A fala do acusado durante depoimento na audiência de custódia, prestado quando estava preso em São Miguel do Iguaçu, antes de ser transferido para a PIG, em Guarapuava (Imagem: Reprodução)
Jonas Laskouski
“A denúncia oferecida pelo Ministério Público foi uma peça de ficção, sem mínimo respaldo probatório”. A declaração faz parte da defesa preliminar dos advogados que defendem Luís Felipe Manvailer, acusado de matar a esposa e advogada guarapuavana, Tatiane Spitzner, num caso chocante que estarreceu o Brasil e o mundo. O documento, entregue à juíza Paola Gonçalves Mancini, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Guarapuava, onde corre o processo, é uma resposta à acusação contra o ex-professor oferecida pelo MP-PR. (Com informações do Portal RSN)
Defesa diz que denúncia não define quais as acusações (Foto: Reprodução/Facebook)
Ainda no documento, os advogados afirmam que a maneira como a denúncia foi oferecida pelo MP não define de modo satisfatório qual é a causa da morte e, consequentemente, a quais acusações Manvailer deve responder. O Extra Guarapuava relembra:
ACUSAÇÕES
O ex-professor Luís Felipe Manvailer é acusado de homicídio com quatro qualificadoras – asfixia mecânica, dificultar defesa da vítima, motivo torpe e feminicídio; fraude processual (por alterar a cena do crime), cárcere privado. Na complementação da denúncia, a promotoria incluiu a qualificadora meio cruel ao crime de homicídio devido ao “intenso sofrimento físico e psíquico” da vítima, que, segundo o laudo, foi morta por asfixia mecânica causada por esganadura e com sinais de crueldade.
Tatiane foi brutalmente agredida pelo então marido como mostram as imagens, das câmeras de seguranças, que rodaram o planeta, chocando também a comunidade internacional (Imagem: Reprodução)
No dia 20 de setembro, a 12ª Promotoria do Ministério Público do Paraná recebeu o laudo de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML) citado acima, confirmando a causa da morte de Tatiane Spitzner, o que indica que ela foi jogada sem vida da sacada do apartamento 403 do Edifício Golden Garden, onde morava com o então marido. Ele está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava.
Simulações de queda, usando um boneca, foram feitas no p´redio onde morava o casal (Foto: Jonas Laskouski/Extra)
No material de defesa, os advogados alegam, ainda, que Manvailer é inocente de todas as imputações lançadas contra si.
A promotora Dúnia Serpa Rampazzo ainda não se manifestou publicamente sobre o posicionamento da defesa contra a denúncia do MP-PR.