Unicentro inicia ano letivo

FOTO: Divulgação Unicentro

Após suspensão do calendário, a universidade retornou às aulas. Falta de professores preocupam os cerca de 30 mil acadêmicos

A última semana foi de muita angústia para os mais 30 mil acadêmicos da Universidade Unicentro. O ano letivo teve início com suspensão das aulas nos cursos de graduação, que foi revogada pelo reitor da Universidade, Aldo Nelson Bona, na manhã ontem, terça-feira (19). Segundo Bona, a Unicentro recebeu por meio de um decreto assinado pelo Governador, Beto Richa, a autorização para contratar 10 mil horas de professores temporários.

Em um comunicado feito pelo reitor e disponibilizado pela assessoria da Universidade, Bona apresenta a situação em que essas contratações serão feitas.  Isso permite a retomada das aulas. É claro que todos os professores não estarão em sala de aula já a partir de amanhã, mas com a autorização, nós podemos ter programado exatamente a partir de quando esses professores entrarão em sala de aula, ou seja, já a partir do mês de abril, explicou.

A situação foi causada pela falta de contratação de novos professores temporários pelo Regime (CRES), que deveria ter sido feita pelo Governo do Paraná no início do mês de março, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade havia deliberado por tempo indeterminado a suspensão do calendário a partir desta segunda-feira 19 de março.

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PROTESTOS

Durante a cerimônia de inauguração do novo acesso ao Campus Cedeteg, na última sexta-feira (16), um grupo com cerca de 60 alunos da instituição protestaram com cartazes e pronunciaram gritos de ordem, exigindo a regularização do calendário acadêmico e a contratação dos novos professores.

Estopim

Criada em 1990 a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) se tornou a principal unidade de ensino superior da cidade e região, com dois compus em Guarapuava e um em Irati. Também conta com unidades em cinco cidades da região. A PEC 241, do governo federal, que estabeleceu teto de gastos nas universidades públicas, teria sido o estopim, para uma discordância entre reitores e o governo do Estado. Nas manifestações os acadêmicos reivindicam também a contratação de mais professores colaboradores, funcionários e a implantação do restaurante universitário.