Endividados crescem, inadimplência diminui, aponta pesquisa
O endividamento aumentou entre os paranaenses no mês de junho. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 94,7% das famílias do estado possuíam algum tipo de dívida em junho.
Essa é a terceira alta consecutiva do indicador, que está acima da média nacional de 78,5%. Contudo, no mês passado, o Paraná deixou de liderar o ranking brasileiro do endividamento e ficou em 2º lugar entre os estados com mais endividados, sendo Minas Gerais a ocupar o 1º lugar, com 94,9%.
Na variação anual, também houve elevação no endividamento dos paranaenses. Em junho de 2022, 92,7% da população se dizia endividada.
Um fato positivo é que apesar do crescimento de endividados, a parcela de inadimplentes baixou na passagem de maio para junho, ao sair de 19,3% para 17,1%. E as famílias sem condições de quitar seus débitos também diminuíram, passando de 5,7% em maio para 4,8% em junho.
E são os paranaenses que ganham mais e os que também estão se endividando mais. A pesquisa mostra que entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, 97,6% estão endividadas. Em maio, 95,8% das famílias deste perfil estavam endividadas, uma alta de 1,9% na variação mensal. Já entre as famílias com renda até dez salários mínimos, 94,1% estão endividadas.
Tipos de dívidas
As dívidas no cartão de crédito, motivo principal de endividamento, tiveram aumento, com ampliação de 80,8% em maio para 84,5% em junho. Por outro lado, as contas geradas pelo financiamento de imóvel baixaram na variação mensal, de 8,3% para 6,5%, bem como as dívidas para a compra de veículo, que correspondiam a 7,5% em maio e passaram para 5,8% em junho.
Nível de endividamento
De modo geral, os paranaenses consideram o seu nível de endividamento mediano, sendo que 59% afirmam estar mais ou menos endividados. Os que reconhecem estar muito endividados correspondem a 26,9%, e os pouco endividados, a 8,8%.