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Estado está deixando a crise mais rápido que o Brasil. IBGE aponta crescimento na indústria, comércio e serviços e pesquisa mostra evolução na abertura de emprego
Com o título “Aceleração generalizada, Paraná reúne o ‘melhor dos mundos’ no Sul”, reportagem do jornal Valor Econômico, da edição da quinta-feira (09/11), destaca o vigor da retomada da atividade econômica paranaense. Com base em indicadores de mercado, a publicação informa que o Paraná é um exemplo do surpreendente desempenho da região Sul no processo de saída da recessão.
O jornal ressalta que o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) está revisando a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estadual de 1,6% agora revisado para 2%. Na reportagem, o economista Julio Takeshi Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes, cita a melhoria nos números dos setores de serviços, comércio, agropecuária e indústria. “Neste ano, definitivamente decretamos o final da crise aqui no Estado do Paraná.”
A recuperação da economia do Paraná ganhou velocidade nos últimos meses, conforme demonstram indicadores do Banco Central, Ministério do Trabalho e outros dados setoriais. Eles mostram que o Estado não apenas está em trajetória de retomada, mas que está deixando a crise para trás mais rapidamente do que o restante do Brasil.
Os bons resultados estão em todos os setores. Na agropecuária, com crescimento de 13,6% no primeiro semestre, na indústria, com avanço de 4,6%, no comércio (3,2%), serviços (4,2%) e na geração de emprego, com um saldo positivo de mais de 28 mil vagas de janeiro a agosto. As exportações, por sua vez, cresceram 17,76% até setembro, com um total de US$ 13,9 bilhões.
De acordo com o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, a economia do Paraná cresceu 2,4% de janeiro a agosto de 2017. O indicador é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período, o Brasil registrou avanço de 0,31%. Sempre acreditamos que o Paraná sairia antes da crise, diz o governador Beto Richa.
Para o economista e consultor Gilmar Mendes Lourenço, professor da FAE Business School, a economia do Estado vai melhor que a média brasileira devido aos bons resultados do agronegócio e também à diversificação da matriz produtiva no Estado, impulsionada nos últimos anos pelo programa de incentivos Paraná Competitivo.
Por último temos o ajuste fiscal, que permitiu uma melhora do setor público, com superavit primário e redução da relação entre dívida e receita corrente líquida, afirma Lourenço.
EMPREGOS
Outro sinal de que a economia do Estado voltou a girar está nos números do mercado de trabalho e no crescimento do crédito. De janeiro a setembro o saldo de vagas com carteira assinada – já descontadas as demissões – ficou positivo em 28.623 empregos, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Dados do Banco Central mostram que, em agosto, o saldo de operações de crédito no Paraná era 6% superior ao de agosto do ano passado, com um total de R$ 1,23 bilhão. No Brasil o crescimento foi menor, de 4,6%, para R4 1,6 trilhão.
O crescimento das operações de crédito estão concentrados na compra de bens de consumo como eletrodomésticos e automóveis, por exemplo. Isso é um sinal de que as famílias estão se reorganizando financeiramente e voltaram a comprar, diz Julio Suzuki Júnior.