Comissão da Câmara busca menor reajuste possível na previdência dos servidores

Aplicar a menor taxa possível de reajuste da contribuição previdenciária aos servidores públicos municipais, cumprindo as determinações da Emenda Constitucional nº 103, esse é o desafio e intuito da Comissão de Assuntos Relevantes criada na Câmara de Guarapuava e que, nessa terça-feira (06), reuniu-se para iniciar os estudos acerca do Substitutivo Global 1/2021 do Projeto de Lei Complementar nº 012/2020 e da Emenda Substitutiva 1/2021, que trata desta adequação no município.

Aprovada em novembro de 2019 pelo governo federal, a reforma da Previdência obriga Estados e Municípios de todo o país a reajustar as taxas de contribuição previdenciária dos servidores públicos municipais. O não cumprimento do reajuste, acarreta ao município a perda do certificado de regularidade previdenciária e pode causar o não recebimento de repasses voluntários de recursos da União, além do bloqueio do município em operações de crédito do governo federal, que são ainda mais importantes às cidades, em meio ao cenário de pandemia.

Diante disso, a responsabilidade e desafio dos vereadores e do prefeito é buscar o menor impacto financeiro possível nos salários do funcionalismo público em Guarapuava, dentro das determinações da emenda à Constituição. Antes da reforma, a alíquota mínima dos servidores públicos do município era de 11%.

Assim, a Comissão formada pelas vereadoras Bruna Spitzner (PODEMOS), Profª Bia (MDB) e pelos vereadores João Saulo Piasecki (Republicanos), Cristóvão da Cruz (Democracia Cristã) e Celso Costa (Cidadania) deu início aos estudos de dados municipais para buscar a implantação da alíquota progressiva, ou seja, o regime que pode oferecer a condição mais equilibrada possível de reajuste, dentro deste cenário inevitável de aumento de contribuição. A reunião contou ainda com a presença da assessora jurídica da Câmara, Thieme Silvestri Netto.

“Se não podemos impedir o aumento, vamos buscar que ele ocorra na condição menos impactante possível aos servidores. Por isso, vamos estudar a possibilidade de implantação da alíquota progressiva, onde servidores que ganham menos, consequentemente paguem menos”, avaliou a presidente da comissão, vereadora Bruna.

Entre as próximas ações da Comissão está o diálogo direto com o Instituto Guarapuava Prev, responsável pelos assuntos de Previdência dos Servidores Públicos de Guarapuava; com o SISPPMUG (Sindicato dos Servidores Públicos e Profissionais de Guarapuava); e com representantes da Prefeitura de Guarapuava. “Temos certeza que será uma conversa muito valiosa e produtiva, já que todos têm o mesmo interesse: garantir os direitos dos trabalhadores, com as melhores condições possíveis de remuneração”, assegurou o relator da comissão, vereador Prof° Saulo.

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Guarapuava já registrou 57 casos de violência contra a mulher em 2025

Cidade teve 223 casos registrados ano passado

Segundo o Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a cidade de Guarapuava já registrou em 2025 o total de 57 casos de violações (Qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Ex. Maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas) contra a mulher.

Desse total, apenas 8 denúncias foram efetivadas (Quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a ONDH para registrarem uma denúncia). Em 2024, a cidade teve 223 casos registrados, sendo 20.592 em todo o Paraná. No estado, já são 2.553 casos registrados nesses três primeiros meses do ano.

Para a coordenadora do curso de Direito da Universidade Unopar Anhanguera, Juliana Aprygio Bertoncelo, a divulgação desses dados impulsiona a conscientização sobre o tema e o ato de denunciar e trazer discussões sobre esse assunto contribui para que medidas efetivas sejam feitas a fim de diminuir o problema.

“A relevância social dessa abordagem é muito alta, pois se trata de um tipo de crime que deve ser denunciado e combatido. Trazer essa temática para o debate social conscientiza não apenas na identificação de condutas reprováveis, mas informa sobre onde e quando se deve denunciar. Além disso, é uma forma de as mulheres se sentirem acolhidas e apoiadas umas às outras”, avaliou a docente e advogada.

Por fim, Juliana dá dicas sobre como as mulheres podem pedir ajuda. Confira também os canais de denúncia:

  • Realizar a chamada ao 190 polícia e conversar como se estivesse realizando pedido de delivery, é uma forma muito útil de pedido de socorro, ao perigo eminente sofrido pela mulher;
  • Além disso, qualquer cidadão pode fazer denúncias através da Central de Atendimento à Mulher, pelo número telefônico 180. As delegacias especializadas não são direcionadas a tratar apenas destes tipos penais, permitindo um socorro de forma mais ampla;
  • As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) realizam ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal. Nas unidades, é possível solicitar medidas de proteção de urgência nos casos de violência doméstica contra mulheres.