Dia Internacional da Mulher, nossa homenagem a todas as mulheres com histórias marcantes de desafio contra tudo

Libéria Rocha Loures – ‘A dona do tempo’, é um exemplo para todas as idades

Para filhos e netos, dona Libéria, tetraneta do Capitão Rocha, é uma pessoa à frente de seu tempo. Elegante, engraçada, com muito bom humor, e humildade, recebia em sua casa desde governadores, como Bento Munhoz da Rocha, assim como colaboradores, empregados da fazenda, tratando a todos com o mesmo respeito.

Libéria Rocha Loures (Foto: Reprodução)

Seu bom humor e sempre de bem com a vida são as marcas indeléveis que a fizeram chegar aos 100 anos de vida, com muita lucidez e histórias para contar. Libéria ‘ousa desafiar o tempo’, com sua graça e leveza, para o bem da família e de todos que a cercam iluminados por sua luz centenária.

 

“Talvez a questão do empoderamento seja a força e determinação que eu tenho para realizar tudo que eu quero”

Elaine Trombetta, empresária, é a personificação da guerreira vitoriosa

Elaine Trombeta (Foto: Reprodução)

A história de Elaine Trombetta é mais uma daquelas em que a figura de referência é sua própria mãe, ou seja, a imagem refletida da mulher guerreira espelhada em outra mulher – mesclando passado e futuro para se tornarem uma única história, de perseverança e conquista.

 

“Sempre fui rodeada por mulheres pois perdi meu pai muito cedo, com dois anos, e minha mãe era uma pessoa batalhadora. Minha família é 80% mulheres, somos cinco irmãos sendo quatro mulheres e um homem, sendo minhas irmãs minhas maiores referências. Sempre vi essa questão de ser mulher muito aflorada, mesmo minha mãe sendo viúva, muito cedo, em nenhum momento ela ficou esperando ou deixou de resolver, ela ia e resolvia pois não tínhamos nenhum homem naquele momento para resolver. Então, éramos nós, nós que teríamos que assumir esse controle e foi isso que me ajudou. Quando perdi minha mãe, com 15 anos, eu já sabia o que queria e onde queria chegar.

“O que eu sempre falo para todas as mulheres, você consegue tudo que você quiser. Mulher convive muito com a masculinidade, e, hoje em dia, eu escuto muito ele me faz refém emocionalmente. Se a mulher não quer minha ajuda eu paro de bater de frente, baixo as minhas armas. A mulher tem que acreditar que é autossuficiente, ela não precisa de ninguém para ser autossuficiente ela só precisa querer, ter essa força da vontade que ela chega aonde quiser”.

 

 

Jana Gomes Bonete vive empoderando mulheres na vida e nos negócios

Para Jana, quem é atendido por ela não é apenas uma cliente ou paciente, é, além de amiga, uma Mulher de Luz

Jana Gomes Bonete (Foto: Reprodução)

“Eu tenho feito um trabalho, há quatro anos, com Terapias Holísticas com registro pela Associação dos Terapeutas Naturalistas do Brasil (ATNB). Certificação Internacional com as Barras de Access. Em 2020, participei de dois congressos, um Nacional e outro Brasil-Portugal sobre os Benefícios das Barras de Access.  Fui premiada pela Gold Pesquisas com os atendimentos, em julho de 2020. Fui convidada para contar, um pouco, da minha história de superação e empoderamento feminino”.

Jana Gomes Bonete trabalha como terapeuta desde 2016, depois de mais de duas décadas no mercado corporativo. Conforme explicou, a mudança de ares possibilitou que ela se reinventasse. “Encontrava em cada curso que eu participava as respostas para a compreensão das minhas curas, do meu propósito de vida e da ressignificação do meu Sagrado Feminino. Fiz a formação como Terapeuta Holística, depois Practitioner em PNL (Programação Neurolinguística), Terapeuta EFT (Emotional Freedom Techniques) e formação de Coach. Desde então, foram tantas chaves viradas, tantas energias transmutadas, a cada batida do coração”.

Com o passar do tempo, Jana começou a ampliar sua atuação ajudando mulheres a se reconectarem com o que ela chama de ‘sagrado feminino’. Foi aí que surgiu o grupo Aclarador, que, atualmente, é composto por mulheres de várias partes do Brasil. Entre suas ações estão jornadas, transmissões ao vivo pela internet e orientações, tudo realizado gratuitamente.

Para Jana, quem é atendido por ela não é apenas uma cliente ou paciente, é além de amiga, uma Mulher de Luz. Esse cuidado é oriundo das participações nos círculos que comanda e também pelos propósitos que acredita, sendo um diferencial no seu trabalho.

A terapeuta tem pela frente a promoção da Sororidade, que, segundo ela, as mulheres, culturalmente, são instruídas a não aderir. Como exemplo, Jana usa uma frase que parece ter um cunho motivacional, porém, esconde uma superioridade que não existe. “Aprendemos muito cedo a falar para a amiga vai lá e arrasa. Arrasar quem? O mais assertivo seria falar vai lá e brilha. Não somos melhores que ninguém, principalmente entre mulheres, apenas temos saberes diferentes”.

Além dos atendimentos, para todas as idades e gêneros, no Espaço Vanessa Andrade ou em domicilio, dos cursos, workshops e mentorias online que ministra, Jana também é integrante do Grupo de Mulheres Empreendedoras de Guarapuava, que objetiva fortalecer o empreendedorismo feminino, ajudando colegas a promover seu negócio próprio, através de ações conjuntas.

 

 

Superação, teu nome é Loren

Sou Loren Ribeiro, mãe de um casal de filhos, esposa, dona de casa, fotógrafa, empresária e uma mulher de muita fé.

Loren Ribeiro (Foto: Reprodução)

Faz 10 anos que luto com uma doença, superando meus medos e buscando ser feliz todos os dias. Tenho depressão e síndrome do pânico. No início foi algo que me paralisou, deixei de ser uma pessoa ativa, fiquei na cama por um longo tempo, precisei da ajuda de pessoas para comer e tomar banho. Por conta do pânico e da doença, no pior estágio, minhas mãos e pés atrofiavam, cheguei a ficar 40 dias assim, anos completamente dependente das pessoas.

Não me conhecia mais, me perdi dentro de mim, olhava no espelho e desejava morrer, pois, para mim estava atrapalhando as pessoas que tanto amava.

Foi um caminho de muita luta, de aprendizado e hoje estou aqui, sendo convidada por um jornal para escrever minha história de SUPERAÇÃO, confesso que me emociono ao escrever.

Sei que nós mulheres somos a maior parte acometidas por essas doenças, porém, também somos nós que muitas vezes nos deixamos de lado por tantas coisas e cobranças da sociedade e principalmente de nós mesmas. Quero dizer aqui nada é para sempre, as coisas mudam constantemente e o autoconhecimento, autovalorização é o principal combustível para cura além da fé.

Mulheres, hoje estou conquistando alguns sonhos adormecidos e me amando, pois, hoje eu sei que estar bem é o maior presente que poderia dar a minha família. Deixo aqui meu relato de muita dor, mas que me transforma todos os dias e hoje só consigo sentir gratidão.

Não estou completamente curada, mas estou livre, livre de pensamentos que fazem adoecer. Hoje fiz do meu trabalho um propósito, de alcançar mulheres e fazê-las enxergar a sua beleza, começando de dentro para fora.

É com grande alegria que trago a vocês uma parte da minha história, sem vergonha de preconceitos e com esperança do novo eu para muitas mulheres.

“Não me conhecia mais, me perdi dentro de mim, olhava no espelho e desejava morrer, pois, para mim estava atrapalhando as pessoas que tanto amava”

 

Bruna Spitzner – Várias mulheres em uma só

Bruna Spitzner (Foto: Reprodução)

Vereadora mais jovem a ser eleita, ela também é procuradora da Mulher e coordenadora regional da Aliança Nacional LGBTI

 

Bruna Spitzner é guarapuavana, nascida em 06 de novembro de 1993. É mãe da pequena Beatriz, que tem cinco anos. É contadora, formada pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e por sete anos teve o escritório de contabilidade Imperador, comandado pela família Spitzner, como seu lar profissional. Até que em 2021, após ser a mulher mais jovem a ser eleita vereadora na história de Guarapuava, trocou a sala do escritório por um gabinete na Câmara Municipal.

Foram 1.269 votos de confiança no projeto #MandatoPorElas, comandado por Bruna. Em menos de três meses de trabalho, alguns cargos importantes como a nomeação como Procuradora da Mulher da Câmara e como coordenadora estadual no Paraná da Aliança Nacional LGBTI fortalecem as pautas de luta pelas quais foi eleita: a de trabalhar na construção de uma cidade justa e igualitária para mulheres e homens, que se desenvolva plena e democraticamente, com equidade, inclusão, diversidade o respeito.

A luta da Bruna é forte porque ela não está sozinha. Ela ecoa o grito de resistência de tantas que estão aqui e de muitas outras que já partiram, como vítimas de criminosos que cruelmente (e erroneamente) tentaram silenciá-las.

 

 

Emocionante – Uma história de vida chamada Gislaine Aparecida Donato

Gislaine Donato (Foto: Reprodução)

Sou filha biológica de José Leopoldo e Bernardete e filha adotiva de Luiz e Avelina (avós maternos), e é nesse ponto que tudo começou, entender e ressignificar esse começo levou um tempo, mas foi um processo importante que conduziu aos demais.

Após passar por algumas situações que por mais de uma década foram extremamente frustrantes, enfrentei depressão, abandono, até mesmo a escassez nas necessidades básicas. Até entender onde eu estava me colocando, cheguei então no ponto determinante da minha vida. Mãe de três filhos, sem emprego fixo, sem nenhuma condição de nos manter, somente eu e eles, precisava ter alguma atitude, necessitava dar um bom exemplo, mas que este não fosse da boca para fora, e sim que tivesse ações que as comprovasse, foi assim que me inscrevi no vestibular de inverno no ano de 2015, e para minha alegria após 13 anos sem estudar e fui aprovada, nesse momento meu mundo se expandiu, oportunidades que eu nem imaginava surgiram e eu realmente queria ir além.

Não tive nenhum tipo de facilidade. Durante quatro anos aconteceram tantas coisas que me davam motivos suficientes para desistir de tudo, porém, minha decisão era continuar. E durante esse período, busquei várias formas de empreender, estava claro para mim que esse seria o percurso que queria trilhar. Desde a comercialização de lanches naturais na faculdade, venda de produtos de beleza, até fazer unhas e sobrancelhas, enfim buscando recursos como todo aquele que deseja empreender busca, ouvindo “desculpas e nãos” como muitas pessoas ouvem, e é comum, até que finalizando a graduação, eu optei por trabalhar on-line, os “nãos” continuaram e eu persistia.  Atualmente, sou pós-graduanda em Neurociência e Performance Humana.

Essa sou eu e essa é parte da minha história e se ainda não me conhece, te convido a marcarmos um café, mesmo que virtual para que possamos nos conhecer e desfrutarmos de um bate papo alavancador.

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