Indicador de Emprego sobe 3,5 pontos em setembro

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 3,5 pontos em setembro ante agosto, atingindo 93,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado representa a sétima alta consecutiva e o maior nível alcançado desde outubro de 2010 quando o indicador estava em 94,3 pontos. Segundo a FGV, o movimento sinaliza arrefecimento no ritmo de queda do pessoal ocupado no País nos próximos meses.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) cresceu 2,8 pontos em setembro ante agosto, para 98,6 pontos, o maior patamar desde maio de 2016. O resultado interrompe uma série de três quedas consecutivas e revela incerteza sobre a recuperação do mercado de trabalho.

“O índice antecedente reforça a ideia de uma recuperação na geração de emprego ao longo do próximo ano, visto que sua melhora decorre das perspectivas de melhora dos negócios nos seis meses seguintes. Já o índice coincidente mostra que a situação atual do mercado de trabalho continua difícil, com os consumidores expressando dificuldade de encontrar e manter o emprego. No momento, os sinais de retomada do mercado de trabalho ainda parecem frágeis, dependendo muito mais das expectativas acerca do futuro do que de uma melhora nas condições atuais da economia”, avaliou Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV, com o objetivo de antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

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Confiança do comércio paranaense segue em queda pelo terceiro mês

Avaliação das condições atuais da economia motiva recuo de 5,1% no indicador em março

A confiança do empresário do comércio paranaense caiu pelo terceiro mês consecutivo. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), baixou para 96,6 pontos, uma redução de 5,1% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2024 houve uma diminuição de 7,1%.

A média brasileira do ICEC também registrou queda de 2,6% em março, alcançando 99,2 pontos, o menor nível desde junho de 2021, revelando o pessimismo dos empresários pela primeira vez em quatro anos.

O fator que mais tem impactado a opinião dos empresários paranaenses são as Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), que marcam apenas 70,2 pontos neste mês, com uma retração de 8,0% na variação mensal. As Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) apresentaram baixa de 4,7% em relação a fevereiro, mas ainda estão acima da margem de 100 pontos, com 121,4 pontos, o que configura uma posição satisfatória.

Diante do cenário atual, os empresários podem considerar diminuir os investimentos. O fator Investimentos do Empresário do Comércio (IIEC) ficou em 98,2 pontos, mostrando uma redução de 3,2%.

Análise por porte empresarial

Os micro e pequenos empresários do Paraná são os menos confiantes, registrando uma queda de 5,1% no indicador de março. Com isso, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) recuou para 96,4 pontos, entrando na zona de insatisfação. O principal fator que contribuiu para essa retração foi a percepção sobre a situação atual (ICAEC), que apresentou contração de 7,9%, refletindo maior preocupação desse segmento empresarial.

Já entre os dirigentes de médias e grandes empresas do comércio, o índice segue no patamar positivo, com 106,6 pontos, apesar de uma queda de 3,6% em relação a fevereiro. Esse recuo é impulsionado, sobretudo, pelo aumento da incerteza quanto às condições atuais da economia e do comércio. O componente Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) foi o mais impactado, registrando uma expressiva retração de 10,2% na variação mensal.

Fonte: Fecomércio-PR