Estão abertas as inscrições para a Operação Rondon Paraná 2024

O processo de seleção de estudantes para a Operação Rondon Paraná 2024 está aberto. Os interessados têm até o dia 3 de maio para efetuar a inscrição, de forma gratuita, pelo site de eventos da universidade. Podem se inscrever acadêmicos regularmente matriculados no ano letivo de 2024, a partir da segunda série.

“Também é requisito que o candidato tenha 18 anos ou mais até um dia antes do início da operação e que tenha disponibilidade para participar das atividades de formação e do período das ações”, explicou a coordenadora institucional do Rondon na Unicentro, Mônica Nunes.

Conjuntos e Vagas – As atividades da Operação é dividida em três conjuntos de ações. O Conjunto A é constituído por ações voltadas à Cultura; Direitos Humanos e Justiça; Educação; e Saúde. Já o Conjunto B integra ações com foco em Comunicação; Meio Ambiente; Tecnologia e Produção; e Trabalho.

Os conjuntos A e B devem ser multidisciplinares e serão constituídos por dois professores e 10 estudantes. Podem concorrer às vagas acadêmicos de todos os cursos da universidade. “Já o Conjunto C é constituído por ações de comunicação, por isso as vagas são reservadas aos acadêmicos matriculados nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Nesse conjunto, serão, ao todo, seis vagas para acadêmicos”, alerta Mônica.

Seleção – O processo de seleção está previsto para o período de 22 a 24 de maio e será composto por duas etapas. A primeira delas é a análise da ficha de inscrição do candidato, com as respectivas propostas de trabalho. A segunda etapa é a entrevista dos candidatos selecionados na fase anterior. O resultado final deve ser publicado a partir do dia 27 de maio.

Operação Rondon Paraná 2024 – As atividades da Operação Rondon Paraná serão realizadas entre 5 e 19 de julho, nos municípios da região centro-sul do estado. A proposta é organizada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) e, nesta edição, está sob a coordenação-geral da Unicentro, por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura.

“A Operação Rondon Paraná proporciona ao estudante uma integração com discentes de outras Instituições de Ensino Superior do Paraná. As equipes de rondonistas deverão atuar, sempre que possível, com agentes multiplicadores, produtores, agentes públicos, professores e lideranças locais, realizando ações que trarão efeitos duradouros para a população local”, compartilhou Mônica.

Ela relatou sobre a importância da operação nos locais onde é realizada. “A Operação também viabiliza o trabalho voluntário, possibilitando o intercâmbio dos acadêmicos em diversos cenários do Paraná e evidenciando o impacto das ações de extensão da universidade diante a realidade social”, ressaltou.

Todas as informações sobre o processo de inscrição, documentação necessária e propostas de atividades estão disponíveis no edital de abertura do processo de inscrições ou podem ser obtidas na Secretaria da Proec pelo e-mail mnunes@unicentro.br

Datas Importantes 

Período de Inscrições: de 15 de abril até 3 de maio de 2024

Processo de Seleção – Entrevista: de 22 a 24 de maio de 2024

Resultado final: a partir de 27 de maio de 2024

Período da Operação: de 5 a 19 de julho de 2024

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Projeto da Unicentro produz etanol e biodiesel com resíduo da semente de seringueira

Pesquisa sobre biocombustível está entre as melhores inovações da América Latina

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi considerada uma das mais inovadoras da América Latina. O projeto “Produção de etanol a partir do resíduo da semente de seringueira” teve duas patentes classificadas entre as dez melhores do Concurso Innovación Verde, promovido pela Associação Interamericana da Propriedade Intelectual (ASIPI).

“Foi algo bem interessante para o nosso grupo de pesquisa e a gente quer continuar desenvolvendo mais pesquisas nessa área. É sempre bom ter esse reconhecimento”, comentou o coordenador da pesquisa, professor André Lazarin Gallina, do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro.

O projeto, que ocorre desde 2019 em parceria com o Câmpus de Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), contribui com análises químicas e testes experimentais.

Para a professora Fernanda Oliveira Lima, integrante da equipe da UFFS, a parceria entre a UFFS e a Unicentro é essencial para o avanço do projeto. “Esse trabalho colaborativo permitiu que recebêssemos reconhecimento e financiamento para ampliação. Com isso, o projeto se destaca ainda mais na valorização de resíduos agroindustriais e na promoção da sustentabilidade na produção de biocombustíveis”, destacou a professora.

A proposta de pesquisa surgiu quando a empresa Kaiser Agro buscou a ajuda da Unicentro para achar uma solução para a destinação de resíduos produzidos em suas atividades no ramo de conservação de solo e preservação de florestas nativas. Segundo gestor da empresa, Fábio Tonus, no plantio da seringueira, as sementes acabam não tendo utilidade para os produtores.

“Simplesmente a árvore produzia as sementes, que caíam no solo e ali elas apodreciam. A gente observou a necessidade de fazer um melhor aproveitamento dessa semente, até para poder gerar recurso tanto para o proprietário que plantou a árvore, como para o próprio seringueiro que trabalha extraindo látex”, contextualiza.

Os pesquisadores perceberam que as sementes poderiam virar insumo para a produção de biocombustíveis, que são menos poluentes do que os combustíveis convencionais. “Em um primeiro momento a gente se propôs a fazer três projetos: um deles era para a produção de etanol, o outro para a produção de biodiesel e também um para a produção de antioxidantes”, relatou André Gallina.

As etapas de produção dos biocombustíveis começam com o recebimento da matéria-prima enviada pela empresa Kaiser Agro. Depois, a equipe universitária descasca as sementes de seringueira, extrai o óleo para produzir biodiesel e o que sobra de carboidrato, vira etanol através de um processo de segunda geração. “Fazemos, assim, dois biocombustíveis de uma semente só”, resumiu Gallina.

Entre as várias frentes dessa pesquisa, durante o seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro, o químico Giovano Tochetto focou nos carboidratos da semente de seringueira para produção de etanol, utilizando todo o potencial desse insumo.

“A semente de seringueira não é usada como alimento, ao contrário da cana-de-açúcar e do milho, sendo que o uso dessas matérias-primas alimentícias para produção de etanol cria conflitos de mercado e aumenta o custo do combustível. Como a semente de seringueira é efetivamente um resíduo, ou seja, de baixo custo, o preço do etanol produzido será reduzido”, explicou o pesquisador.

Cada 5,7 quilos de sementes de seringueira são transformados em um litro de etanol. “Dentre as fontes de energia renováveis, o etanol é especialmente interessante, pois é capaz de substituir a gasolina por completo em motores de combustão interna, muito usados em carros, com poucas mudanças nas características dos motores”, salienta o pesquisador.

Em outra pesquisa, dentro do projeto, a partir do óleo extraído da semente de seringueira, cada 3,29 quilos da matéria-prima tem capacidade de produzir um litro de biodiesel. O combustível pode substituir o óleo diesel comum, utilizado em caminhões, ônibus e outros veículos.

“Ainda existem muitas outras matérias-primas para serem descobertas, muitos métodos para produção a serem desenvolvidos e muitos métodos e processos existentes a serem melhorados”, finalizou Giovano.