Jovem jogador do Turvo começa a ganhar destaque na Europa

O jogador Emerson Pilonetto, que iniciou sua carreira no Batel de Guarapuava, começa a ganhar destaque no Velho Continente. Antes de ir para Europa, Emerson defendeu o Grêmio Maringá e o Rio Claro (SP).

O atleta atuou na Itália pelo Akragas Calcio e o Ellera Calcio. Depois se transferiu para a Inglaterra, onde jogou pelo NW London FC e, atualmente, defende o St Pateleimon, que disputa uma espécie de Série B estadual.

Nascido no interior do Turvo, o filho da dona Margarete e do seo Alcides João Pilonetto e irmão da Franciele e do Jeferson começou a carreira, muito novo, tendo, inclusive, uma breve experiência no Fluminense, para um período de avaliações, quando se transferiu para Rio Claro, interior de São Paulo.

“Foi uma experiência muito boa poder fazer avaliação lá, mas, infelizmente, não consegui passar. Mas, o mesmo empresário me levou para o Rio Claro pra disputar o Paulistão e ali abriu muita coisa”, contou.

“Sai com 13 anos pra ir pra Guarapuava, onde meus pais alugaram uma casa pra mim e meu primo, que também jogou um tempo no Batel. Na época, era complicado pros nossos pais levar a gente pra treinar, pois era muito longe e muito gasto.

Tenho muita gratidão por eles. Sempre venho visitar eles, quando possível, e um dia espero que eles possam seguir junto comigo, mas sei que a vida deles é aqui, então respeito eles”, lembrou o jogador.

Emerson também faz questão de lembrar do período difícil quando, com 17 anos, foi para Itália, pela primeira vez, e não obteve sucesso por conta de não ter documentos necessários.

“Pra estar lá era um pouco burocrático, eu não podia jogar por não estar [situação] legal no país, então, foi um período bem frustrado eu acabei perdendo tempo mas nunca desanimei. No meio disso tudo descobri que poderia obter passaporte italiano, com muita correria e ajuda da minha família a gente conseguiu achar todos os documentos e entrar com pedido de nacionalidade italiana.

Nesse tempo, contou o atleta, ele ficou sem jogar por quase um ano, foi quando conseguiu ir para o Akragas que está na região da Sicília, que disputava a 5ª divisão. Também teve uma passagem curta no Ellera, região da Úmbria, que foi bem curta por conta da Covid-19, quando a Itália parou tudo e ele ficou sem jogar por um bom tempo.

“No meio disso, a Inglaterra estava saindo da União Europeia, e eu sabia que era o momento certo de vir pra Inglaterra eu tinha uns conhecidos que moravam aqui e eu me aventurei a vir e aplicar pro documento aqui antes que eles saíssem da EU.

Foi o momento certo pra mim e não foi fácil passar por tudo novo e sem clube, como tivesse começado do zero mais logo em seguida fui fazendo amizade e começando de novo e indo atrás.

Das experiências frustradas, o jogador compreende como um aprendizado.

“Eu também fui pra Grécia jogar, onde não tive muito sucesso lá, mas foi uma experiência que sempre levo comigo. Também tive uma passagem em Dubai, que foi bem complicada por conta de não ter os documentos. Consegui jogar bem pouco.

Eu me arrisquei achando que iria mudar de vida com o futebol lá, mas foi bem desafiador por conta de tudo lá e bem difícil por ser um país com uma cultura toda diferente, por isso, optei por voltar pra Londres pro St Panteleimon, onde pude jogar e voltar entrar no mercado.

Eu sai muito novo de casa, e, desde então, abri mão de muita coisa pra estar onde estou, e toda a experiência e conhecimento que tenho, hoje, vale toda a pena”, destacou Emerson.

Recentemente, ele participou de um jogo beneficente, jogando contra Richarlisom [da seleção brasileira] Emerson Royal, Douglas Luiz, ‘Luva de Pedreiro’ e muitos outros jogadores.

 

O astro da internet ‘Luva de Pedreiro’ ao lado do jogador (Foto: Arquivo Pessoal)

“[O jogo] transmitido no SportTV foi muito bom pra mim e pra minha família poder me ver jogando. Mesmo que foi um jogo beneficente, pra mim foi muito gratificante e sei que ainda vou chegar muito longe.”

Sobre o futuro, o atleta, que está com apenas 22 anos de idade, disse que já tem especulação para agora em julho, porém, ainda nada certo.

“Tenho três proposta, uma da Itália que já está certo só eu embarcar, mas estou negociando as outras duas, que, ainda, não posso revelar, mas é na Europa também; pretendo que tudo ocorra bem”. Voltar ao Brasil acho que muito cedo ainda tenho muito pra crescer [na Europa] e, agora que já me adaptei com idioma e cultura, tenho muito pra mostrar e futuro nunca sabemos então aproveitar o momento”.

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