Agências do Trabalhador do Paraná têm 16,8 mil vagas

As Agências do Trabalhador e postos avançados do Paraná começam a semana com a oferta de 16.815 vagas de emprego com carteira assinada. A maior parte é para auxiliar de linha de produção, com 2.524 oportunidades. Na sequência, aparecem as funções de magarefe, com 501 vagas, operador de telemarketing receptivo, com 380, e abatedor de porco, também com 380.

A Grande Curitiba concentra o maior volume de postos de trabalho disponíveis (4.536). São 380 vagas para operador de telemarketing receptivo, 305 para operador de telemarketing ativo e receptivo, 201 para auxiliar de cozinha e 200 para operador de telemarketing ativo. Na Capital, a Agência do Trabalhador Central oferta 263 vagas para preenchimento imediato: vendedor interno (133), auxiliar de limpeza (62), atendente balconista (37), assistente de vendas (21) e confeiteiro (10).

A região de Cascavel aparece em seguida em volume de vagas (4.325). São 862 oportunidades para auxiliar de linha de produção, 340 para abatedor de porcos, 255 para magarefe e 249 para operador de processo de produção.

Londrina (1.416 vagas), Campo Mourão (1.224), Pato Branco (1.131) e Foz do Iguaçu (1.050) também concentram grandes oportunidades. Em Londrina, as funções que lideram as ofertas são auxiliar de linha de produção, com 171 vagas, alimentador de linha de produção, com 97, auxiliar de produção de gorduras vegetais comestíveis, com 70, e operador de caixa, com 62 oportunidades.

Em Campo Mourão, os destaques são para auxiliar de linha de produção (93), magarefe (71), abatedor (63) e soldador (47). No Sudoeste, há oferta de emprego para as funções de auxiliar de linha de produção, com 213 oportunidades, servente de obras, com 67, operador de processo de produção, com 55, vendedor interno, com 52. Em Foz do Iguaçu, o comércio procura vagas para operador de caixa e repositor em supermercados.

Atendimento – Os interessados devem buscar orientações entrando em contato com a unidade da Agência do Trabalhador de seu município. Para evitar aglomeração, a sugestão é que o atendimento seja feito com horário marcado. O agendamento deve ser feito AQUI.

Confira o detalhamento das vagas por regional AQUI .

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Projeto da Unicentro produz etanol e biodiesel com resíduo da semente de seringueira

Pesquisa sobre biocombustível está entre as melhores inovações da América Latina

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi considerada uma das mais inovadoras da América Latina. O projeto “Produção de etanol a partir do resíduo da semente de seringueira” teve duas patentes classificadas entre as dez melhores do Concurso Innovación Verde, promovido pela Associação Interamericana da Propriedade Intelectual (ASIPI).

“Foi algo bem interessante para o nosso grupo de pesquisa e a gente quer continuar desenvolvendo mais pesquisas nessa área. É sempre bom ter esse reconhecimento”, comentou o coordenador da pesquisa, professor André Lazarin Gallina, do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro.

O projeto, que ocorre desde 2019 em parceria com o Câmpus de Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), contribui com análises químicas e testes experimentais.

Para a professora Fernanda Oliveira Lima, integrante da equipe da UFFS, a parceria entre a UFFS e a Unicentro é essencial para o avanço do projeto. “Esse trabalho colaborativo permitiu que recebêssemos reconhecimento e financiamento para ampliação. Com isso, o projeto se destaca ainda mais na valorização de resíduos agroindustriais e na promoção da sustentabilidade na produção de biocombustíveis”, destacou a professora.

A proposta de pesquisa surgiu quando a empresa Kaiser Agro buscou a ajuda da Unicentro para achar uma solução para a destinação de resíduos produzidos em suas atividades no ramo de conservação de solo e preservação de florestas nativas. Segundo gestor da empresa, Fábio Tonus, no plantio da seringueira, as sementes acabam não tendo utilidade para os produtores.

“Simplesmente a árvore produzia as sementes, que caíam no solo e ali elas apodreciam. A gente observou a necessidade de fazer um melhor aproveitamento dessa semente, até para poder gerar recurso tanto para o proprietário que plantou a árvore, como para o próprio seringueiro que trabalha extraindo látex”, contextualiza.

Os pesquisadores perceberam que as sementes poderiam virar insumo para a produção de biocombustíveis, que são menos poluentes do que os combustíveis convencionais. “Em um primeiro momento a gente se propôs a fazer três projetos: um deles era para a produção de etanol, o outro para a produção de biodiesel e também um para a produção de antioxidantes”, relatou André Gallina.

As etapas de produção dos biocombustíveis começam com o recebimento da matéria-prima enviada pela empresa Kaiser Agro. Depois, a equipe universitária descasca as sementes de seringueira, extrai o óleo para produzir biodiesel e o que sobra de carboidrato, vira etanol através de um processo de segunda geração. “Fazemos, assim, dois biocombustíveis de uma semente só”, resumiu Gallina.

Entre as várias frentes dessa pesquisa, durante o seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro, o químico Giovano Tochetto focou nos carboidratos da semente de seringueira para produção de etanol, utilizando todo o potencial desse insumo.

“A semente de seringueira não é usada como alimento, ao contrário da cana-de-açúcar e do milho, sendo que o uso dessas matérias-primas alimentícias para produção de etanol cria conflitos de mercado e aumenta o custo do combustível. Como a semente de seringueira é efetivamente um resíduo, ou seja, de baixo custo, o preço do etanol produzido será reduzido”, explicou o pesquisador.

Cada 5,7 quilos de sementes de seringueira são transformados em um litro de etanol. “Dentre as fontes de energia renováveis, o etanol é especialmente interessante, pois é capaz de substituir a gasolina por completo em motores de combustão interna, muito usados em carros, com poucas mudanças nas características dos motores”, salienta o pesquisador.

Em outra pesquisa, dentro do projeto, a partir do óleo extraído da semente de seringueira, cada 3,29 quilos da matéria-prima tem capacidade de produzir um litro de biodiesel. O combustível pode substituir o óleo diesel comum, utilizado em caminhões, ônibus e outros veículos.

“Ainda existem muitas outras matérias-primas para serem descobertas, muitos métodos para produção a serem desenvolvidos e muitos métodos e processos existentes a serem melhorados”, finalizou Giovano.