‘Quero narrar o jogo da Chapecoense em janeiro’, diz Rafael Henzel

“A gente tem que lembrar sempre dos que se foram, mas é preciso dar um passo para a frente”, disse o jornalista Rafael Henzel durante a entrevista coletiva no hospital onde está internado em Chapecó na manhã desta segunda-feira (19). O jornalista contou que agora se dedicará integralmente ao tratamento e recuperação das lesões causadas no acidente que matou 71 pessoas na Colômbia para voltar ao trabalho em 9 de janeiro e narrar o jogo da Chapecoense contra o Joinville no dia 25 de janeiro.

Segundo os médicos do hospital, Henzel passou bem a noite e fez exames de controle que estão cada dia melhores. Ele passará por novas avaliações durante esta segunda-feira e pode ter alta no fim da tarde. “Se eu precisar ficar mais uma semana, vou me dedicar totalmente ao tratamento para voltar 100%”, disse.

A partir de agora, nada será mais problema para mim. Vou apresentar programa de rádio com 2ºC e achar ótimo. Estou na fase do agradecimento, tudo é motivo para agradecer, por estar aqui, por ter uma segunda oportunidade, pelos meus amigos. Não sei se vou ser uma pessoa melhor, mas vou me esforçar para entender o propósito, mas já compreendo que podemos recuperar muita coisa com a fé e a gente tem que levar esta mensagem, afirmou.

O jornalista contou que não teve pesadelos com a tragédia, mas que foi somente em Chapecó que conseguiu dormir por quatro horas seguidas. A gente vai eternizar a todos que se foram, mas tenho comigo que preciso seguir. 2017 será muito importante para todos nós.

Viagem de avião
Ele também contou que não teve medo de viajar de avião depois do acidente. “Sei que foi uma falha humana. Claro que vamos repensar comportamentos, mas temos outros jogos fora do país, mas não pensei direito se vou continuar viajando. Tenho uma série de coisas para fazer quando chegar em casa.

Desde que estava na Colômbia, ele recebeu mais de mil mensagens pelas redes sociais e conversou com famílias de vítimas. Eu tenho dito que todos estavam muito felizes, não houve desespero, nem correria na hora do acidente. O avião apenas bateu no morro e tudo aconteceu. Todos estavam realizando o sonho de levar a Chape para aquele jogo, relatou.

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