Caso Tatiane Spitzner: Chegou a hora da verdade para Manvailer

Está previsto para esta semana, nos dias 3 e 4 de dezembro, ou seja, nas próximas quinta e sexta-feira, o julgamento no Tribunal do Júri de Luis Felipe Manvailer acusado de ter matado a esposa em 2018, em um caso de violência doméstica que repercutiu nacionalmente.

A gravidade dos fatos levaram a edição de lei que estabeleceu a data do crime – 22 de julho – como o Dia de Combate ao Feminicídio no estado. Pelo Ministério Público do Paraná, atuará na sessão o promotor titular da 10ª Promotoria de Justiça de Guarapuava.

Conforme a denúncia criminal oferecida pelo MPPR, por meio da 10ª e da 12ª Promotorias de Justiça da comarca, na madrugada do dia 22 de julho de 2018, após uma discussão quando retornavam de uma casa noturna, o réu passou a agredir a vítima. Boa parte dos fatos chegou a ser registrada pelas câmeras de segurança do prédio onde o casal residia. Ao final das agressões, segundo a ação penal, a mulher teria sido lançada da sacada do apartamento pelo denunciado.

No julgamento, o MP sustentará a tese de homicídio qualificado (feminicídio, motivo fútil e morte mediante asfixia) e fraude processual (por ter removido o corpo da vítima do local da queda e limpado vestígios de sangue deixado no elevador). A tese do MPPR, comprovada pelo Laudo de Necropsia e pelo Laudo Anatomopatológico, é de que a vítima foi jogada da sacada quando já estava morta.

O denunciado foi preso no mesmo dia do crime, ao tentar fugir. Ele foi encontrado após bater o carro na estrada, em São Miguel do Iguaçu, a 340 quilômetros de Guarapuava – e a cerca de 50 quilômetros da fronteira do país com o Paraguai.

Transmissão do Júri – A sessão do Tribunal do Júri terá início às 9 horas nos dois dias (3 e 4/12). No canal do Tribunal de Justiça no Youtube serão transmitidos os debates do julgamento que, considerando todas as etapas antecedentes, devem ocorrer na noite de sexta-feira (4).

Manvailer está preso na Penitenciária de Guarapuava e, recentemente, tentou se livrar da prisão alegando que corria o risco de contrair coronavírus, além de estar preso preventivamente.

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