Duplicação da BR 277, em Guarapuava, deve sair do papel

Antiga reclamação dos moradores da região as obras previstas serão realizadas com dinheiro devolvido pela empresa concessionária da rodovia, que admitiu corrupção, mas quem vai tocar as obras será o Governo do Estado.

A reivindicação, encabeçada por Glauberson Rocha, que pede a remodelação do trevo de acesso ao Santuário da Divina Ternura e Vila Carli e a conclusão do único trecho urbano da rodovia sem duplicação, entre o bairro e o Aeroporto Tancredo Thomas de Faria, agora, deve sair do papel. Para isso é que o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, esteve em Guarapuava, na última sexta-feira (28), para anunciar detalhes da obra.

De acordo com moradores do local, que criaram um grupo chamado Duplicação e Trincheira Já, alguns trecho da BR277 merecem uma atenção especial, pois tem sido cenário de verdadeiras tragédias anunciadas, dentre eles um dos focos, que, inclusive, chegou a virar desta petição, é o acesso secundário a Guarapuava pela BR277 no bairro Vila Carli. Este trecho, ainda de acordo com os moradores, necessita de um sistema de retorno e fluides de trafego compatível com a densidade do fluxo de veículos nesse trecho, ou seja uma trincheira.

“Não conseguiremos devolver as vidas ceifadas mas estamos lutando para que novas fatalidades deixem de acontecer”, disse Glauberson. Para Glauberson, que representa mais de oito mil e quinhentos moradores, em uma luta de mais de dois anos, o início das obras significa a realização de um sonho. “Essa duplicação traz para Guarapuava mais segurança aos munícipes, aos usuários da rodovia, sejam moradores de Guarapuava, sejam veículos que passam pela BR 277. É uma luta que tem que se concretizar para acabar coma s mortes frequentes”, destacou.

“Eu mesmo perdi vários amigos, como o Luiz Claúdio, o Juninho e a sua filha, que foram vitimados, dentre tantos outros por falta de estrutura de uma rodovia federal pedagiada, na qual a concessionária Ecocataratas não se comprometeu, não cumpriu o contrato que ela assumiu há 22 anos atrás. Esse foi o motivo da criação do nosso grupo: segurança e bem estar para os munícipes”, lembrou o líder, que fez questão de agradecer o apoio do governador Ratinho Junior e do deputado Artagão Junior.

O empresário e morador Cesar Michel Silva, membro do grupo, relembra os mais de dois anos de luta e comemora o início da obras como resultado de uma incansável batalha. “Fico muito feliz que o clamor popular tenha sido respondido. A gente também fica muito receoso por que promessa já houveram várias. Mas, nesse momento, a gente fica feliz que as autoridades estão se compadecendo dessa causa, mas a gente jamais vai parar de lutar, enquanto esse trecho não estiver em condições seguras de transitar, a gente não vai parar de lutar. Vamos continuar reivindicando e, só depois do dia da inauguração da obra, nós teremos a certeza e a convicção
de que foi atendido o nosso pedido”, ressaltou Cesar.

Vale lembrar que, no início desse ano, o Governo do Estado informou que a duplicação seria realizada dentro de um pacote de obras que seriam executadas com o dinheiro devolvido pela Ecovias, em um acordo de leniência com o Ministério Público Federal. A empresa reconheceu práticas de corrupção no âmbito dos contratos de pedágio executados por ela. Um dos trechos fica entre Guarapuava e Foz do Iguaçu. Nesse trecho, além da duplicação do restante do perímetro urbano, em Guarapuava, serão realizadas ampliações de terceiras faixas entre Guarapuava e Cascavel.

 

Deixe um comentário