Alta no preço da gasolina torna GNV ainda mais econômico

A Petrobras anunciou a elevação do preço da gasolina em 8,1%, o que, de acordo com a estatal, deve elevar o valor do combustível em R$ 0,12 para o consumidor final. Com o aumento, a economia para quem abastece com gás natural veicular (GNV) passa a ser de cerca de 50%.

De acordo com o sistema de levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor médio do litro da gasolina para o consumidor paranaense é de R$ 3,65, enquanto o metro cúbico do GNV tem preço médio de R$ 2,34 no Estado. Com o rendimento previsto (13,2 quilômetros por metro cúbico de gás natural e 10,7 quilômetros por litro de gasolina), para rodar 100 quilômetros com o GNV, o motorista gasta cerca de R$ 17,73, enquanto que com a gasolina o custo é de aproximadamente R$ 34.

O gerente da Companhia Paranaense de Gás (Compagas), Mauro Melara, destaca que além de poupar na hora de abastecer, os proprietários de carros com GNV também têm desconto no IPVA, já que para os carros movidos a gás natural o custo do imposto é de 1% sobre o valor do veículo, perante os 3,5% do valor sobre os veículos movidos a gasolina e/ou álcool.

Melara comenta também que nesta época do ano os motoristas costumam aproveitar o 13º salário para converter seus veículos para o GNV. O preço da instalação do kit GNV varia de R$ 3 mil a R$ 4 mil, e para quem roda cerca de 4.000 km no mês, por exemplo, o tempo de retorno do investimento é, em média, de 5 meses, explica Melara, destacando que essas contas podem ser feitas no Simulador de Economia no site Compagas: compagas.com.br/simulador-de-economia-gnv

Concessionária responsável pela distribuição do gás natural no Paraná, a Compagas conta com 36 postos revendedores de GNV, nas cidades de Curitiba, Campo Largo, Colombo, Paranaguá, Pinhais, Ponta Grossa e São José dos Pinhais, e um em Londrina comercializa o gás fornecido pela GasLocal. São mais de 34 mil veículos que já utilizam o gás natural no estado e 19 oficinas credenciadas pelo INMETRO para efetuar a conversão.

A Compagas é concessionária responsável pela distribuição de gás natural no Estado do Paraná. Empresa de economia mista, tem como acionista majoritária a Companhia Paranaense de Energia (Copel), com 51% das ações, a Gaspetro, com 24,5% e a Mitsui Gás e Energia do Brasil, com 24,5%.

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Confiança do comércio paranaense segue em queda pelo terceiro mês

Avaliação das condições atuais da economia motiva recuo de 5,1% no indicador em março

A confiança do empresário do comércio paranaense caiu pelo terceiro mês consecutivo. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), baixou para 96,6 pontos, uma redução de 5,1% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2024 houve uma diminuição de 7,1%.

A média brasileira do ICEC também registrou queda de 2,6% em março, alcançando 99,2 pontos, o menor nível desde junho de 2021, revelando o pessimismo dos empresários pela primeira vez em quatro anos.

O fator que mais tem impactado a opinião dos empresários paranaenses são as Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), que marcam apenas 70,2 pontos neste mês, com uma retração de 8,0% na variação mensal. As Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) apresentaram baixa de 4,7% em relação a fevereiro, mas ainda estão acima da margem de 100 pontos, com 121,4 pontos, o que configura uma posição satisfatória.

Diante do cenário atual, os empresários podem considerar diminuir os investimentos. O fator Investimentos do Empresário do Comércio (IIEC) ficou em 98,2 pontos, mostrando uma redução de 3,2%.

Análise por porte empresarial

Os micro e pequenos empresários do Paraná são os menos confiantes, registrando uma queda de 5,1% no indicador de março. Com isso, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) recuou para 96,4 pontos, entrando na zona de insatisfação. O principal fator que contribuiu para essa retração foi a percepção sobre a situação atual (ICAEC), que apresentou contração de 7,9%, refletindo maior preocupação desse segmento empresarial.

Já entre os dirigentes de médias e grandes empresas do comércio, o índice segue no patamar positivo, com 106,6 pontos, apesar de uma queda de 3,6% em relação a fevereiro. Esse recuo é impulsionado, sobretudo, pelo aumento da incerteza quanto às condições atuais da economia e do comércio. O componente Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) foi o mais impactado, registrando uma expressiva retração de 10,2% na variação mensal.

Fonte: Fecomércio-PR