Unicentro recebe inscrições para mostra Arte² até dia 15

As inscrições para a exposição virtual Arte² foram prorrogadas. Agora, os artistas têm até o dia 15 de setembro para enviar as obras que querem apresentar na mostra coletiva.

“É um projeto da Diretoria de Cultura da Unicentro e, em decorrência da pandemia, a edição 2021 do Arte² terá um formato online”, explicou a diretora de Cultura da Unicentro, professora Níncia Teixeira.

Neste ano, a mostra tem como tema “A arte nos une e nos liberta” e, de acordo com a professora Níncia, os interessados em enviar trabalhos podem abordar poéticas e técnicas livres, mas devem seguir algumas regras.

“A linguagem escolhida é livre, devendo estar de acordo com a temática proposta. As obras visuais deverão seguir o padrão 12×12 cm, podendo apresentar uma margem de até três centímetros, ou seja, o tamanho máximo das obras visuais é de 15×15 cm. As obras audiovisuais deverão respeitar 12 segundos, podendo ter uma margem de até 15 segundos”.

Os artistas também podem participar do projeto enviando fotografias, que deverão ter uma resolução de, no mínimo, 300dpi. A professora Níncia lembra que a questão da autoria das obras deve ser observada.

“A autoria das obras deverá ser informada e, no caso de releituras ou interpretação de uma obra, é necessário que se coloque o nome do autor ou autora da obra de referência”.

Cada autor poderá produzir até três séries com, no máximo, três obras cada uma. As obras deverão ser enviadas em anexo ou em links, junto com o formulário de inscrição preenchido, para o e-mail dirc@unicentro.br. O link de acesso ao edital com todas as orientações e o formulário de inscrição está disponível nas redes da Diretoria de Cultura.

Deixe um comentário

Mulheres são maioria entre estudantes e professores das universidades estaduais

Elas representam 51% dos professores e 59% dos alunos; são pesquisadoras, professoras e alunas que ganham visibilidade pelos trabalhos e premiações

Nas sete universidades estaduais do Paraná, as mulheres se destacam como a maioria entre professores e estudantes. Dos 7.528 docentes, 3.833 são mulheres, representando 51% do total. Entre os 64.864 estudantes matriculados em 2024, 38.497 são mulheres, o que corresponde a 59% do total de alunos da rede estadual de ensino superior. Nesse cenário, as pesquisadoras, professoras e alunas têm ganhado visibilidade também em premiações, consolidando a crescente participação e influência feminina no meio acadêmico e científico.

Dados do Censo Demográfico, divulgado neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as mulheres representam 58,6% dos diplomados no Paraná, entre as diferentes modalidades de graduação. De acordo com a edição mais recente do Censo da Educação Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o índice de mulheres que concluíram a graduação chega a 62% no Paraná, superando a média nacional da presença feminina no ensino superior, que é de 61%.

Esses números reforçam o protagonismo das mulheres paranaenses na educação superior em âmbito estadual e nacional. Um exemplo é a professora Mariangela Hungria da Cunha, que atua nos programas de pós-graduação em Microbiologia e em Biotecnologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), em Bioinformática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), além do Centro Nacional de Pesquisa de Soja da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Neste mês, a docente recebeu, em Brasília, o Prêmio Mulheres e Ciência 2025, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na categoria de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias. Ela foi premiada por um trabalho científico inovador, que propõe a substituição de produtos químicos por biológicos nas práticas agrícolas, promovendo uma agricultura mais sustentável sem comprometer o rendimento das culturas.

Mariangela destaca a atuação das mulheres na ciência como fundamentais para a construção de um conhecimento mais colaborativo. “As mulheres atuam muito em conjunto para unir ideias e conhecimentos diferentes, para conseguirmos atingir uma ciência mais ampla”, afirmou. “Nesta premiação, eu represento os mais de 200 alunos e mais de 50 colegas com quem já desenvolvi pesquisas e publiquei trabalhos”.

Representatividade – No ano passado, a professora Maria Luiza Rodrigues de Souza, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) conquistou premiações em nível regional e nacional pelo desenvolvimento de um material biológico produzido a partir da pele de um peixe, a tilápia, que serve como curativo para pessoas e animais.

Ela destaca a força e resiliência das mulheres na ciência. “Com foco, determinação e colaboração, nós, mulheres, desenvolvemos produtos e pesquisas de qualidade para a sociedade, buscando novos conhecimentos e resultados transformadores para a população”, pontua a docente, que atua no Departamento de Zootecnia da UEM.

As professoras Andressa Galli e Maria Lurdes Felsner, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), receberam uma premiação internacional por um artigo científico relacionado à poluição de corpos aquáticos. Ligadas ao Departamento de Química da instituição estadual, elas comentam a importância de abrir caminho para a participação de outras mulheres na ciência e de contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.

“Como mulher e pesquisadora, é inspirador ver como esse e outros projetos destacam a presença feminina na ciência e promovem impactos diretos na sociedade, incluindo melhorias que podem beneficiar a vida de outras mulheres”, exaltou Andressa Galli, que atua nas áreas de Química Analítica e Química Ambiental. ”O fato de o projeto ser liderado por mulheres reforça a importância da representatividade no meio científico e mostra que as mulheres são protagonistas na busca por soluções inovadoras, sustentáveis para questões sociais”.

Além do prêmio que recebeu com a colega de departamento, a professora Maria Lurdes Felsner, recebeu outros dois prêmios internacionais por uma publicação sobre a classificação de açúcar mascavo usando inteligência artificial. A docente, que atua nas áreas de desenvolvimento de metodologias analíticas e aplicação de ferramentas quimiométricas, ressalta a importância de atrair mais visibilidade e investimentos para a pesquisa científica, assegurando avanços significativos e impactos positivos para a população.

“Essa visibilidade pode atrair novas parcerias, investimentos e talentos para a universidade, fortalecendo a posição como instituição de excelência em pesquisa e inovação, servindo também como inspiração para novos profissionais da química, especialmente mulheres, pois demonstram que é possível superar barreiras e alcançar posições de destaque no meio científico e industrial, independentemente do gênero”, disse a professora.

“Com essas pesquisas inovadoras e uma atuação colaborativa, as mulheres da rede estadual de universidades do Paraná sinalizam um papel transformador na ciência e na sociedade, e inspiram futuras gerações, contribuindo para um cenário científico com mais diversidade e inclusão”, enalteceu o secretario estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.