Consumo das famílias paranaenses cai pela segunda vez

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) paranaenses, aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), teve o segundo mês consecutivo de queda. O indicador passou de 103,2 pontos em abril para 100,7 em maio, redução equivalente a 2,5%.

Mesmo com o enfraquecimento neste mês, o ICF se mantém em patamar considerado satisfatório, por ficar acima de 100 pontos.

O Acesso ao Crédito foi o único subindicador a apresentar crescimento na variação mensal, com alta de 1,6%, saindo de 90,9 pontos em abril para 92,4 pontos em maio. Entretanto, apresentou um aumento de 9% na variação anual – o menor crescimento entre todos os subindicadores. Quase 30% dos entrevistados informaram que o acesso ao crédito, o que inclui empréstimos e crédito para compras a prazo, está mais fácil do que no mesmo período do ano passado.

Os demais componentes avaliados para composição do indicador tiveram redução ou ficaram no mesmo patamar do mês passado: Emprego Atual (0%), Perspectiva Profissional (-2,9%), Renda Atual (-0,7%), Nível de Consumo Atual (-5%), Perspectiva de Consumo (-6,7%) e Momento para Duráveis (-7,9%).

Mesmo com a contenção mensal, na variação anual o ICF foi 12,8% superior ao registrado em maio de 2021, quando marcava 89,3 pontos e, portanto, estava no nível considerado insatisfatório. Praticamente todos os subindicadores estão melhores do que no mesmo mês do ano passado. Apenas o quesito Momento para Duráveis apresentou redução de 25,8%, o que indica que os paranaenses estão menos propensos a comprar itens de maior valor.

Média nacional

A média nacional do ICF teve alta mensal de 4,4%, com variações positivas tanto na comparação com o mês anterior quanto com o mesmo mês do ano anterior, em todos os subindicadores. Ainda assim, diante dos 79,54 pontos nacionais, o indicador paranaense sinaliza uma condição mais favorável ao consumo no estado. 

Faixa de rendimento

Na segmentação por renda, observa-se que as famílias com renda acima de dez salários mínimos apresentaram a maior retenção no consumo, com baixa de 4,3% ante 2,1% entre as famílias de menor renda. Pesaram para essa contenção entre as classes A e B, os fatores Perspectiva de Consumo (-10,7%) e Momento para Duráveis (-10,9%).

Fonte: Fecomércio

Deixe um comentário