A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou a ocorrência de 48 manifestações de caminhoneiros em rodovias federais de 11 estados, conforme levantamento divulgado às 16h de hoje (9). Cinco delas resultaram na interdição total da pista. Em 23 manifestações, a interdição foi parcial, e em 20 não houve interdição da rodovia.
Os bloqueios que resultaram na interdição total das vias foram registradas na Bahia (BR-407, Km 2); em Pernambuco (BR-407, Km 130), no Paraná (BR-153, Km111); Rio Grande do Norte (BR-304, Km 52); e Rio Grande do Sul (BR-293, Km 247). O estado com maior número de manifestações é o Rio Grande do Sul, com um total de 14 protestos e nenhum bloqueio. Em apenas uma, houve interdição total da rodovia. Nas demais, as manifestações foram feitas sem que a pista fosse interditada.
Às 15h, a PRF havia contabilizado 42 manifestações de caminhoneiros em 11 estados.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, os caminhoneiros bloquearam a BR 116, Rodovia Presidente Dutra, que corta a Baixada Fluminense e liga os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, na altura de Barra Mansa, sentido capital paulista, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio de Janeiro.
Os manifestantes alternam períodos de liberação das faixas para passagem de veículos. O número de caminhões parados está aumentando na Via Dutra, setor Barra Mansa.
A BR 116 tem trânsito congestionado no sentido Rio de Janeiro, na chegada à Avenida Brasil, devido ao excesso de veículos. No sentido São Paulo, o fluxo no início da rodovia, partindo do Rio de Janeiro, é normal, segundo o boletim da PRF.
Na BR 040 (Rodovia Rio-Petrópolis), sentido Rio de Janeiro, o trânsito está congestionado na chegada à Avenida Brasil, em razão do excesso de veículos. No sentido Juiz de Fora, o fluxo é normal. Na BR 493 (Magé-Manilha), o tráfego é intenso.
Na Ponte Rio-Niterói, sentido Niterói, o fluxo de veículos apresneta retenção desde a reta do cais até a praça do pedágio. No sentido Rio de Janeiro, o tráfego está lento, com retenção da praça de pedágio até a subida do vão central. Na BR 101 (Rodovia Niterói-Manilha), o trânsito é intenso no sentido Região dos Lagos, com congestionamento no entroncamento de Itaboraí.
Já nas rodovias federais que cruzam a região serrana fluminense, entre as quais a Rio-Teresópolis, o trânsito é livre nos dois sentidos.
- Entorno do Distrito Federal
Pouco antes do meio-dia, um grupo de caminhoneiros interditou trecho BR-040 nos arredores de Valparaíso de Goiás, cidade localizada no Entorno do Distrito Federal. Os manifestantes queimaram pneus e bloquearam a passagem de outros caminhoneiros. Com a chegada dos bombeiros e da PRF, o incêndio foi apagado e a via, liberada.
- São Paulo
Em São Paulo, os caminhoneiros ocupam, neste momento, três faixas da pista expressa da Marginal Tietê, no sentido Rodovia Ayrton Senna. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), por volta das 13h, o comboio estava na altura da Ponte Jânio Quadros, no bairro Vila Maria, zona leste paulistana. Iniciado por volta das 11h, o protesto provocou lentidão de 15 quilômetros (km) na Tietê, da Ponte dos Remédios ao Arco da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Um vídeo publicado na página do Facebook do Comando Nacional do Transporte, grupo que convocou os protestos, mostra uma fila de caminhões fazendo buzinaço. Nos para-brisas dos veículos, estão escritas mensagens que pedem a saída da presidenta Dilma Rousseff. Seu governo não tem mais legitimidade. O seu partido provocou a destruição do Brasil, diz a mensagem do comando na mesma rede social. Não foram identificadas nas postagens as reivindicações especificamente para a categoria.
- Paraná
Em Guarapuava, até a tarde de hoje, havia bloqueio de caminhões na BR 277, altura do restaurante Panorâmico. A Polícia Rodoviária Federal estava fotografando os lideres do movimento, explicando que era para saber quem procurar em caso de problemas.
Em todo o Estado, havia pelo menos 11 pontos de bloqueio até o início da tarde de hoje (9). (Da Redação do Extra)
Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil, colaboraram Camila Maciel, de São Paulo, e Alana Gandra, do Rio de Janeiro