O governador Ratinho Junior apresentou, nesta segunda-feira (12), a empresários paulistas os principais projetos do Estado nas áreas de infraestrutura e logística, habitação, educação e desenvolvimento econômico. Ele participou de uma mesa com lideranças do setor produtivo da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a convite da entidade paulista, e compartilhou as iniciativas e resultados da primeira gestão e os projetos em andamento no segundo mandato. A agenda teve como objetivo discutir ideias para um crescimento sustentável do País.
Estiveram no encontro o presidente da ACSP, Roberto Mateus Ordine; o coordenador do Conselho Político e Social (COPS) da ACSP, senador Heráclito Fortes; o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alfredo Cotait Neto; e o ex-governador e ex-senador da República Jorge Bornhausen; além de empresários de diferentes setores (presencial e virtualmente).
Ratinho Junior destacou o bom momento do Paraná em diversas áreas. No ano passado, o Estado superou o Rio Grande do Sul e se tornou a quarta maior economia brasileira, inclusive com a maior participação no PIB nacional na história. Além disso, o Paraná fechou o primeiro trimestre de 2023 com uma taxa de desocupação de 5,4%, mantendo-se entre os estados com o menor índice de desemprego do País, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O Estado tem a quarta maior economia, se prepara para ser o hub logístico da América do Sul, e é um dos principais produtores de alimentos do País. Somos um povo que gosta de trabalhar, temos mão de obra qualificada e estratégias para aumentar a geração de empregos em parceria com a iniciativa privada. Isso fez com que alcançássemos um patamar com mais vagas do que gente para trabalhar em alguns setores”, disse.
Ele também destacou conquistas do Estado em áreas como sustentabilidade, transparência e indústria.
“Tivemos alguns avanços que vêm consolidando o Paraná em algumas áreas. Fizemos o desinvestimento da Copel Telecom e vamos fazer da Copel uma Corporação, num modelo moderno e transparente, liderando a transformação energética que o mundo exige. Também queremos avançar em PPPs de saneamento, área na qual já somos exemplo nacional em cobertura dos municípios, com índices de países de primeiro mundo”, falou.
“Na indústria, temos o segundo polo automotivo do Brasil, nos consolidamos como o maior polo de celulose e assistimos recentemente um forte movimento de industrialização, principalmente na cadeia de proteína animal. São áreas essenciais para a nossa economia e que cresceram mesmo com a pandemia no meio”, complementou.
Segundo o governador, o Paraná conseguiu gerar visibilidade com políticas sérias e longe de disputas ideológicas.
“Fomos reconhecidos como referência em sustentabilidade por um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países ricos, e nos tornamos o Estado mais sustentável do Brasil no Ranking de Competitividade entre os Estados. Também somos o único do Brasil com o selo diamante em transparência pública em um ranking da USP e dos Tribunais de Contas do País”, complementou.
Infraestrutura e Logística – Ratinho Junior também apresentou os principais projetos da infraestrutura do Paraná. Nos últimos anos o Estado conseguiu tirar importantes obras do papel, como a revitalização da PRC-280, no Sudoeste, e a Orla de Matinhos, no Litoral, além de outras como a duplicação da PR-445 em Londrina e da PR-323, na região de Maringá e Umuarama. Ele explicou aos empresários que essas são artérias fundamentais para o escoamento da safra e da produção industrial.
Ele também apresentou a Nova Ferroeste, que vai conectar por trilhos o Porto de Paranaguá a Maracaju (Mato Grosso do Sul), com ramal até Chapecó (Santa Catarina). O projeto está na fase de análise ambiental pelo Ibama.
“Queremos fazer do Paraná a grande central logística da América do Sul, com projetos bilionários nos diferentes modais. Estamos no centro da maior parte do PIB do continente, fazemos fronteira com dois países e somos a ligação do Sul com Sudeste, que é o grande polo econômico nacional, e com o Centro-Oeste, que está em plena ascensão. Por isso investimos em infraestrutura, teremos retorno a médio e longo prazo”, disse.
O governador citou também o novo programa de concessões rodoviárias do Estado, que deve contar com R$ 55 bilhões em investimentos, com impacto direto na criação de milhares de empregos nas áreas de construção e engenharia. O edital do lote 2 foi publicado nesta segunda-feira.
“O projeto terá 1.800 quilômetros de duplicações, mais de 100 viadutos e trincheiras. É o primeiro projeto desse porte no Brasil, fizemos um grande pacote unindo rodovias federais e estaduais. Quando você tem uma logística eficiente, atrai empresas. Todos esses projetos vão ajudar o Paraná a ser ainda mais atrativo para investimentos”, acrescentou.
Indústria Alimentícia – Ratinho Junior também falou sobre o trabalho das cooperativas paranaenses, destacou as potencialidades do Estado na produção de proteína animal e na industrialização de alimentos.
“O Paraná é bom em produzir alimentos, dificilmente vai ter no planeta por metro quadrado alguém que produza tanto. Somos o maior produtor de proteína animal, recentemente alcançamos a maior produção de frangos em um único trimestre. Isso faz com que o Estado gere muitos empregos e aumente as cadeias produtivas”, contou.
“Queremos ser o supermercado do mundo. As dez maiores cooperativas faturaram R$ 200 bilhões e anunciaram mais de R$ 30 bilhões em novas plantas para industrialização. Essa é a base econômica do Estado, que acredita no Poder Público”, complementou.
Neste ano, o Paraná superou dois milhões de toneladas de carnes exportadas em um único ano, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Foram 2,087 milhões de toneladas em 2022, contra 1,985 milhão de toneladas em 2021, melhor marca até então. Houve um crescimento de 70% em relação a 2013 (1,221 milhão).
Historicamente, a produção de frango lidera com folga o mercado de exportação de carnes paranaense. Em 2022, ela correspondeu por 86,3% do valor arrecadado com vendas ao exterior (US$ 3,6 bilhões) no caso do frango in natura. A produção de carne de porco aparece em segundo lugar nas exportações com 7,6% das vendas, o equivalente a US$ 320,2 milhões.