Estado divulga novas diretrizes para atendimento da população de rua nos dias de frio intenso

A Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), por meio do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política da População em Situação de Rua do Estado do Paraná (CIAMP-RuaPR), propõe e encaminha novas diretrizes aos órgãos estaduais, municipais e instituições da sociedade civil para atendimento as pessoas em situação de rua nos dias de frio intenso.

As medidas que têm como objetivo salvaguardar o bem-estar e a vida destas pessoas constam na Orientação Técnica 001/2022-CIAMP-RuaPR .

De acordo com a presidente do CIAMP-RuaPR, Dulce Darolt, é responsabilidade do Poder Público proteger grupos em situação de vulnerabilidade e risco social. “Neste caso, o público é de vulnerabilidade extrema. Assim, o Comitê propõe e orienta medidas de proteção para a população em situação de rua, especialmente voltadas aos dias de baixas temperaturas, que já ocorrem em praticamente todo o Estado”, afirmou.

Ela destaca que é necessário fortalecer a Rede de Proteção para este público buscando, preventivamente, medidas para atendê-lo em sua totalidade, com acolhimento. “Para aqueles que não aceitam serem acolhidos, que sejam fornecidos cobertores, agasalhos, além de vigilância de seu bem-estar durante as noites mais frias do ano”, ressaltou Dulce.

No caso de alto número de acolhimentos, acrescenta, devem ser mantidos os cuidados e recomendações sanitárias para garantia de higiene e da saúde das pessoas atendidas.

A presidente do CIAMP-RuaPR destaca, ainda, que é essencial acompanhar as informações geradas pela Rede Nacional de Meteorologia (INMET, CPTEC e SIPAM), assim como pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), para planejar a adotar prontamente as providências necessárias.

Para obter mais informações e comunicar sobre pessoas em situação de rua, basta enviar mensagem para o e-mail ciampruaparana@sejuf.pr.gov.br ou entrar em contato pelo telefone 156, em alguns municípios, e 190 em todo o Paraná.

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Guarapuava já registrou 57 casos de violência contra a mulher em 2025

Cidade teve 223 casos registrados ano passado

Segundo o Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a cidade de Guarapuava já registrou em 2025 o total de 57 casos de violações (Qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Ex. Maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas) contra a mulher.

Desse total, apenas 8 denúncias foram efetivadas (Quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a ONDH para registrarem uma denúncia). Em 2024, a cidade teve 223 casos registrados, sendo 20.592 em todo o Paraná. No estado, já são 2.553 casos registrados nesses três primeiros meses do ano.

Para a coordenadora do curso de Direito da Universidade Unopar Anhanguera, Juliana Aprygio Bertoncelo, a divulgação desses dados impulsiona a conscientização sobre o tema e o ato de denunciar e trazer discussões sobre esse assunto contribui para que medidas efetivas sejam feitas a fim de diminuir o problema.

“A relevância social dessa abordagem é muito alta, pois se trata de um tipo de crime que deve ser denunciado e combatido. Trazer essa temática para o debate social conscientiza não apenas na identificação de condutas reprováveis, mas informa sobre onde e quando se deve denunciar. Além disso, é uma forma de as mulheres se sentirem acolhidas e apoiadas umas às outras”, avaliou a docente e advogada.

Por fim, Juliana dá dicas sobre como as mulheres podem pedir ajuda. Confira também os canais de denúncia:

  • Realizar a chamada ao 190 polícia e conversar como se estivesse realizando pedido de delivery, é uma forma muito útil de pedido de socorro, ao perigo eminente sofrido pela mulher;
  • Além disso, qualquer cidadão pode fazer denúncias através da Central de Atendimento à Mulher, pelo número telefônico 180. As delegacias especializadas não são direcionadas a tratar apenas destes tipos penais, permitindo um socorro de forma mais ampla;
  • As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) realizam ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal. Nas unidades, é possível solicitar medidas de proteção de urgência nos casos de violência doméstica contra mulheres.