psicóloga abordou o estigma em torno da depressão pós-parto, destacando a importância de identificar precocemente os sintomas e buscar tratamento adequado.
“A saúde mental materna é um aspecto fundamental que muitas vezes é negligenciado ou estigmatizado. É essencial promover espaços de diálogo e conscientização, como essa palestra e a campanha Maio Furta-Cor, para que as mães se sintam acolhidas e tenham acesso a recursos que possam auxiliá-las em sua jornada”, afirmou a psicóloga.
A presença de mães, mulheres e homens no evento demonstrou a relevância do tema e a necessidade de uma discussão ampla e inclusiva sobre a saúde mental materna. A roda de conversa proporcionou um espaço de troca de experiências, fortalecendo a rede de apoio e sensibilizando os participantes para a importância do cuidado emocional e psicológico das mães.
A empresária Bruna Kryss, mãe do pequeno Augusto, compartilhou seu depoimento envolvendo a própria relação com a saúde mental materna.
“Antes, a ideia de depressão pós-parto parecia muito distante para mim. Sempre imaginava aquelas mães que vemos nos noticiários, que fazem algo extremo com seus filhos. Mas, na verdade, é muito mais comum e cotidiano. É um esgotamento, uma sensação de culpa, de medo; vontade de sumir. Essas coisas fazem parte e sugerem os sintomas de uma depressão”, discorreu.
Bruna, inclusive, tem uma página chamada “Ciclo Mulheres Semente”, onde aborda assuntos como maternidade, menstruação, questões hormonais e, principalmente, a saúde mental materna.
Maio Furta-Cor continua
Nesta terça-feira (23), às 19h, no cinema do campus Santa Cruz da Unicentro, ocorrerá a exibição do filme “É Proibido Nascer no Paraíso”. O longa-metragem aborda, de forma sensível e realista, os desafios enfrentados pelas mães em relação à saúde mental.
De acordo com Priscila Schran, a iniciativa da palestra e da campanha Maio Furta-Cor evidencia o compromisso da Secretária de Políticas Públicas para Mulheres em abordar as questões relacionadas à saúde mental materna e os seus aspectos.
“Espera-se que a conscientização gerada por essas ações contribua para uma maior compreensão e apoio às mães, criando um ambiente mais saudável e acolhedor para elas e seus filhos”, concluiu.