Fecomércio do Paraná incentiva empresas a contratar venezuelanos

O Brasil recebe, em média, 500 venezuelanos por dia. A interiorização desses refugiados vem sendo feita pela Operação Acolhida, coordenada pelo Exército Brasileiro e Ministério da Defesa, com a cooperação de outros órgãos federais, estaduais e municipais do Brasil, agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e entidades não governamentais.

Desde abril de 2018, mais de 25 mil pessoas que fugiram do regime político local começaram uma nova vida em solo brasileiro, assistidas pela operação. As cidades que mais receberam venezuelanos foram Manaus (3.993), São Paulo (1.958), Dourados (1.448), Curitiba (1.096) e Porto Alegre (922).

Mas ainda há mais de 30 mil migrantes à espera de uma oportunidade para recomeçar. E as empresas brasileiras podem auxiliar nessa força-tarefa humanitária.

Entre as ações para a interiorização, existe a modalidade Vaga de Emprego Sinalizada, que visa à inserção socioeconômica dos venezuelanos, por meio de uma espécie de Central de Vagas. Nesse sistema, são cadastradas todas as qualificações profissionais e histórico laboral dos migrantes, com foco na busca de vagas de emprego em todas as regiões do Brasil.

Na semana passada, representantes da Operação Acolhida estiveram na Fecomércio PR para apresentar esse trabalho e solicitar o apoio da instituição junto às empresas do comércio de bens, serviços e turismo do Paraná.

A Fecomércio PR, representante de mais de 500 mil empresas do setor terciário, apoia essa iniciativa e acredita que o empresariado do estado pode fazer a diferença nessa causa humanitária.

As empresas interessadas em contratar imigrantes venezuelanos ou mesmo conhecer melhor o programa Vaga de Emprego Sinalizada, podem entrar em contato com a Célula de Interiorização da Operação Acolhida por meio do e-mail: opacolhidainteriorizacao@gmail.com ou interiorizacao@ftloghum.eb.mil.br, já especificando quais as vagas de emprego pretende disponibilizar, a necessidade da empresa e o perfil (habilitações) do trabalhador pretendido.

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Unicentro está com inscrições abertas para a Operação Rondon Paraná

Neste ano, a ação será realizada de 9 a 22 de julho em municípios do norte do estado

A Operação Rondon Paraná 2025 está com as inscrições abertas para a seleção de estudantes e professores para atuarem no projeto. Neste ano o Rondon vai ser realizado de 9 a 22 de julho em municípios do norte do estado. As despesas dos rondonistas serão custeadas pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

No caso do aluno, os requisitos para participar são estar regularmente matriculado em curso de graduação da Unicentro a partir do 2º ano; ter disponibilidade de participar das atividades de formação e do período da operação; e ter 18 anos ou mais até o dia 8 de julho. Além disso, o estudante não pode ter participado de edições anteriores do Rondon, seja de operação nacional ou regional.

O acadêmico pode desenvolver atividades no conjunto A – Cultura; Direitos Humanos e Justiça; Educação; e Saúde – ou no conjunto B – Comunicação; Meio Ambiente; Tecnologia e Produção; e Trabalho. Cada conjunto é composto por 12 rondonistas, sendo 10 alunos e dois professores. A seleção de alunos é composta por análise da ficha de inscrição e das propostas de trabalho, além de entrevistas com os aprovados na fase de análise.

Os acadêmicos podem se inscrever gratuitamente até o dia 14 de maio por meio do Sistema de Gestão de Eventos (SGE). Já os professores devem realizar as inscrições por meio de formulário até o dia 22 de abril. Docentes que já participaram de edições anteriores também podem se inscrever.

O Rondon é uma oportunidade para que o aluno tenha uma formação que vai além da sala de aula, pois a extensão proporciona experiências que contribuem para uma visão humanizada sobre a sociedade. “Uma formação mais complementar para os alunos, uma formação diferenciada, o convívio coletivo. Também humanização, porque às vezes a gente fica tão atrelado à sala de aula, à pesquisa e não vê o outro lado do muro da universidade”, comentou a coordenadora institucional do Projeto Rondon na Unicentro, Mônica Nunes.

Operação Rondon

Coordenado pelo Ministério da Defesa, o Rondon teve sua primeira edição realizada no ano de 1967. Essa operação, que ocorreu em Rondônia durante 28 dias, reuniu alunos e professores da Universidade do Estado da Guanabara (atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro), da Universidade Federal Fluminense e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Já o Rondon Paraná iniciou oficialmente no ano de 2023. Organizado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), por meio das pró-reitorias de Extensão e Cultura das sete universidades estaduais do Paraná.

Além do impacto na formação do estudante, o projeto tem uma grande importância na promoção da cidadania e de benefícios para os locais por onde passa. “Na primeira edição foram 14 mil pessoas beneficiadas. No ano passado, nós tivemos 888 ações de todas as universidades nos 11 municípios e aproximadamente 40 mil pessoas beneficiadas. A intenção é que essas pessoas sejam multiplicadoras dessas ações. Não são atividades mirabolantes, são atividades simples que os municípios pedem, mas que fazem toda a diferença”, finalizou Mônica.