Poesia, fotografia e natureza são esses elementos que inspiram e compõem a exposição de fotopoemas “Se seguir a magia, tudo vira poesia”, de autoria de Márcio Teixeira, que vai até o fim de fevereiro na Unicentro.
A mostra alia paisagens fotografadas pelo artista em viagens a poemas, de escrita livre, do mesmo autor. “A poesia está em todos os lugares, está na fotografia, está em todas as artes. A natureza, por si só, já é uma poesia, é uma fonte de inspiração para a gente”, disse o idealizador da exposição.
Esse vínculo com a natureza remete à formação acadêmica de Márcio. Graduado em biologia e técnico de laboratório no câmpus Irati, a fotografia o acompanha como hobby desde a adolescência.
“Comecei a tirar fotos de paisagens e fazer uma coleção de fotos particular. Ali, iniciou essa atividade com 16, 17 anos, e não parei mais. Sempre que eu viajava, tirava fotos e reservava algumas”, contou.
Paisagens naturais do Rio Grande do Sul ao Pará fazem parte da exposição. A cada viagem, uma nova inspiração para outra manifestação artística importante para o biólogo: a poesia.
“Muitas surgiram depois de viagens. De coisas que ouvi, de histórias, de pessoas que lembro. Isso sempre é uma fonte de poesia. E, também, muitos poemas eu me inspirei em pessoas da minha família, em amigos, pessoas da minha convivência que já não estão mais entre nós”, revelou.
O amor, a paixão, a paternidade, a melancolia e o luto são alguns dos temas abordados por Márcio em seus poemas. A junção de ambas expressões culturais resultou na primeira mostra de fotopoemas do agente universitário, que reúne mais de 30 obras.
Para o chefe da Divisão de Promoção Cultural do câmpus Irati, professor Carlos Eduardo de Oliveira, a exposição retoma uma linguagem artística pouco explorada nos últimos anos e incentiva a produção artística de membros da comunidade universitária.
“A Diproc abrigou um projeto oriundo de um técnico, ou seja, deu espaço para ele poder se manifestar e poder propor uma atividade própria. Esse fato é importante porque, às vezes, ficamos buscando acervos, materiais e artistas de fora quando, na universidade, podemos trabalhar com o nosso pessoal”.