1º Fórum Paranaense de Relações de Consumo e Serviços de Telecomunicações

Em dezembro, Guarapuava será sede do 1º Fórum Paranaense de Relações de Consumo e Serviços de Telecomunicações. O evento é promovido pela Prefeitura, em parceria com o Procon-PR, e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) com apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Entre os objetivos deste fórum, está o fortalecimento dos laços entre a Anatel e as entidades de defesa do consumidor no Estado do Paraná. O fórum, que será nos dias 6 e 7 de dezembro de 2023, terá lugar no Auditório da OAB de Guarapuava. Compõem a programação uma série de palestras e debates, proporcionando um espaço para a disseminação de conhecimentos sobre o papel da Anatel, seus resultados e desafios, com foco na atuação regulatória em benefício do consumidor.

Segundo a superintendente do Procon de Guarapuava, Luana Esteche, “as principais preocupações que enfrentamos com as empresas de telefonia e telecomunicações, como as cobranças indevidas mencionadas anteriormente, serão discutidas”, acrescentou.

Programação 

No primeiro dia, a partir das 14h40, os participantes serão recebidos com um momento de credenciamento, seguido pelas boas-vindas  Luana Esteche e Cláudia Silvano (dirteora do Procon Paraná). O destaque da tarde incluirá palestras sobre “A Responsabilidade civil e a efetiva proteção de dados”, com Flávio Caetano de Paula Maimone, “Tratamento do superendividamento nos Cejuscs”, com Viviane Costa de Oliveira, e “A Proteção da pessoa deficiente na relação de consumo e inclusão social”, apresentada por Erick Lé Palazzi Ferreira.

O segundo dia, iniciando às 9h e encerrando às 13h, contará com apresentações sobre as atribuições da Anatel e os direitos do consumidor, regulação responsiva, interrupção de serviços e cobranças indevidas, atuação regulatória da Anatel, cobertura e novas tecnologias.

Para realizar a inscrição, basta clicar AQUI e selecionar a sua categoria. Procons, advogados, fornecedores, acadêmicos e comunidade em geral podem participar.

Serviço:

1º Fórum Paranaense de Relações de Consumo e Serviços de Telecomunicações

Data: 6 e 7 de dezembro

Local: OAB Guarapuava – Rua Padre Chagas, 4476 – Batel.

Horário: quarta-feira às 14h40; quinta-feira às 9h

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Projeto da Unicentro produz etanol e biodiesel com resíduo da semente de seringueira

Pesquisa sobre biocombustível está entre as melhores inovações da América Latina

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi considerada uma das mais inovadoras da América Latina. O projeto “Produção de etanol a partir do resíduo da semente de seringueira” teve duas patentes classificadas entre as dez melhores do Concurso Innovación Verde, promovido pela Associação Interamericana da Propriedade Intelectual (ASIPI).

“Foi algo bem interessante para o nosso grupo de pesquisa e a gente quer continuar desenvolvendo mais pesquisas nessa área. É sempre bom ter esse reconhecimento”, comentou o coordenador da pesquisa, professor André Lazarin Gallina, do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro.

O projeto, que ocorre desde 2019 em parceria com o Câmpus de Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), contribui com análises químicas e testes experimentais.

Para a professora Fernanda Oliveira Lima, integrante da equipe da UFFS, a parceria entre a UFFS e a Unicentro é essencial para o avanço do projeto. “Esse trabalho colaborativo permitiu que recebêssemos reconhecimento e financiamento para ampliação. Com isso, o projeto se destaca ainda mais na valorização de resíduos agroindustriais e na promoção da sustentabilidade na produção de biocombustíveis”, destacou a professora.

A proposta de pesquisa surgiu quando a empresa Kaiser Agro buscou a ajuda da Unicentro para achar uma solução para a destinação de resíduos produzidos em suas atividades no ramo de conservação de solo e preservação de florestas nativas. Segundo gestor da empresa, Fábio Tonus, no plantio da seringueira, as sementes acabam não tendo utilidade para os produtores.

“Simplesmente a árvore produzia as sementes, que caíam no solo e ali elas apodreciam. A gente observou a necessidade de fazer um melhor aproveitamento dessa semente, até para poder gerar recurso tanto para o proprietário que plantou a árvore, como para o próprio seringueiro que trabalha extraindo látex”, contextualiza.

Os pesquisadores perceberam que as sementes poderiam virar insumo para a produção de biocombustíveis, que são menos poluentes do que os combustíveis convencionais. “Em um primeiro momento a gente se propôs a fazer três projetos: um deles era para a produção de etanol, o outro para a produção de biodiesel e também um para a produção de antioxidantes”, relatou André Gallina.

As etapas de produção dos biocombustíveis começam com o recebimento da matéria-prima enviada pela empresa Kaiser Agro. Depois, a equipe universitária descasca as sementes de seringueira, extrai o óleo para produzir biodiesel e o que sobra de carboidrato, vira etanol através de um processo de segunda geração. “Fazemos, assim, dois biocombustíveis de uma semente só”, resumiu Gallina.

Entre as várias frentes dessa pesquisa, durante o seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro, o químico Giovano Tochetto focou nos carboidratos da semente de seringueira para produção de etanol, utilizando todo o potencial desse insumo.

“A semente de seringueira não é usada como alimento, ao contrário da cana-de-açúcar e do milho, sendo que o uso dessas matérias-primas alimentícias para produção de etanol cria conflitos de mercado e aumenta o custo do combustível. Como a semente de seringueira é efetivamente um resíduo, ou seja, de baixo custo, o preço do etanol produzido será reduzido”, explicou o pesquisador.

Cada 5,7 quilos de sementes de seringueira são transformados em um litro de etanol. “Dentre as fontes de energia renováveis, o etanol é especialmente interessante, pois é capaz de substituir a gasolina por completo em motores de combustão interna, muito usados em carros, com poucas mudanças nas características dos motores”, salienta o pesquisador.

Em outra pesquisa, dentro do projeto, a partir do óleo extraído da semente de seringueira, cada 3,29 quilos da matéria-prima tem capacidade de produzir um litro de biodiesel. O combustível pode substituir o óleo diesel comum, utilizado em caminhões, ônibus e outros veículos.

“Ainda existem muitas outras matérias-primas para serem descobertas, muitos métodos para produção a serem desenvolvidos e muitos métodos e processos existentes a serem melhorados”, finalizou Giovano.