O ano de 2016 pode entrar para a história por muita coisa, mas o presente de Natal não será uma delas. Em vez de grandes embrulhos, os pés das árvores do brasileiro neste ano estarão cheios de “lembrancinhas”.
Endividadas, as famílias estão cortando onde dá, e nem o apelo natalino está conseguindo convencê-las a abrir mais a carteira.
“Na nossa família fazemos todo ano uma vaquinha para a festa de Natal, que inclui o presente das crianças, a ceia e um amigo-secreto. Neste ano, não vai ter amigo-secreto”, conta a professora Vivian Cristina da Silva.
Na casa da pedagoga Patrícia Barros, 38, os adultos ainda ganharão alguma coisa, mas barata. “Presente só para criança. Pais, irmãos e cunhados vão receber lembrancinha”, diz.
Segundo os lojistas da região, a economia do consumidor é visível. Mesmo quem compra brinquedos está optando por produtos mais em conta, afirmam os comerciantes.
Apesar do clima ruim, o brasileiro não deixou de ir às compras. O movimento surpreendeu os lojistas, que contavam com um fim de ano fraco, seguindo a tendência geral de 2016.
Além disso, a alta temporada de vendas costuma impulsionar a abertura de vagas temporárias no varejo, mas a recessão também freou o ânimo do setor.