Crea-PR alerta para necessidade de inspeção periódica em centrais de gás
Dentre uma série de segmentos, os fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) têm a atribuição de fiscalizar empreendimentos e condomínios que tenham centrais de gás (GLP – Gás Liquefeito de Petróleo, gás natural e outros). A fiscalização acontece rotineiramente, durante todo o ano, em restaurantes, bares, indústrias, edifícios comerciais e residenciais e hospitais, entre outros.
A equipe de fiscalização verifica a presença de profissionais habilitados e/ou empresas que estejam devidamente registrados no Crea-PR. Entre os objetivos, constatar se há responsáveis técnicos pelas inspeções e manutenções preventivas, visando o cumprimento das normativas legais para as condições mínimas de segurança, com o objetivo de minimizar o risco de incêndios e/ou explosões.
A gerente do Departamento de Fiscalização (Defis) do Crea-PR, engenheira ambiental Mariana Alice Maranhão, detalha que os fiscais realizam o trabalho rotineiramente. “A intenção é trabalhar pela prevenção e redução de riscos. Há, também, um outro ponto: em determinados casos, as empresas que têm o comodato na distribuição de gás optam pela terceirização de serviços como o de inspeção preventiva, contratando prestadores de serviço”, explica.
Mariana Maranhão acrescenta que, durante a fiscalização, não havendo a comprovação da realização de inspeções preventivas, os fiscais orientam e solicitam que se providencie os profissionais e/ou empresas registradas no Crea-PR. Síndicos de condomínios, por exemplo, podem ser responsabilizados criminalmente, em caso de acidentes, diante do conhecimento de que esse tipo de manutenção é necessário.
Câmara especializada
A fiscalização de centrais de gás está relacionada com a Câmara Especializada de Engenharia Mecânica e Metalúrgica (CEEMM). O manual de fiscalização, com o título “Equipamentos mecânicos relativos a gases (GLP/Industriais/Outros gases)” está disponível no site do Crea-PR.
Carlos Alberto Bueno Rego, engenheiro mecânico de Maringá, é o coordenador da CEEMM. Ele relata que a fiscalização abrange indústrias, estabelecimentos comerciais e moradias multifamiliares que fazem uso do gás liquefeito de petróleo. Carlos Alberto salienta, ainda, a necessidade de responsáveis técnicos habilitados na manipulação e na comercialização do GLP.
“Para toda obra ou reforma que venha a utilizar o GLP, devem ser contatados profissionais e empresas que possam se responsabilizar pelos serviços executados, desde o projeto, a execução de tubulações e a manutenção, para evitar problemas com os órgãos fiscalizadores e, o principal, que é a garantia de um serviço qualificado.”
Carlos Alberto também alerta para a validade dos acessórios de ligação de fornos e fogões, como mangueiras e reguladores, que vencem a cada cinco anos, e os aquecedores de água a gás, em que os fabricantes recomendam manutenção preventiva anual para ajustes de queima de GLP e para a exaustão dos gases, evitando acidentes.
“O GLP tem como característica o odor inconfundível, sendo facilmente sentido e alertando para a intervenção imediata de um profissional habilitado para eliminar o vazamento”, observa o engenheiro mecânico.