Melhor do Sul: Comércio paranaense cresceu 6,9% nos primeiros meses de 2024

O setor de comércio do Paraná acumulou um crescimento de 6,9% nos dois primeiros meses de 2024 quando comparado aos índices do primeiro bimestre do ano passado, o que representa a maior variação positiva do Sul do País no período. Os dados constam na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e dizem respeito à variação do volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui 14 segmentos da economia.

O resultado ficou acima do registrado em Santa Catarina, que teve alta de 6,8% no acumulado de janeiro e fevereiro, e do Rio Grande do Sul, que variou 6,1% no mesmo período. A pesquisa produz indicadores conjunturais sobre comércio varejista no País, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, cuja atividade principal é o comércio varejista.

Os setores que mais contribuíram para o bom desempenho do Paraná até agora no ano foram os de eletrodomésticos, cujas vendas aumentaram 12,8% quando comparadas ao dois primeiros meses de 2023, assim como os móveis (11,2%), veículos, motocicletas e peças (10,2%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9%), hipermercados e supermercados (8,2%).

No total, 11 dos 14 recortes analisados pelo IBGE tiveram alta no Estado no primeiro bimestre. Os únicos setores que apresentaram retração em nível estadual foram os de tecidos, vestuários e calçados, com uma variação negativa de 0,2%, os combustíveis e lubrificante (-4,7%) e os livros, jornais, revistas e papelaria (-6,9%). O resultado destes setores acompanharam uma tendência nacional de queda no volume de vendas no ano.

Varejista Ampliado – O Paraná também registrou um desempenho positivo no índice geral do comércio varejista ampliado no comparativo entre janeiro e fevereiro, com uma alta de 1,4% do primeiro para o segundo mês do ano. O índice ficou acima da média nacional para o período, que foi de 1,2%. Quando a comparação é feita entre o mês de fevereiro deste ano com o mesmo período de 2023, a alta do comércio paranaense é ainda mais expressiva, chegando a 7,6%.

Pesquisa – Os dados completos da Pesquisa Mensal do Comércio podem ser consultados no sistema Sidra do IBGE.

Deixe um comentário

Paraná cai para a 5ª colocação no ranking nacional de endividados

Média anual de endividamento no estado foi de 90,1% em 2024, a mais baixa desde 2020

Os paranaenses encerraram 2024 menos endividados, de acordo com a análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) sobre a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O estudo mostra que 88,6% das famílias paranaenses possuíam algum tipo de dívida em dezembro do ano passado, como prestações de carro e seguros, cartões de crédito, carnês de lojas e empréstimos pessoais. Essa redução no índice fez o Paraná perder posições no ranking nacional de endividados, passando para a 5ª colocação. Até abril de 2024, os paranaenses lideravam a lista de endividados, o que representa uma mudança nos hábitos de consumo das famílias paranaenses.

A média anual de endividamento no estado foi de 90,1% em 2024, a mais baixa desde 2020. Em comparação, no ano anterior, a média chegou a 94%, o pico da série histórica. Apesar da diminuição, o endividamento no estado continuou acima do percentual nacional, que foi de 76,7% em dezembro de 2024.

A inadimplência também apresentou queda expressiva no estado. A média anual de famílias com contas em atraso ficou em 14%, o menor percentual da série histórica, que chegou a 28,8% em 2018 e registrou 19% em 2023. Em dezembro de 2024, 13,1% das famílias estavam inadimplentes, uma redução em relação aos 14,1% registrados em novembro.

O percentual de famílias sem condições de quitar suas dívidas também diminuiu e atingiu o menor nível em 14 anos, com uma média anual de 4,2% em 2024. Em dezembro, esse índice caiu para 3,6%, consolidando uma melhora significativa na capacidade de pagamento das famílias paranaenses.

Faixa de rendimentos

A redução do endividamento foi observada em todas as faixas de rendimento. Entre as famílias com renda até dez salários mínimos, o índice ficou em 89,2%, enquanto nas famílias de maior renda correspondeu a 85,7%. A inadimplência caiu entre as famílias de menor renda, de 14,9% em novembro para 13,7% em dezembro, enquanto entre as de maior renda manteve-se estável em 10,1%.

Tipos de dívida

O cartão de crédito concentrou 91,4% das dívidas dos paranaenses em dezembro, seguido pelos financiamentos imobiliário (5,4%) e de veículos (5,2%).

Fonte: Fecomércio-PR