Aumenta número de dívidas no Paraná, diz Fecomércio
O Paraná acompanha o cenário nacional. O país encerrou o primeiro semestre com o maior endividamento em 11 anos, ao chegar a 69,7% em junho, agravado pela piora na inadimplência.
O aumento no endividamento dos paranaenses foi motivado principalmente pelas famílias de menor renda, entre as quais o indicador passou de 87,7% em maio para 89,7% em junho. Já entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, apesar de maior, o endividamento caiu de 95,8% para 95,2% na variação mensal.
Um dado positivo é que a parcela de famílias com contas em atraso baixou, saindo de 26,6% em maio para 25,0% em junho. Os endividados que não terão condições de pagar suas dívidas também reduziram e passaram de 11,1% em maio para 9,7% no mês passado.
As dificuldades no pagamento dos compromissos financeiros são sempre mais acentuadas entre as famílias com rendimentos inferiores a dez salários mínimos, justamente pelo menor nível de renda. Entre estas, 28,1% estavam com contas atrasadas em junho. Já entre as famílias de maior renda, os atrasos nos pagamentos correspondiam a 9,6%.
A limitação dos rendimentos também provoca maior inadimplência. Entre as famílias com renda até dez salários mínimos, 11,3% admitiram que não teriam condições de quitar seus débitos, enquanto entre as famílias com renda acima deste patamar, somente 3,0% afirmavam que não conseguiriam pagar.
Tipo de dívida
No topo dos motivos que levam ao endividamento, o cartão de crédito correspondeu a 66,7% das dívidas. Porém, sua utilização caiu 7,4% na comparação com o mês de maio, quando concentrava 72,0% das contas a pagar.
O cheque especial e pré-datado, crédito consignado e financiamento de carro tiveram alta no mês de junho. O financiamento de veículos representou 15,8% das dívidas dos paranaenses e o financiamento imobiliário, 10,0%.