Crea-PR conquista a inclusão da especialidade de Avaliação de Bens às áreas da engenharia

Como embasamento à solicitação, o Conselho argumenta que a Lei Federal 5.194/66 dá atribuição aos engenheiros e arquitetos para realizar avaliações e perícias. Até então esse trabalho também tem sido prestado por leigos, mas o Crea-PR defende que essa é uma atuação pertinente à categoria que representa.

“O Tribunal de Justiça do Paraná, através do Procurador-Geral, entendeu a importância da Avaliação de Bens e da necessidade da elaboração de Laudos de Avaliação fundamentados, os quais somente os engenheiros possuem habilitação e conhecimento técnico. Para nós, profissionais registrados no sistema Confea/Crea, é uma grande vitória”, afirma a Engenheira Civil Vera Regina Fiori Dias, Conselheira do Crea-PR e Coordenadora da Comissão de Avaliação e Perícia.

“Quando juízes buscavam um profissional para nomeação na plataforma procurando pelo termo avaliação de bens, os engenheiros e arquitetos, que são os legalmente habilitados para tanto, não apareciam. Esta alteração, é um importantíssimo ajuste de especialidades do citado cadastro, pleiteado há bastante tempo pelos profissionais e pelo Ibape-PR”, argumenta o presidente do Ibape-PR, Engenheiro Civil João Augusto Barão Michelotto.

O Engenheiro Civil, Luciano Ventura, um dos especialistas que fazem parte do GTEAP – Grupo de Trabalho de Engenharia de Avaliações e Perícias do Confea/Crea-PR considera a notícia como uma grande conquista e que segundo ele, faz valer o disposto na Lei Federal 5.194/66.

A expectativa de Entidades como o Ibape-PR e Crea-PR é de que a partir de agora com essa correção no sistema da Justiça, somente profissionais habilitados sejam contratados para os serviços.

“Prestamos um serviço fundamentado e isento, com sólido embasamento técnico. Somente engenheiros avaliadores têm a atribuição para elaborar Laudos de Avaliação de acordo com as normas técnicas vigentes. Por isso, recebemos com grande satisfação a informação que nos foi apresentada. Acho que demos um passo gigante. No entanto, agora é essencial que juízes, ou auxiliares, realizem essas nomeações da maneira correta”, finaliza Ventura.

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Matriz elétrica brasileira registra maior expansão da história em 2024

Levantamento da Aneel aponta que eólicas e solares reúnem 91,13% do total de 10,9 GW de potência instalada no ano

O Brasil encerrou 2024 com um acréscimo de 10.853,35 megawatts (MW) na matriz de geração de energia elétrica. É a maior expansão registrada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desde o início da medição, em 1997. O crescimento verificado ultrapassou em 747,35 MW a meta definida pela Agência para 2024, que era de 10.106 MW.

O ano de 2024 também quebrou recorde quanto ao número de usinas instaladas: foram 301 novas plantas em 16 estados brasileiros. Desse total, 91,13% da potência instalada é proveniente das fontes solar fotovoltaica (51,87%) e eólica (39,26%), ambas renováveis. As novas usinas implantadas no ano dividem-se em 147 solares fotovoltaicas (5.629,69 MW), 121 eólicas (4.260,57 MW), 22 termelétricas (906,70 MW), nove pequenas centrais hidrelétricas (51,80 MW) e duas centrais geradoras hidrelétricas (4,60 MW).

Entre os estados com maior potência instalada em 2024, os destaques, em ordem decrescente, foram Minas Gerais (3.173,85 MW), Bahia (2.408,67 MW) e Rio Grande do Norte (1.816,38 MW). Piauí (1.168,03 MW) e Pernambuco (654,51 MW) completam a lista das cinco unidades federativas com maior expansão da matriz elétrica no ano passado.

Aneel

Último Mês — Apenas em dezembro, o avanço na matriz elétrica nacional foi de 502,59 MW, distribuídos por 16 novas usinas: nove centrais solares fotovoltaicas (244,99 MW), cinco usinas eólicas (225,60 MW), uma termelétrica (30 MW) e uma pequena central hidrelétrica (2 MW). Minas Gerais obteve a maior expansão no mês, com oito novas usinas em operação e uma ampliação na oferta de 237,22 MW. A Bahia ficou em segundo lugar, com duas usinas e 99 MW adicionados à matriz elétrica.

Capacidade Total — Em 7 de janeiro, o Brasil somou 208.930,5 MW de potência fiscalizada de energia elétrica, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel (Siga), atualizado diariamente com dados de usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção. Desse total em operação, 84,95% das usinas são consideradas renováveis.

Mais Dados — Para conferir mais detalhes sobre o crescimento da oferta centralizada de energia elétrica no país, acesse o painel Ralie, que reúne informações sobre a expansão da matriz elétrica. Com formato intuitivo, a ferramenta amplia o acesso aos dados de fiscalização de novas usinas em implantação e facilita o acompanhamento da expansão da oferta de geração de acordo com o ano, região, tipo de fonte de energia, entre outros filtros. Os objetivos são aprimorar a interatividade e fornecer mais informações sobre obras de geração.

Fonte: Secom/PR