Presentes em alta neste Dia das Mães, aponta levantamento

Com o Dia das Mães se aproximando, os filhos começam a planejar a compra do presente. Os comerciantes já se preparam para esta que é a segunda melhor data sazonal do varejo, que fica atrás somente do Natal. Essa animação deve ser convertida em vendas, conforme mostra sondagem da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) e do Sebrae/PR, segundo a qual 71,9% dos paranaenses pretendem presentear suas mães no próximo dia 12 de maio, um aumento significativo em relação aos 63,7% de 2023.

O coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, faz uma síntese dos principais resultados da sondagem e pontua as diferenças em relação ao levantamento feito em 2023. “Neste ano verificamos aumento na intenção de presentear as mães em 8,2 pontos percentuais com relação ao ano passado. Ao mesmo tempo, tivemos uma leve redução no tíquete médio. Em 2024 a preferência em presentear perfumes e cosméticos prevaleceu, muito embora roupas, bolsas e calçados, além de dinheiro, foram opções bastante mencionadas na pesquisa. Adquirir os presentes na semana do Dia das Mães continua fortemente sendo o período de compra preferido dos consumidores. A compra pela internet cresceu significativamente com relação ao ano passado, superando pela primeira vez o comércio de rua na aquisição dos presentes”, explica.

Os principais motivos para quem não vai presentear são mãe ausente ou falecida (51,9%) e o fato dela morar longe (26%), bem como dificuldades financeiras (10,6%).

 Tipo de presente

Entre as opções de presente, perfumes e cosméticos (26,3%) são os mais desejados, superando pela primeira vez a categoria de roupas, bolsas e calçados (24,4%). Outras opções populares incluem dar o valor do presente em dinheiro (12,4%), eletrodomésticos e objetos de decoração (9,8%), joias, bijuterias e acessórios (9,4%) e flores (6,7%).

Valor do presente

O tíquete médio do presente para o Dia das Mães em 2024 será de R$ 140,00, uma ligeira queda de 2% em relação ao ano passado. Essa redução é acompanhada por um aumento na procura por presentes de até R$ 100,00, que representam 36,1% das intenções de compra.

Período da compra

A compra do presente deve ficar mais próxima à data: 63,4% dos entrevistados dizem que vão às compras até uma semana antes e 13,6% no mesmo dia. Mas este ano aumentou a parcela de filhos que está se programando para adquirir o presente com mais antecedência. Os que vão fazer suas compras de 8 a 15 dias antes do Dia das Mães correspondem a 16,6% ante 12,6% em 2023 e os que vão adiantar o presente de 16 dias a um mês somam 4,9% em comparação a 2,2% no ano passado.

Formas de pagamento

A maioria dos filhos vai pagar o presente da mãe à vista, sendo que todos os métodos de pagamento imediato somam 69,4%, com preferência para o Pix, que concentrará 37,9% das transações. Em 2023 as modalidades de pagamento à vista eram ainda maiores, com 74,6%, e neste ano verifica-se uma tendência de crescimento nas compras parceladas no cartão de crédito, que passaram de 11,1% no ano passado para 18,1% em 2024. O uso do cartão de crédito para o vencimento foi mencionado por 12,1% dos entrevistados e o carnê ou crediário por apenas 0,4%.

“No dia 5 deste mês o Pix pela primeira vez ultrapassou a marca de 200 milhões de transações diárias, segundo dados do Banco Central. Da mesma forma, na série histórica da pesquisa pela primeira vez o Pix foi colocado como a forma preferencial de pagamento”, analisa Schmidt.

Local da compra

As gerações mais novas buscam pela praticidade, tanto que neste ano os locais de preferência para a compra dos presentes apontados foram a internet, com 35,2%, e os shoppings, com 30,9%. O comércio de rua deve receber apenas 20,2% dos consumidores, sendo que em 2023 correspondia a 39,7% das preferências.

O gerente de Competitividade Setorial do Sebrae/PR, Weliton Perdomo, aponta para o aumento do atendimento e do relacionamento digital, mas que é necessário pensar também em estratégias tanto no presencial quanto no físico.

“Treinar a equipe de atendimento, garantir diferentes meios de pagamento que facilitem a compra são pontos importantes, além de investir na experiência do consumidor. Também vale criar um posicionamento da marca no ambiente digital, como em redes sociais, e-commerce e marketplaces. Isso tudo auxilia a garantir uma boa reputação, pode gerar indicações dos clientes e incentivar a volta em outros períodos do ano”, destaca.

Weliton também aponta algumas dicas como oferecer opções de vale-presente com design diferenciado para facilitar o trabalho de quem precisa escolher um produto, mas não tem noção do que quer comprar.

Outra sugestão está em elaborar kits por grupo de produto, por serviço, por faixa de preço ou de acordo com os diferentes perfis de mãe – aqui cabe fazer parcerias com outros estabelecimentos de segmentos diferentes como floriculturas, lojas de bijuteria, de roupas, de sapatos ou de chocolates; aproveitar os perfis nas redes sociais para convidar as pessoas a visitar a loja e ofertar um desconto ou brinde; e, por último, lembrar que sempre têm os consumidores que deixam para a última hora. Neste caso, vale até pensar em estender o horário de funcionamento ou criar alternativas para atender.

Influência na decisão de compra

Como boa parte das compras deve ser feita pela internet, o atendimento do vendedor deixou de ser o principal fator decisivo no momento da compra. O que os filhos estão buscando é, sobretudo, a qualidade do produto, com 35,3%. Mas claro que o atendimento recebido durante o processo de compra ainda conta muito e aparece na sequência, com 16,5%. Só depois de avaliar esses dois fatores é que o consumidor vai analisar o preço.

As mulheres são ainda mais exigentes quanto à qualidade do produto, com 38,2% ante 32,6% entre os homens. Entre os filhos, a assessoria do vendedor é mais demanda e por isso 17,8% valorizam a qualidade no atendimento ante 15,3% entre as filhas.

Pesquisa de preço

Ainda que não seja o principal fator de decisão, 71,4% dos consumidores costumam fazer pesquisa de preços, principalmente pela internet, com 43,6%.

Sobre a pesquisa

A pesquisa foi realizada pela Fecomércio PR e pelo Sebrae/PR de 28 de março a 4 de abril de 2024, com 370 consumidores paranaenses acima de 18 anos.

Fonte: Fecomércio-PR

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