“Rodando sem parar”

O homem que fez do mundo sua casa, divulga seus patrocinadores colocando adereços sobre a sua bicicleta.

O imbituvense Clavi Francisco de 48 anos acorda todos os dias com uma paisagem diferente a dois anos, acompanhado de sua bicicleta; cruzando de uma cidade a outra, já contabiliza 34 mil quilômetros marcados por oito estados.

Relata que embarcou neste projeto pessoal por ter uma grande afinidade com o pedal, bem como para incentivar outras pessoas também a seguirem seus sonhos e praticarem esportes. Sempre gostei da bicicleta, admiro o esporte. Conta.

Seu Clavi encontra algumas dificuldades em seguir nas suas viagens, por isso busca patrocínios que possam ajudar a custear suas pedaladas, podendo ser em doação financeira, alimentos, roupas, acessórios esportivos para ele e sua bicicleta, como também uma nova bicicleta. Essa que eu tenho é boa, mas eu precisava mesmo era de uma melhor, de dezoito marchas, como era a minha primeira.

Além disso, sobre a primeira – como se refere –  lhe fora roubada em uma de suas viagens enquanto descansava na beira da rodovia no trajeto de Curitiba a Ponta Grossa. Era um dia muito quente. O calor era tanto que parei para descansar e acabei dormindo, quando acordei, ao meu lado só estava a minha garrafinha de água; levaram a minha primeira e hoje tenho essa aqui que ganhei da minha irmã. Lembra o ciclista.

O próximo destino é Santa Catarina, porém o objetivo do seu Clavi é conquistar patrocínios para rodar a região nordeste. Se eu conseguir ajuda, pretendo viajar o nordeste. Um ano já está bom. Frisa ele.

 

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Fórmula 1: Brasil volta a ter representante na maior categoria de esportes a motor do mundo

Campeão da F2 em 2024, Gabriel Bortoleto, de apenas 20 anos de idade, fecha contrato com a Sauber e correrá ao lado de Nico Hulkenberg

Após sete anos, o Brasil volta a ter um representante na maior competição automobilística do mundo, a Fórmula 1. No grid, vestindo as cores verde e amarela, agora está Gabriel Bortoleto, piloto de 20 anos nascido em São Paulo. O jovem foi contratado pela Stake Sauber e será titular da escuderia para a temporada de 2025.

O último brasileiro titular na Fórmula 1 foi Felipe Massa, em 2017. De lá para cá, o Brasil não teve nenhum piloto na principal categoria da competição – algo surpreendente, devido à quantidade e à qualidade de pilotos brasileiros que fizeram enorme sucesso no esporte e, inclusive, o elevaram à outra categoria, como o próprio Massa, além de Rubens Barrichello, Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e tantos outros.

A ascensão de Bortoleto

Bortoleto sobe de categoria após ser campeão da Fórmula 2, em 2024, na última corrida, na qual viu seu concorrente direto pelo título ficar nos boxes. O título da Fórmula 2 coroa uma ascensão vertiginosa do piloto, que iniciou sua carreira no kart aos 7 anos de idade. Sua trajetória sempre foi impulsionada por seu pai, Lincoln Oliveira, hoje CEO da Stock Car.

Aos 16 anos, já corria na categoria de monopostos. Começou na F4 italiana e, em seguida, passou pela Fórmula Regional. Suas boas corridas chamaram a atenção de Fernando Alonso, que trouxe Bortoleto para sua agência, a A14, especialista no agenciamento de carreira de jovens pilotos.

Em 2023, então com 19 anos, foi campeão da Fórmula 3, e, no ano seguinte, da Fórmula 2. Agora na F1 com a Sauber, terá Nico Hulkenberg como companheiro de equipe. Contudo, para alguns, o brasileiro ainda é somente uma promessa. Em entrevista recente, Helmut Marko, consultor da Red Bull Racing, disse que Bortoleto é um piloto inteligente e de boa estratégia, mas que não tem a “velocidade pura”.

O brasileiro, quando questionado sobre isso, disse que vai provar o contrário na pista. Complementou ainda que, embora respeite Marko pela sua experiência na F1, principalmente por lançar pilotos vencedores como Max Verstappen, quer provar que suas opiniões estão erradas. 

Estreia complicada na Austrália

Contudo, não foi bem em sua estreia oficial na Fórmula 1. No GP da Austrália, Bortoleto largou em 15º e prosseguiu bem na corrida, alcançando a 13ª colocação, quando rodou na pista durante a volta de número 47. Mesmo o veterano Fernando Alonso bateu o carro durante a corrida, devido às condições climáticas. Liam Lawson, da Red Bull de Helmut Marko, também bateu.

Na corrida seguinte, no GP da China, Bortoleto largou em 19º lugar e rodou logo na primeira volta. O incidente danificou os pneus, que tiveram que ser trocados. Ficou em último lugar, atrás de seu companheiro de equipe, mas, ao final, conseguiu terminar em 14º, depois das desclassificações de Charles Leclerc, Lewis Hamilton e Pierre Gasly após a prova.

Curiosamente, Massa e Felipe Nasr também debutaram na Sauber. A primeira corrida de Nasr coincidentemente também foi no GP da Austrália, em que terminou em quinto lugar. 2024 também não foi um bom ano para a escuderia, que agora guarda suas esperanças para um 2026 melhor, uma vez que neste ano passarão a correr com motor Audi. Até lá, Hulkenberg e Bortoleto “segurarão as pontas” no lugar de Valtteri Bottas e Zhou Guanyu.

A torcida para Bortoleto é grande e será ainda maior no GP de São Paulo. O piloto, que corre com um capacete inspirado no equipamento de Senna, cuja vitória mais emblemática se deu justamente em Interlagos, pede apoio da torcida. Durante a coletiva de imprensa, afirmou: “[…] Com certeza, vai ter muitas expectativas para os fãs do Brasil. Espero vê-los em muitos campeonatos me apoiando e apoiando o time”.