Carros de som e propaganda de Guarapuava recebem fiscalização da prefeitura

Em uma iniciativa para promover o bem-estar da população e garantir o cumprimento das normas de ruído, a Prefeitura de Guarapuava, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (SEMAG), realizou nesta sexta-feira (17) mais uma fiscalização em carros de som e propaganda na cidade. O principal objetivo da ação foi orientar os divulgadores sobre os níveis adequados de decibéis, conforme estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Conduzida por técnicos especializados, a fiscalização ocorre regularmente, utilizando decibelímetros ou sonômetros, aparelhos que medem a intensidade do som em decibéis (dB). O fiscal ambiental Mayquel Vinicius Teixeira de Lima, da SEMAG, destacou a importância dessa ação para atender às reclamações da população sobre o excesso de ruído, especialmente de veículos de propaganda que circulam nas vias públicas.

“Hoje estamos realizando uma avaliação acústica no centro da cidade. Esta ação visa atender às queixas sobre o abuso de som que ocorre, principalmente, devido às propagandas em via pública. Muitos divulgadores não têm conhecimento dos limites de decibéis e acabam impactando negativamente quem está trabalhando ou descansando”, explicou Lima. “A partir de 80 decibéis, os estudos mostram que há uma perda auditiva, tornando essencial a fiscalização para proteger a saúde da população”, acrescentou.

Os aparelhos utilizados na fiscalização são capazes de identificar e analisar diversos tipos de ruído, proporcionando uma medição precisa. “O sonômetro capta e destrincha diferentes tipos de som, como música, barulho da cidade, gritos e obras, permitindo uma média precisa das emissões sonoras”, detalhou Lima. “Estamos estabelecendo um padrão para identificar excessos, e os veículos que ultrapassarem os limites permitidos poderão ser autuados”, ressaltou.

A partir desta fiscalização, os veículos de som e lojas que utilizam equipamentos para propaganda nos logradouros públicos estão oficialmente notificados de que o limite máximo permitido é de 65 dB (A) durante o dia e 55 dB (A) à noite nas vias centrais do município, conforme a Norma NBR 10151/2019.

As autuações seguirão as diretrizes do Decreto Federal n° 6.514/2008, que regulamenta a Lei Federal n° 12.605/1998 dos Crimes Ambientais. “Nos últimos dois meses, realizamos uma avaliação detalhada dos níveis de ruído na cidade. Estamos prontos para iniciar as autuações contra aqueles que não cumprirem os limites estabelecidos, visando sempre a qualidade de vida dos nossos cidadãos”, concluiu Lima.

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Projeto inédito em Guarapuava foca na saúde pública e no meio ambiente

Reunião, realizada na terça-feira, inicia mapeamento e análise de áreas com potencial de contaminação

Guarapuava iniciou, nessa terça-feira (12), um projeto pioneiro no Paraná, com o objetivo de identificar e mapear as áreas contaminadas no município. Esta ação, que prioriza a preservação da saúde pública e do meio ambiente, conta com a colaboração de uma equipe de especialistas e pesquisadores, incluindo o renomado Alexandre Maximiano, referência no campo da gestão de áreas contaminadas.

A reunião de lançamento marcou o início do trabalho de mapeamento e análise de áreas com risco de contaminação. Além disso, a iniciativa busca a criação de um banco de dados interligado ao sistema Geo Guarapuava, para o monitoramento contínuo e controle dessas áreas. O projeto também prevê o desenvolvimento de um plano de gestão e a criação de uma legislação estadual focada no gerenciamento das áreas contaminadas.

“A gestão atual tem uma preocupação relevante com as questões ambientais. Devemos agir de forma preventiva, antes que qualquer acidente ambiental ocorra ou seja causado por ação humana”, afirmou Selba Lopes, secretária de Meio Ambiente.

O projeto se destaca pela sua importância tanto para o meio ambiente quanto para a saúde da população. A identificação de áreas contaminadas é crucial para prevenir riscos à saúde humana, já que substâncias químicas no solo e na água podem causar sérios danos, incluindo doenças respiratórias e intoxicações.

“Essa questão vai além do impacto ambiental, ela se refere diretamente à saúde da população. Quando falamos de áreas contaminadas, não podemos separar o meio ambiente da saúde humana, pois ambos estão interligados. A contaminação do solo e da água pode gerar substâncias tóxicas que afetam a qualidade de vida, causando doenças respiratórias, intoxicações e até a liberação de gases perigosos. Portanto, a gestão dessas áreas é, sem dúvida, uma questão de saúde pública, pois qualquer ação em áreas contaminadas pode impactar o bem-estar da comunidade”, explicou Gabriel Trevisan, engenheiro ambiental.

Com o mapeamento, será possível identificar as áreas de risco e desenvolver estratégias para a recuperação ambiental e a prevenção de novos danos. O trabalho em Guarapuava tem o potencial de servir como modelo para outras cidades do Paraná e do Brasil, sendo um dos primeiros esforços no país a tratar o mapeamento de áreas contaminadas de maneira tão detalhada e estruturada.

Este projeto é fruto de uma parceria entre o município de Guarapuava, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão, por meio do Fundo Municipal de Saneamento Básico e Ambiental, o Instituto Ambiental do Paraná (IAT), a Sedest da Unicentro e diversos especialistas da área. A equipe envolvida, além de Maximiano, inclui geólogos, engenheiros ambientais e técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão (Semamg), todos comprometidos em garantir que a cidade adote uma gestão eficaz e segura de suas áreas contaminadas.