Impedidas de abrir por decreto, escolas de esportes pedem socorro

Fechadas por decreto municipal, devido a pandemia do coronavírus, as escolinhas de esportes, representadas pela Associação de Escolinhas de Futebol, de Guarapuava, pedem socorro ao poder público.

As escolinhas, como explicou a associação, estão com suas atividades paralisadas desde março, e em nenhum momento, até agora, elas foram assistidas pela prefeitura para que suas atividades fossem protegidas da falência. “Estamos a três meses de atividades completamente estagnadas e não podemos continuar assim, precisamos retomar nossa atividade, o mais breve possível”, desabafou um dos representantes que preferiu não se identificar.

Conforme a associação, além da formação de atletas, as atividades das escolinhas buscam a qualidade de vida para as crianças, fazendo que adquiram uma boa imunidade e vitamina D, que nunca na história se mostraram tão importantes como hoje. Como explica o informe nº 3 da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), diz que a “prática de atividade física ao ar livre, sem aglomerações, protege o sistema imunológico e faz bem à saúde tanto física quanto mental”, como foi lembrado pela associação.  

“Estamos solicitando ao poder público municipal, apoio aos profissionais que atuam no ramo do esporte, em todas as áreas de atuação, que estão sofrendo os impactos sociais e econômicos, ao serem proibidos pelos órgãos governamentais de exercer nossas atividades laborais ante a chegada ao Brasil da Covis-19”, acrescentou o representante.

De acordo com a associação, a paralisação das escolas no município está provocando um grande número de sedentários (hoje evidenciado nas crianças e adolescentes), o que, segundo ela, refletirá em mais pessoas doentes em curto e médio prazo. “Lembrando ainda que através de exercícios, temos uma melhora significativa no sistema imunológico, o que tornará as pessoas mais resistentes às doenças, tais como a Covid 19.” 

“Estamos pedindo, para que possamos retomar nossas atividades laborativas, uma vez que dependemos deste trabalho para o sustento de nossas famílias, bem como, este é um recurso para as famílias de nossos alunos, poderem dar continuidade em seus trabalhos”, finalizou. 

A associação pede a inclusão dos profissionais que atuam no ramo e autônomos, como as escolinhas de iniciação esportivas, dança, lutas e recreadores de clubes e eventos nos programas sociais de apoio econômico/financeiro, nos programas de linha de crédito.

A entidade lembra que fora foram editadas várias medidas pelos governos federal, estadual e municipal, onde estão sendo incluídas diversas categorias, exceto o profissional das escolas e das empresas do ramo (academias, escolinhas de iniciação esportivas, recreadores, clubes), a terem acesso a linhas de crédito com taxas/juros baixos, carência mínima de seis meses e prazos dilatados. 

Segundo a associação, as escolinhas contam com iniciação esportivas, dança, lutas e recreadores de clubes, eventos, inúmeras escolas, vôlei, artes maciais, com vários profissionais ligados diretamente ao ramo e seus fornecedores (artigos esportivos em geral como: bolas, coletes, uniformes, materiais de treino, aluguel de campos e quadras, eventos esportivos, árbitros etc.). 

Em resposta à associação, depois de receber os representantes das escolinhas na quarta passada, o secretário de Saúde, Celso Goes, disse que vai levar ao Comitê de Enfrentamento da Covid-19 as propostas do setor para serem avaliadas as possibilidades de reabertura das escolinhas.

As escolas são:

Batel Escola

Guairacá

AABB

R9

Futsal Kids

Pinheiros

Alex Escola

Soccer Five

Gol de Placa

Gresga Escola

 

 

    

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