Construção representa 9,7% dos empregos gerados no Paraná em 2023

No fim de janeiro, o Novo Caged divulgou o acúmulo de empregos formais de gerados em 2023, que chegou a quase 1,5 milhão. Na região Sul, foram mais de 197 mil vagas geradas, sendo o Paraná responsável por 87.599, o maior número entre os três estados. No que diz respeito à construção, o saldo é positivo, tendo o setor gerado 8.568 oportunidades de trabalho no Paraná, o que representa 9,78% do total. Os dados do Caged consideram trabalhadores com carteira assinada, ou seja, os formais.

Além desse estudo, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou em 31 de janeiro que a taxa média de desocupação em 2023 foi de 7,8%, o menor resultado anual desde 2014, quando o indicador marcou 7%. A mostra ainda aponta que no ano passado, no Brasil, a construção teve expansão de 2,7%, o que representou 198 mil novos postos de trabalho.

Para Roberto Braz Thá, diretor da Thá Engenharia, a empregabilidade na construção civil é um medidor fundamental para atestar o fortalecimento do setor. “A preservação de postos de trabalho e a geração de novas vagas, ainda mais com carteira assinada, apontam para a estabilidade do meio da construção, assim como de seu crescimento e sua importância para a macro e microeconomia. Como temos projetos em todo o Brasil, sendo muitos deles no Paraná, estado de origem da Thá, entendemos que essa porcentagem de saldos de emprego representa um bom momento de solidez para a  construção civil”, ressalta.

Mil vagas em apenas uma obra

O maior prédio de Curitiba, o OÁS Barigui, empreendimento da incorporadora GT Building e construído pela Thá Engenharia, terá 50 andares e 179m de altura, o equivalente a 4,7 Cristos Redentores. Em fase de construção, não é apenas nesses números que o edifício impressiona. Cerca de mil pessoas trabalharão na obra em todas as suas fases, sendo uma média de 500 como funcionários diretos.

Licério Oliveira é um deles. Contratado em 2023, está atuando como carpinteiro na obra do OÁS. “Não dá para ficar parado, ainda mais com as contas de início de ano. Então quando consegui a oportunidade de trabalhar, aceitei na hora. Na construção tem muito espaço para se especializar e crescer em outras funções, então vou tentar ficar o máximo de tempo que puder”, comenta o contratado.

O diretor, Roberto Thá, endossa o que foi dito pelo carpinteiro. “A construção civil é um dos ramos que mais emprega no Brasil, gerando muita oportunidade de contratação, mas também de crescimento. Quem começou como ajudante ou servente, se tiver vontade e dedicação, não demora a se tornar um oficial, um contra-mestre ou mestre de obras. É uma ascensão profissional muito possível”, afirmou

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Guarapuava já registrou 57 casos de violência contra a mulher em 2025

Cidade teve 223 casos registrados ano passado

Segundo o Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a cidade de Guarapuava já registrou em 2025 o total de 57 casos de violações (Qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Ex. Maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas) contra a mulher.

Desse total, apenas 8 denúncias foram efetivadas (Quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a ONDH para registrarem uma denúncia). Em 2024, a cidade teve 223 casos registrados, sendo 20.592 em todo o Paraná. No estado, já são 2.553 casos registrados nesses três primeiros meses do ano.

Para a coordenadora do curso de Direito da Universidade Unopar Anhanguera, Juliana Aprygio Bertoncelo, a divulgação desses dados impulsiona a conscientização sobre o tema e o ato de denunciar e trazer discussões sobre esse assunto contribui para que medidas efetivas sejam feitas a fim de diminuir o problema.

“A relevância social dessa abordagem é muito alta, pois se trata de um tipo de crime que deve ser denunciado e combatido. Trazer essa temática para o debate social conscientiza não apenas na identificação de condutas reprováveis, mas informa sobre onde e quando se deve denunciar. Além disso, é uma forma de as mulheres se sentirem acolhidas e apoiadas umas às outras”, avaliou a docente e advogada.

Por fim, Juliana dá dicas sobre como as mulheres podem pedir ajuda. Confira também os canais de denúncia:

  • Realizar a chamada ao 190 polícia e conversar como se estivesse realizando pedido de delivery, é uma forma muito útil de pedido de socorro, ao perigo eminente sofrido pela mulher;
  • Além disso, qualquer cidadão pode fazer denúncias através da Central de Atendimento à Mulher, pelo número telefônico 180. As delegacias especializadas não são direcionadas a tratar apenas destes tipos penais, permitindo um socorro de forma mais ampla;
  • As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) realizam ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal. Nas unidades, é possível solicitar medidas de proteção de urgência nos casos de violência doméstica contra mulheres.