158 mil vacinas contra a Covid-19 chegam ao Paraná nesta quinta

O Paraná vai receber mais 158.900 vacinas contra a Covid-19 nesta quinta-feira (9), referente à 49ª pauta de distribuição do Ministério da Saúde.

A primeira remessa, com 100.400 imunizantes da CoronaVac/Butantan é destinada à primeira e segunda doses (D1 e D2) e deve desembarcar no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, às 10h25, no voo G31126.

Na sequência, às 12h55, no voo LA 3443, o lote será finalizado com 58.500 doses da Pfizer/BioNTech para primeiras doses (D1). Os imunizantes serão encaminhados ao Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) para conferência e armazenamento, até que sejam repassados às Regionais de Saúde.

Desde segunda-feira (6), o Paraná já recebeu 272.610 doses da Pfizer/BioNTech, referente à 48ª pauta de distribuição do Ministério da Saúde (115.782 na segunda e 156.828 na quarta). O encaminhamento destas remessas para as Regionais deverá ser definido nos próximos dias.

Segundo os dados do Vacinômetro nacional, o Paraná já aplicou 11.347.173 vacinas contra a Covid-19, sendo 7.612.649 D1, 320.825 doses únicas (DU) e 3.414.567 D2.

Os dados também mostram que 90,97% dos paranaenses já receberam pelo menos uma dose da vacina ou dose única, e que 42,83% já receberam a segunda dose ou dose única.

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Mulheres são maioria entre estudantes e professores das universidades estaduais

Elas representam 51% dos professores e 59% dos alunos; são pesquisadoras, professoras e alunas que ganham visibilidade pelos trabalhos e premiações

Nas sete universidades estaduais do Paraná, as mulheres se destacam como a maioria entre professores e estudantes. Dos 7.528 docentes, 3.833 são mulheres, representando 51% do total. Entre os 64.864 estudantes matriculados em 2024, 38.497 são mulheres, o que corresponde a 59% do total de alunos da rede estadual de ensino superior. Nesse cenário, as pesquisadoras, professoras e alunas têm ganhado visibilidade também em premiações, consolidando a crescente participação e influência feminina no meio acadêmico e científico.

Dados do Censo Demográfico, divulgado neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as mulheres representam 58,6% dos diplomados no Paraná, entre as diferentes modalidades de graduação. De acordo com a edição mais recente do Censo da Educação Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o índice de mulheres que concluíram a graduação chega a 62% no Paraná, superando a média nacional da presença feminina no ensino superior, que é de 61%.

Esses números reforçam o protagonismo das mulheres paranaenses na educação superior em âmbito estadual e nacional. Um exemplo é a professora Mariangela Hungria da Cunha, que atua nos programas de pós-graduação em Microbiologia e em Biotecnologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), em Bioinformática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), além do Centro Nacional de Pesquisa de Soja da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Neste mês, a docente recebeu, em Brasília, o Prêmio Mulheres e Ciência 2025, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na categoria de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias. Ela foi premiada por um trabalho científico inovador, que propõe a substituição de produtos químicos por biológicos nas práticas agrícolas, promovendo uma agricultura mais sustentável sem comprometer o rendimento das culturas.

Mariangela destaca a atuação das mulheres na ciência como fundamentais para a construção de um conhecimento mais colaborativo. “As mulheres atuam muito em conjunto para unir ideias e conhecimentos diferentes, para conseguirmos atingir uma ciência mais ampla”, afirmou. “Nesta premiação, eu represento os mais de 200 alunos e mais de 50 colegas com quem já desenvolvi pesquisas e publiquei trabalhos”.

Representatividade – No ano passado, a professora Maria Luiza Rodrigues de Souza, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) conquistou premiações em nível regional e nacional pelo desenvolvimento de um material biológico produzido a partir da pele de um peixe, a tilápia, que serve como curativo para pessoas e animais.

Ela destaca a força e resiliência das mulheres na ciência. “Com foco, determinação e colaboração, nós, mulheres, desenvolvemos produtos e pesquisas de qualidade para a sociedade, buscando novos conhecimentos e resultados transformadores para a população”, pontua a docente, que atua no Departamento de Zootecnia da UEM.

As professoras Andressa Galli e Maria Lurdes Felsner, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), receberam uma premiação internacional por um artigo científico relacionado à poluição de corpos aquáticos. Ligadas ao Departamento de Química da instituição estadual, elas comentam a importância de abrir caminho para a participação de outras mulheres na ciência e de contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.

“Como mulher e pesquisadora, é inspirador ver como esse e outros projetos destacam a presença feminina na ciência e promovem impactos diretos na sociedade, incluindo melhorias que podem beneficiar a vida de outras mulheres”, exaltou Andressa Galli, que atua nas áreas de Química Analítica e Química Ambiental. ”O fato de o projeto ser liderado por mulheres reforça a importância da representatividade no meio científico e mostra que as mulheres são protagonistas na busca por soluções inovadoras, sustentáveis para questões sociais”.

Além do prêmio que recebeu com a colega de departamento, a professora Maria Lurdes Felsner, recebeu outros dois prêmios internacionais por uma publicação sobre a classificação de açúcar mascavo usando inteligência artificial. A docente, que atua nas áreas de desenvolvimento de metodologias analíticas e aplicação de ferramentas quimiométricas, ressalta a importância de atrair mais visibilidade e investimentos para a pesquisa científica, assegurando avanços significativos e impactos positivos para a população.

“Essa visibilidade pode atrair novas parcerias, investimentos e talentos para a universidade, fortalecendo a posição como instituição de excelência em pesquisa e inovação, servindo também como inspiração para novos profissionais da química, especialmente mulheres, pois demonstram que é possível superar barreiras e alcançar posições de destaque no meio científico e industrial, independentemente do gênero”, disse a professora.

“Com essas pesquisas inovadoras e uma atuação colaborativa, as mulheres da rede estadual de universidades do Paraná sinalizam um papel transformador na ciência e na sociedade, e inspiram futuras gerações, contribuindo para um cenário científico com mais diversidade e inclusão”, enalteceu o secretario estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.