De janeiro a janeiro, Itaipu cuida da saúde mental dos(as) empregados(as)

Alinhada ao mote da campanha, a empresa desenvolve programas, projetos e iniciativas de cuidados para promover o bem-estar emocional de trabalhadores e trabalhadoras

Consciente da importância de se manter um ambiente corporativo saudável, a Itaipu tem implementado diversos programas, projetos e iniciativas para cuidar da saúde mental de seus trabalhadores e trabalhadoras durante todo ano, atendendo ao que propõe a campanha Janeiro Branco. Na edição de 2025, o movimento nacional de saúde mental tem como tema “O que fazer pela saúde mental agora e sempre? De janeiro a janeiro”.

O Janeiro Branco pretende engajar indivíduos, famílias, empresas e instituições públicas e privadas em ações concretas que estimulem a valorização da saúde mental como prioridade coletiva. Há mais de uma década, ele convida a sociedade a refletir, dialogar e agir em prol do bem-estar emocional.

De acordo com a psicóloga Denise Angelita Peres, da Divisão de Seleção e Acompanhamento de Recursos Humanos, “a Itaipu tem procurado as melhores práticas do mercado para garantir um ambiente corporativo saudável para todos e todas”. Ela ressalta que “o ano de 2004 foi um marco de uma nova fase do trabalho dedicado à saúde mental e emocional na empresa”.

Na Itaipu, existem diversas ações nesse sentido. Entre eles, se destaca o Programa Saudavelmente. Lançado em abril de 2024 na margem esquerda da Itaipu, o Saudavelmente é um programa estruturado de saúde mental e emocional.

Dentre as ações do Programa em 2024, estão a implantação do Canal de Apoio Psicossocial 0800, para empregados(as) e dependentes legais, com funcionamento 24 horas/7 dias por semana; aplicação do Mapeamento de Saúde Mental para basear as ações estratégicas do Programa; realização da visita técnica da consultoria Mental Clean, com treinamentos para gestores e gestoras, equipe de saúde e recursos humanos; e workshop para empregados(as).

Também fizeram parte desse rol de boas práticas, a participação nas Semanas do Bem Estar, organizadas pelo Programa Reviver; na Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat), com o workshop de mindfulness; a adesão à Campanha Setembro Amarelo; a realização do podcast sobre mindfulness; a divulgação sobre a assessoria nutricional do programa e o apoio ao “Alimentação Saudável”; a palestra sobre Educação Financeira e o envio periódico de e-mails com as Sementes de Bem-Estar, para estimular reflexões e práticas que favoreçam o equilíbrio e a saúde emocional.

Instituto Janeiro Branco
O Instituto é fruto do sucesso da campanha Janeiro Branco, o maior movimento do mundo dedicado à saúde mental. A associação civil, sem fins lucrativos, tem como missão coordenar, promover e expandir os valores e objetivos do movimento Janeiro Branco, que busca fomentar uma cultura global voltada para o cuidado e a promoção da saúde mental. O foco principal é criar e fortalecer relações humanas baseadas em uma cultura de saúde emocional, promovendo o bem-estar e incentivando a busca por uma vida mais equilibrada. O Janeiro Branco é instituído como lei 14.556/23. No link https://janeirobranco.org.br/, você encontra vários materiais com dicas.

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Projeto da Unicentro produz etanol e biodiesel com resíduo da semente de seringueira

Pesquisa sobre biocombustível está entre as melhores inovações da América Latina

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi considerada uma das mais inovadoras da América Latina. O projeto “Produção de etanol a partir do resíduo da semente de seringueira” teve duas patentes classificadas entre as dez melhores do Concurso Innovación Verde, promovido pela Associação Interamericana da Propriedade Intelectual (ASIPI).

“Foi algo bem interessante para o nosso grupo de pesquisa e a gente quer continuar desenvolvendo mais pesquisas nessa área. É sempre bom ter esse reconhecimento”, comentou o coordenador da pesquisa, professor André Lazarin Gallina, do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro.

O projeto, que ocorre desde 2019 em parceria com o Câmpus de Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), contribui com análises químicas e testes experimentais.

Para a professora Fernanda Oliveira Lima, integrante da equipe da UFFS, a parceria entre a UFFS e a Unicentro é essencial para o avanço do projeto. “Esse trabalho colaborativo permitiu que recebêssemos reconhecimento e financiamento para ampliação. Com isso, o projeto se destaca ainda mais na valorização de resíduos agroindustriais e na promoção da sustentabilidade na produção de biocombustíveis”, destacou a professora.

A proposta de pesquisa surgiu quando a empresa Kaiser Agro buscou a ajuda da Unicentro para achar uma solução para a destinação de resíduos produzidos em suas atividades no ramo de conservação de solo e preservação de florestas nativas. Segundo gestor da empresa, Fábio Tonus, no plantio da seringueira, as sementes acabam não tendo utilidade para os produtores.

“Simplesmente a árvore produzia as sementes, que caíam no solo e ali elas apodreciam. A gente observou a necessidade de fazer um melhor aproveitamento dessa semente, até para poder gerar recurso tanto para o proprietário que plantou a árvore, como para o próprio seringueiro que trabalha extraindo látex”, contextualiza.

Os pesquisadores perceberam que as sementes poderiam virar insumo para a produção de biocombustíveis, que são menos poluentes do que os combustíveis convencionais. “Em um primeiro momento a gente se propôs a fazer três projetos: um deles era para a produção de etanol, o outro para a produção de biodiesel e também um para a produção de antioxidantes”, relatou André Gallina.

As etapas de produção dos biocombustíveis começam com o recebimento da matéria-prima enviada pela empresa Kaiser Agro. Depois, a equipe universitária descasca as sementes de seringueira, extrai o óleo para produzir biodiesel e o que sobra de carboidrato, vira etanol através de um processo de segunda geração. “Fazemos, assim, dois biocombustíveis de uma semente só”, resumiu Gallina.

Entre as várias frentes dessa pesquisa, durante o seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro, o químico Giovano Tochetto focou nos carboidratos da semente de seringueira para produção de etanol, utilizando todo o potencial desse insumo.

“A semente de seringueira não é usada como alimento, ao contrário da cana-de-açúcar e do milho, sendo que o uso dessas matérias-primas alimentícias para produção de etanol cria conflitos de mercado e aumenta o custo do combustível. Como a semente de seringueira é efetivamente um resíduo, ou seja, de baixo custo, o preço do etanol produzido será reduzido”, explicou o pesquisador.

Cada 5,7 quilos de sementes de seringueira são transformados em um litro de etanol. “Dentre as fontes de energia renováveis, o etanol é especialmente interessante, pois é capaz de substituir a gasolina por completo em motores de combustão interna, muito usados em carros, com poucas mudanças nas características dos motores”, salienta o pesquisador.

Em outra pesquisa, dentro do projeto, a partir do óleo extraído da semente de seringueira, cada 3,29 quilos da matéria-prima tem capacidade de produzir um litro de biodiesel. O combustível pode substituir o óleo diesel comum, utilizado em caminhões, ônibus e outros veículos.

“Ainda existem muitas outras matérias-primas para serem descobertas, muitos métodos para produção a serem desenvolvidos e muitos métodos e processos existentes a serem melhorados”, finalizou Giovano.