Aumenta uso de gás natural em novas residências no Paraná

De acordo com dados da Companhia Paranaense de Gás (Compagas), 3ª maior fornecedora do setor no país, das mais de 2,5 mil novas unidades conectadas à rede de distribuição ao longo do ano passado, 80% foram em empreendimentos recém-inaugurados e os demais naqueles já existentes.

O crescimento foi de 40% em relação a 2022 e é o maior número já registrado pela Companhia. A Compagas deve atender mais 6,2 mil unidades contratadas com conexões previstas até o final de 2028.

Rafael Lamastra Jr., CEO da Compagas, revela que atualmente a empresa atende 98,5% do total de usuários de gás natural do Paraná.

“Encerramos 2023 com o atendimento de quase 54 mil unidades residenciais concentradas nos municípios de Curitiba, Araucária, São José dos Pinhais e Ponta Grossa. No volume distribuído, a média anual ultrapassa a marca dos 33 mil metros cúbicos por dia”, informa.

Exemplo disso, é a parceria entre a Compagas e a construtora Laguna, que reflete a tendência do mercado e a segurança no uso do gás natural. O BIOOS, projeto da Laguna com consultórios, offices e residências 60+, contará com o fornecimento do gás canalizado.

Segundo Didier Alvarez, gerente de Desenvolvimento Técnico de Engenharia do grupo, em todas as últimas obras da empresa, o gás natural canalizado foi utilizado para garantir a segurança para o condomínio e a facilidade na gestão de fornecimento.

“Nossas prioridades em termos de sustentabilidade incluem a redução do consumo de energia com a utilização de equipamentos de menor consumo e diversos projetos que visam a eficiência para o dia a dia do usuário e do condomínio”, detalha.

O gás natural é uma fonte de energia limpa e segura. Ao contrário do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o gás natural é transportado por meio de tubulações subterrâneas, reduzindo o risco de vazamentos e explosões. Pela praticidade e segurança, o gás canalizado nas residências é utilizado, majoritariamente, para o aquecimento de água, nos fornos, fogões, churrasqueiras, lareiras e, até mesmo, em sistemas de aquecimento de piscinas e pisos.

Além disso, o aspecto sustentável também fez parte da escolha, uma vez que o sistema de abastecimento minimiza o desperdício e, consequentemente, diminui o impacto no meio ambiente.

Outro benefício da escolha pelo gás canalizado é a possibilidade de reduzir os impactos gerados pela distribuição GLP na mobilidade urbana com o tráfego de caminhões, contribuindo ainda com a diminuição das emissões de CO² causados pelo tráfego de veículos movidos à diesel na cidade, e excluindo os riscos do abastecimento por caminhões.

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Mercado de Trabalho: Projeto oferece a jovens do Paraná aprendizagem remunerada

Iniciativa do SINDIREPA, com apoio do SENAI, oferta formação teórica e prática com remuneração e carteira assinada

 

O Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios no Paraná (SINDIREPA/PR), com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), lançou a primeira turma do Programa de Aprendizagem de Mecânico de Manutenção de Automóveis. O projeto inédito no estado permite que jovens entre 18 e 23 aprendam uma profissão já com a carteira assinada.

No modelo de aprendizagem remunerada, diferentemente dos cursos convencionais, além de oferecer formação teórica no SENAI, os participantes têm experiência prática dentro das oficinas mecânicas associadas ao SINDIREPA/PR.

“Esse é um programa pioneiro porque conseguimos estruturar um modelo voltado especificamente para oficinas mecânicas, algo que antes era mais comum em grandes indústrias”, explicou o diretor  do SINDIREPA, Reinaldo Crestani Junior.

Impacto na vida dos jovens

O programa já está transformando a trajetória dos participantes. Matheus Almeida Ferreira,  21 anos, viu a iniciativa como um passo decisivo na carreira. “Eu terminei o técnico em mecatrônica e comecei engenharia, mas essa experiência prática na manutenção automotiva faz toda a diferença. Estou empregado e aprendendo ao mesmo tempo”, destacou.

Para Jaciel Angeli Pedroso, 20 anos, o programa representa um futuro promissor. “Trabalho desde muito cedo, mas nunca em algo que pudesse ser uma carreira. Minha tia viu a oportunidade no Facebook e me incentivou a fazer a inscrição e, felizmente, fui aprovado no processo. Até o momento eu trabalhava vendendo doces na rua para sustentar minha família, mas vi que essa área tem grandes chances de crescimento. Quero construir uma carreira, abrir meu próprio negócio no futuro”, afirmou.

O curso também incentiva a presença feminina na mecânica automotiva. Lara Witkowski Vaz, de 20 anos, descobriu a vaga pelo Instagram da Prefeitura de Pinhais e decidiu se candidatar. “Eu já tinha interesse pela área. No Instituto Federal do Paraná, fiz técnico em informática e entrei em uma equipe de robótica. Um dos meus projetos foi um robô semiautomático e, ao montá-lo, fiquei curiosa sobre o funcionamento dos carros. Quando vi a oportunidade no SENAI, percebi que era a minha chance. Além de me qualificar, já atuo em uma área que me interessa”, relatou.

Expansão para novas áreas

O sucesso da primeira turma impulsiona novas iniciativas. O SINDIREPA/PR já tem um segundo programa estruturado, voltado para a formação de jovens na área de funilaria. “Nosso objetivo é captar mais empresas e lançar essa segunda turma ainda este ano”, afirmou Crestani.

A demanda por profissionais no setor automotivo segue em alta, e programas como esse oferecem oportunidades concretas para jovens ingressarem no mercado de trabalho com experiência comprovada. “Enquanto muitos engenheiros conhecem apenas a teoria, nossos aprendizes saem com conhecimento prático e vivência real da profissão”, ressaltou Gabriella Leal, supervisora técnica do SENAI e instrutora do programa.

Os interessados devem atender aos requisitos de idade e estar empregados em oficinas associadas ao SINDIREPA/PR. Mais informações podem ser obtidas diretamente com o sindicato.