Cacicopar manifesta preocupação com fechamento do comércio em Guarapuava

Por meio de nota, assinada pela presidente Maria Inês Guiné, a entidade deseja jogar luz sobre alguns pontos e pede que o poder público os analise com sensibilidade, racionalidade e sensatez. Confira a nota:

A Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Centro-Oeste do Paraná (Cacicopar) é a favor da vida… e do emprego! Portanto, manifestamos imensa preocupação com o lockdown decretado pelo Governo do Paraná, na última sexta-feira (26), e acatado por grande parte dos municípios do interior.

Nossa entidade compreende 16 Associações Comerciais pertencentes à regional, representantes dos municípios de Boa Ventura do São Roque, Candói, Cantagalo, Foz do Jordão, Goioxim, Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Manoel Ribas, Marquinho, Nova Tebas, Palmital, Pinhão, Pitanga, Reserva do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu e Turvo.

Juntas, as entidades somam mais de 2.000 empresas associadas por livre adesão. Todos estes municípios têm no comércio a sua grande força econômica, que, significa, na prática, o emprego de boa parte da população e circulação de renda local. Por meio desta nota, queremos jogar luz sobre alguns pontos e pedimos – humildemente – que o poder público os analise com sensibilidade, racionalidade e sensatez:

1 – A classe produtiva está totalmente ciente da gravidade da Covid-19 e da taxa de mortalidade da mesma. Por este motivo, desde março de 2020, vem seguindo os decretos publicados pelo poder público e implementando as medidas de segurança necessárias;

2 – Em 2020, o comércio das cidades integrantes à Cacicopar fechou por alguns períodos, em razão das determinações municipais. Os reflexos econômicos dos citados períodos estão sendo sentido até hoje. Nos preocupa o fato de que muitas empresas podem não sobreviver a mais uma temporada de fechamentos. Empresas que encerram as atividades impactam – diretamente – em perda de empregos e dificuldade no sustento de famílias;

3 – Interpretamos os resultados do lockdown, imposto em 2020, de maneira abstrata. As prefeituras não apresentaram estudos concretos sobre a eficiência do mesmo. Por isso, continuamos acreditando que, obviamente, a contribuição de toda a população e as medidas de segurança são fundamentais, mas o maior problema são as estruturas de saúde das cidades – infraestrutura em geral (leitos, profissionais, equipamentos, pesquisa). E é justamente neste ponto que defendemos que o Governo do Estado e os municípios foquem suas energias neste momento;

4 – O primeiro trimestre do ano é conhecido como um período de fraco movimento para o comércio, as empresas ainda estão engrenando e entrando no ritmo comercial. Por outro lado, para o trabalhador, são meses de salário importante para pagar dívidas acumuladas. É notório que as micro e pequenas empresas são as que mais empregam no Brasil, de acordo com estudos do Sebrae, por isso é tão danoso que as mesmas fechem as portas em um período como este;

5 – Por fim, a nossa sugestão, enquanto entidade, é que os municípios enrijeçam as medidas de segurança, aumentem a fiscalização, ampliem o acesso aos testes rápidos e – principalmente – destinem o dinheiro público para a infraestrutura de saúde.

A Cacicopar está totalmente aberta ao diálogo com os municípios que representa. Nosso objetivo com esta nota não é somente nos posicionar contrariamente ao fechamento do comércio, mas encontrar maneiras de solucionar juntos – poder público e setor produtivo – o melhor caminho para superar este momento tão difícil.

Maria Inês Guiné – Presidente da Cacicopar

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