Petrobras reduz preço da gasolina e diesel nas refinarias

A Petrobras anunciou hoje (14) a redução do preço da gasolina em 3,2% em suas refinarias, a partir da zero hora de amanhã (15). Também haverá redução de 2,7% no preço do diesel. Os reajustes são reflexo de uma nova política de preços aprovada ontem (13) pela empresa.

A redução é para o combustível vendido no atacado para postos de gasolina. O impacto dessas reduções no bolso do consumidor dependerá das estratégias de cada posto. Segundo a petroleira, se a redução aplicada na refinaria for integralmente repassada ao consumidor final, na bomba dos postos, o diesel pode cair 1,8%, ou R$ 0,05 por litro. Já a gasolina pode cair 1,4%, ou R$ 0,05 por litro. A última redução dos preços dos combustíveis foi em junho de 2009.

“Pode-se esperar um maior número de reajustes. A expectativa é que a gente possa fazer uma avaliação mais rápida dos nossos preços”, disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente.

A nova política terá preço de paridade internacional (PPI), margem para remuneração de riscos inerentes à operação e nível de participação no mercado. A empresa estabeleceu, entre outras coisas, que nunca terá preços abaixo da paridade internacional. A política de preço de paridade internacional (PPI) inclui os custos com frete de navios, custos internos de transportes e taxas portuárias.

Os preços serão revistos pelo menos uma vez por mês. Eles podem ser reduzidos, aumentados ou mantidos.

Segundo o diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Ivan Monteiro, essa nova política não altera em nada a meta da companhia. Pode acarretar uma queda de receita, mas, como um todo, não vai impactar o planejamento estratégico.

Durante a coletiva de imprensa, Parente destacou que serão realizadas reuniões mensais para avaliar os preços, com resultados divulgadas à imprensa e por meio dos canais de relacionamento da companhia. “Isso tudo tem o objetivo de levar para a sociedade e para o mercado à transparência que se espera.”

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Trabalhadores celebram potencial do PL que amplia isenção do IR: “alívio no bolso”

Texto entregue pelo presidente Lula aos dirigentes da Câmara e do Senado tira do Imposto de Renda profissionais que recebem até R$ 5 mil por mês

Possibilidade de investir nos estudos dos filhos, chance de montar uma reserva para emergências, alívio no bolso, poupança para renovar sonhos, saldar com mais tranquilidade as despesas do mês. Trabalhadores formais que estão no público potencialmente impactado pelos conceitos do Projeto de Lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, enviado pelo Governo Federal ao Congresso nesta terça-feira, celebraram a decisão, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Para nós sempre é melhor ter mais dinheiro para comprar uma coisa que acaba no fim do mês. Então, com certeza é uma boa proposta. Eu tenho três filhos. Esse dinheiro a mais é uma grande vantagem”, resumiu o piauiense Alexandre Carvalho, vendedor em uma loja de móveis. Hoje, 15% dos vencimentos dele são consumidos pelo Imposto de Renda mensalmente. Se o texto do PL enviado pelo Governo Federal ao Congresso for aprovado ainda em 2025, a partir de 2026 ele deixará de ser taxado e pode pensar em investir ainda mais na educação dos filhos.

O texto amplia para até R$ 5 mil a faixa de isenção total. Hoje, ela vai até R$ 2.259,20. Cerca de 10 milhões de brasileiros serão beneficiados diretamente pela medida. Somando essas pessoas aos 10 milhões já contemplados pelas mudanças feitas pelo Governo Federal em 2023 e 2024, serão 20 milhões de pessoas que deixam de pagar Imposto de Renda desde o início da atual gestão.

A cobradora de transporte público Karlane Feitosa, de 53 anos, está na lista das potenciais beneficiárias e espera com ansiedade a aprovação. “Eu vejo como uma proposta muito benéfica. A gente já paga imposto sobre tudo o que compra. Então, quanto mais a gente tiver benefício, melhor é. É mais dinheiro no bolso que sobra, né? Se eu deixasse de pagar hoje, guardaria esse dinheiro para emergências. Eu ia colocando todo mês lá e deixar guardadinho”, previu a brasiliense.

Também nascido na capital federal, Gilsemberg Moreira, de 42 anos, atua como vigilante e atualmente está na faixa de 22,5% de desconto do IR. Com a mudança, ele entraria para a faixa de 100% de isenção. “Eu vejo como uma possibilidade de fortalecer a economia dos trabalhadores. Pode ajudar na despesa de casa, na conta de água, na conta de luz ou na compra do mês. É uma boa para o trabalhador sem sobra de dúvida”, comentou.

Resumo do PL enviado nesta terça ao Congresso
Resumo do PL enviado nesta terça ao Congresso

Segundo a Receita Federal, assim como Alexandre, Karlane e Gilsemberg, 90% dos brasileiros que pagam Imposto de Renda (90 milhões de cidadãos) estarão na faixa da isenção total ou parcial e 65% dos declarantes do IRPF (mais de 26 milhões) serão totalmente isentos. Trata-se da maior alteração na tabela do Imposto de Renda da história recente do Brasil.

O texto ainda prevê que quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil pagará menos imposto do que paga atualmente. Será um desconto progressivo. É o caso, por exemplo, de Tainá Souza, analista financeira nascida em Brasília, que também enxerga a medida como relevante e benéfica. “No fim das contas, significa mais dinheiro para o trabalhador. Esse dinheiro que sobraria me ajudaria a pagar uma conta ou fazer uma poupança”, relatou.

Para compensar a isenção para esse público maior, estimada pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) em R$ 27 bilhões, o texto prevê uma tributação mínima para altas rendas, que atingirá 141,4 mil contribuintes (0,13% do total). Esse grupo corresponde a apenas 0,06% da população do país e é composto de pessoas que recebem mais de R$ 600 mil por ano em dividendos e que não contribuem atualmente com alíquota efetiva de até 10% para o Imposto de Renda.

Fonte: Secom/PR