Geração Olímpica e Paralímpica chega a 11 mil bolsas para atletas e técnicos do Paraná

Chegar ao alto do pódio, bater recordes e ir para uma Olimpíada são sonhos almejados por todos os que se dedicam ao esporte. O programa Geração Olímpica e Paralímpica, do Governo do Estado, ajuda atletas e técnicos do Paraná a conquistarem esses sonhos.

Realizado pela Superintendência Geral do Esporte, o programa foi criado em 2011 como agente motivador do esporte e para contribuir com desenvolvimento de futuros talentos esportivos, por meio de um incentivo financeiro, beneficiando desde a base até atletas de alto rendimento. Nos seus 11 anos de história, o Geração Olímpica e Paralímpica se tornou referência em todo o Brasil, inspirando diversos estados a criarem projetos seguindo o mesmo modelo.

Segundo pesquisa, realizada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e divulgada na Revista Latino-Americana de Estudos Socioculturais do Esporte, o Geração Olímpica e Paralímpica é o maior programa de bolsa-atleta entre todos os estados brasileiros. Para o superintendente-geral do Esporte, Helio Wirbiski, ele se mostrou um sucesso ao longo da última década e se consolidou com uma geração de atletas campeões.

“O Geração Olímpica e Paralímpica é um sucesso no Brasil inteiro, copiado por vários estados. Hoje, com mais de 11 mil atendimentos, é um orgulho para o Paraná”, afirmou Wirbiski. Anualmente são investidos R$ 4,75 milhões, com o patrocínio exclusivo da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Neste ano de 2022, o programa oferece 1.160 bolsas a atletas e técnicos do Estado.

O diretor de Esportes da Superintendência Geral do Esporte, Cristiano Barros Homem d’El Rei, conta que nesta 11ª edição, o programa sofreu algumas alterações. Antes havia apenas as categorias Estadual e Nacional e, além disso, os atletas e técnicos paralímpicos e olímpicos competiam juntos pela bolsa. Neste ano, foi adicionada a Estadual Paralímpico e a Nacional Paralímpico, em que só competem os atletas do paradesporto. Também foi criada a categoria Medalhista, como forma de reconhecimento pela conquista nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio.

O sucesso do Geração Olímpica e Paralímpica não se mostra somente no número de beneficiados, mas também nos resultados obtidos em grandes competições. Os atletas bolsistas do programa estiveram presentes nos últimos três Jogos Olímpicos: Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020.

“Desde 2011 o programa se mostra efetivo no apoio à carreira de atletas e técnicos do Paraná. Nos últimos três ciclos olímpicos, nossos bolsistas trouxeram para casa 12 medalhas, e isso é resultado do carinho e cuidado que o Governo do Paraná e a parceria com a Copel têm dado aos talentos esportivos”, comentou a coordenadora do programa, Denise Golfieri.

Pan-Americanos – Bolsistas do Geração Olímpica e Paralímpica também marcaram presença nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos. Em 2015, nos Jogos de Toronto, foram 39 atletas regulares que, juntos, conquistaram 25 medalhas (10 ouros, 5 pratas e 10 bronzes). Já no Parapan-Americano, foram 9 bolsistas representando o programa e ao todo conquistaram 10 medalhas (5 ouros, 2 pratas e 3 bronzes).

Sucesso – Desde a base até o alto rendimento, o Geração Olímpica e Paralímpica faz parte da história de sucesso de muitos atletas do Paraná. Uma delas é Bárbara Domingos, da ginástica rítmica, que participa do programa desde 2012. Ao longo de seus 17 anos de carreira, Bárbara foi oito vezes campeã brasileira e seis vezes campeã sul-americana.

Atualmente com 22 anos, Bárbara já conquistou diversos títulos: no Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica, em 2021, se tornou a primeira brasileira a participar de uma final individual, ficando em 17º lugar na competição e batendo seu recorde de 2019 – quando foi a primeira brasileira a chegar no 31º lugar em um mundial, desde 1975. A ginasta também conquistou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, outra marca histórica para o Brasil.

Bárbara afirma que o Geração Olímpica e Paralímpica sempre a ajudou muito, principalmente agora que ela faz parte da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica. “Querendo ou não, é um esporte muito caro. No nível que eu cheguei agora, na seleção brasileira, tudo a gente precisa ter em dobro, dois arcos, duas bolas, duas fitas. O programa tem ajudado muito nisso, em questão de aparelhos, no vestuário, que também é caro. Eu estou voltando agora de um pós-operatório e é preciso suplementações, fisioterapia. A bolsa tem auxiliado muito na minha recuperação e reabilitação para eu voltar aos treinos”, afirmou.

Para Cristiano Barros Homem d’El Rei, o programa é um grande impulsionador do esporte no Paraná. “É uma iniciativa diferenciada, um programa que se pauta pela meritocracia dos resultados técnicos dos atletas e que pretende, em médio e longo prazo, trazer novos talentos para representar o Estado nas competições do jogos olímpicos e dos jogos paralímpicos, no ciclo de Paris 2024 ou no ciclo de Los Angeles 2028”, finalizou.

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