Drone vai auxiliar na fiscalização do mosquito da dengue em Guarapuava

Em um esforço contínuo para combater a proliferação da dengue, Guarapuava passou a adotar uma abordagem inovadora: o uso de drone para fiscalização e monitoramento de focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. A iniciativa visa ampliar a eficiência das ações de controle e proteção da população contra o problema.

Tiago Bronoski, representante da Defesa Civil local, disse da importância da tecnologia nesse avanço. “Guarapuava está em constante crescimento tecnológico e, nesse sentido, estamos avançando também no controle, proteção e segurança da população. A tecnologia está disponível e devemos usá-la para ampliar o atendimento às pessoas, trazendo resultados significativos para todos”, declarou Bronoski.

A ideia de utilizar drones surgiu da necessidade de fiscalizar e monitorar locais de difícil acesso, onde os agentes de saúde enfrentam obstáculos. “Esses dispositivos facilitarão a detecção de focos do mosquito em áreas de difícil alcance, que possivelmente não seriam identificadas facilmente a olho nu”, explica Bronoski.

De acordo com Luiz Augusto Klosowski, secretário interino de Saúde, o uso dessa tecnologia ajudará nos bloqueios químicos.

“Com o número crescente de notificações de pacientes suspeitos, o protocolo do Ministério da Saúde de combate à dengue orienta que sejam feitos bloqueios químicos na região dos casos, isto é, a passagem de inseticida para eliminar o mosquito fêmea na fase adulta, além da eliminação dos criadouros. A utilização do apoio dessa tecnologia vai ajudar na localização de focos de dengue em lugares de difícil acesso que possivelmente não seriam identificados por um agente de combate às endemias”, ressaltou.

Nessa quinta-feira (14), foram realizados bloqueios químicos utilizando inseticida com bomba-costal nas áreas mais afetadas da cidade. Na sexta-feira (15), um mutirão será realizado nessas áreas para eliminar possíveis focos do mosquito, como água parada em recipientes ou áreas propensas ao desenvolvimento de larvas.

“A parceria com a Defesa Civil para o uso de drones facilitará o acesso a locais de difícil alcance, como caixas d’água em telhados e áreas de mata fechada. O drone foi incluído para auxiliar nessa ação”, reforçou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Bruna Tembil.

“Desde os primeiros casos notificados, nós estamos planejando diversas ações, como treinamento de mais de mil e duzentos  profissionais da saúde sobre o manejo do paciente, além da reativação do comitê multissetorial de combate à dengue. Com o número crescente de casos, outras medidas estão sendo tomadas, como os bloqueios nas regiões com maior número de notificações, bem como a implementação de mutirões para realizar a eliminação dos criadouros”, acrescentou Klosowski.

Os drones serão operados por agentes treinados e têm um alcance de aproximadamente dois mil metros, podendo ser lançados de pontos estratégicos, como terrenos baldios ou áreas de mata, que geralmente são os locais mais propícios para a proliferação do mosquito.

Inicialmente, serão realizados testes para avaliar a eficácia da tecnologia, com planos de futuras aquisições para ampliar ainda mais o alcance e a eficiência das operações. “Estamos comprometidos em explorar todas as ferramentas disponíveis para proteger nossa população contra essa ameaça à saúde pública”, finalizou Bronoski.

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