Ex-prefeito comprou 887 pneus para frota de apenas 146 veículos

O ex-prefeito Irio Onélio de Rosso e a controladora interna na gestão 2013-2016, Sirlei Biranoski Boarolli, foram multados pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). O órgão julgou irregular a despesa na compra de pneus, no valor de R$ 706.04,60, realizada pelo Município de Rio Bonito do Iguaçu (Sudoeste). Em dezembro de 2016, essa sanção equivalia a R$ 3.796,00. A UPF-PR é atualizada mensalmente.

O processo de tomada de contas extraordinária foi instaurado em decorrência de comunicação de irregularidade feita por meio do Procedimento de Acompanhamento Remoto (Proar). O sistema de acompanhamento online dos atos de gestão, operado pela Coordenadoria de Fiscalização Municipal (Cofim), apontou a compra de 887 pneus, enquanto a frota municipal era composta por 146 veículos, em 2014, e 124, em 2015.

O relator do processo, conselheiro Nestor Baptista, ressaltou que a inadequação do controle patrimonial dos bens municipais impossibilita constatar quantos veículos receberam pneus novos e quais os motivos das trocas. Segundo o relator, essas informações são imprescindíveis à otimização dos gastos e à persecução de eficiência na gestão dos recursos públicos.

Os conselheiros acompanharam, por unanimidade, o voto do relator pela aplicação da multa, fundamentada no inciso IV, artigo 87, da Lei Orgânica do Tribunal (Lei Complementar nº 113/2005). A decisão ocorreu na sessão da Segunda Câmara de 30 de novembro. Os prazos para recursos passaram a contar a partir da publicação do acórdão nº 5837/16, na edição nº 1.503 do Diário Eletrônico do TCE-PR, veiculada em 15 de dezembro.

Deixe um comentário

Tênis falsificados apreendidos são testados por grupo de pesquisa da Unicentro

Objetivo é testar calçados para obter informações sobre a qualidade dos materiais utilizados e os riscos à saúde dos consumidores

Acadêmicos do grupo de pesquisa Biomed Forense realizaram testes no Laboratório de Biomecânica, do Departamento de Educação Física de Guarapuava, em produtos falsificados apreendidos. A proposta integra o Napi – Segurança Pública e Ciências Forenses e também um estudo do Mestrado em Ciências Farmacêuticas da Unicentro.

O grupo propõe testar calçados de diversas marcas por meio de análises químicas, fisiomecânicas e estruturais, para obter informações sobre a qualidade dos materiais utilizados e os riscos à saúde dos consumidores. Os dados coletados são o início de um grande estudo que será realizado dentro do projeto piloto da mestranda Camila Bueno.

“As coletas de dados realizadas no sábado dão início a um projeto abrangente, que visa fortalecer a segurança pública em nossa comunidade. Foram realizados testes para comparar o desempenho fisiológico e as alterações mecânicas ao usar tênis falsificados e originais”, afirmou.

Através de novas metodologias e estudos científicos, o Biomed Forense e a Unicentro buscam conscientizar sobre os malefícios que produtos falsificados causam à saúde da população, como relatou o professor Ricardo Malfatti, do Departamento de Educação Física. “Descobrimos preliminarmente, que vale mais a pena fazer exercícios descalço, do que usando um calçado falsificado”.

Vinculado à estratégia governamental Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) – Segurança Pública e Ciências Forenses, o projeto auxilia o Grupo de Proteção à Marca – BPG, organização fundada por marcas reconhecidas, a combater o mercado ilegal no Brasil.