A professora Ariane Carla Pereira, do Departamento de Comunicação Social da Unicentro, assumiu a presidência do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Guarapuava (CMDMG) para o biênio 2021-2022.
Conforme explicou a docente, o Conselho tem como objetivo, além da proposição, também a fiscalização da implantaçãode políticas públicas voltadas para o bem-estar e para o maior exercício da cidadania por parte das mulheres. Ainda cabe ao Conselho, acrescenta Ariane, zelar pelo cumprimento dessas políticas públicas nas mais diversas áreas.
“Como vaga em creche para os filhos dessas mulheres, para que elas possam trabalhar, por exemplo; também o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica; a possibilidade da oferta de cursos e vagas específicas para mulheres para que elas possam ser inseridas no mercado de trabalho, entre outras tantas áreas que são possíveis”, detalhou.
A docente integra o Conselho desde 2018, quando foi indicada pela reitoria da Unicentro para representar a universidade no órgão. Essa é a primeira vez que uma representante da Unicentro assume a presidência do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Guarapuava.
Para a professora, estar à frente das atividades do Conselho é importante em múltiplas perspectivas – a institucional, que reflete a visibilidade do trabalho da Unicentro no que diz respeito à luta pelos direitos das mulheres em Guarapuava; e a pessoal, enquanto pesquisadora e extensionista da área dos direitos da mulher.
“Para mim, significa, então, o reconhecimento do trabalho que venho fazendo como pesquisadora de gênero, mas, sobretudo, dos projetos de extensão desenvolvidos por mim, pelos meus alunos e outros professores da Unicentro no que diz respeito ao combate e à prevenção da violência contra a mulher, em especial no projeto de extensão Florescer”, analisou a professora.
Além dessas, Ariane, ainda, destacou a perspectiva social, que reforça como o Conselho dos Direitos da Mulher deve ser fortalecido, agindo para que se tenha uma sociedade com mais equidade entre homens e mulheres.
“Que as mulheres tenham seus deveres, como têm tido ao longo dos anos, mas que também tenham os seus direitos cumpridos. São direitos em diversos níveis e os direitos de cidadã mais básicos – o direito à vida; o direito a caminhar pelas ruas em segurança, sem se sentir assediada ou ameaçada; o direito ao trabalho e a um salário digno; o direito de ter onde deixar os filhos, em um lugar seguro, para que ela possa trabalhar; o direito a ter segurança dentro de casa, sem ameaças e sem violência, violência que pode ser física, psicológica ou patrimonial. Enfim, é um direito efetivo e pleno à vida”.
O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, destacou Ariane, é formado por entidades dos setores público e privado de Guarapuava, com representação, por exemplo, das universidades, das secretarias municipais, das quilombolas, das mulheres negras, das mulheres do campo.
A professora reforçou a importância do trabalho realizado pelo grupo, no sentido de fazer valer e cumprir, efetivamente, o que diz a lei dos Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher, que é ouvir a sociedade e ouvir as mulheres. “Quais são os pontos que precisam de um olhar mais atento para que o direito à cidadania da mulher seja preservado, para que a gente possa propor políticas públicas para melhorar a vida dessas mulheres e fazer valer as leis que a gente já tem – sejam elas municipais, estaduais ou nacionais – sendo efetivadas, que essas políticas públicas reverberem em uma vida com segurança, uma vida plena, uma vida que valha a pena ser vivida, uma vida que as mulheres possam ter esperança”, finalizou.