Inicia semana dedicada à melhor idade na Guairacá

A Guairacá celebra a melhor idade com uma programação diversificada: caminhada, palestras, ginástica e atividades voltadas para a qualidade de vida e hábitos saudáveis.

A ‘Semana da Melhor Idade’ é um evento já tradicional, realizado todos os anos pelas Clínicas Integradas Guairacá, um momento preparado especialmente para fortalecer a autonomia e o envelhecimento saudável, para reforçar os vínculos familiares e comunitários, além de prevenir o isolamento social e aumentar a autoestima dos participantes. As atrações têm como público-alvo os participantes do Programa da Terceira Idade desenvolvido pela instituição.

O evento teve sua abertura oficialmente na segunda-feira, 03, com uma caminhada. A concentração ocorreu na Faculdade Guairacá e percorreu as ruas do centro da cidade. A aposentada Sirlei Salete, de 51 anos, foi uma das mais animadas durante o trajeto. Ela participa do Programa da Terceira Idade desde sua implantação na instituição e contou que, desde então, sua vida melhorou e muito. Sentia muitas dores no corpo devido ao processo da menopausa. Não conseguia dormir se não tomasse um relaxante muscular e, desde que comecei a fazer exercícios não sinto mais nada. Minha vida melhorou em 100%.

Durante a programação do evento, ainda foi realizada palestra sobre ‘Conflitos intergeracional’ nessa terça-feira, 04, com o professor Humberto Ausec e os acadêmicos de Psicologia da instituição. Desenvolvemos uma dinâmica através da contação de uma história fictícia, de um casal da terceira idade que enfrentava uma série de problemas, como falta de privacidade morando na casa dos filhos ou quando o neto fez um empréstimo consignado na aposentadoria desse casal. Segundo Humberto, o objetivo da dinâmica foi de debater a história, propor possíveis soluções para os problemas e comparar com os momentos vividos no dia a dia, na família ou na vizinhança. Para isso, escolhemos questões que são recorrentes nessa faixa etária. Vemos muitas vezes que os avós precisam sustentar filhos e netos desempregados, ainda precisam cuidar deles em momentos de doença porque não há quem cuide, e ainda, dificuldades quando os idosos moram na casa de outras pessoas e acabam ficando sem liberdade.

A Semana da Melhor Idade na Guairacá segue até a próxima sexta-feira, 07.

Deixe um comentário

Em 2025, Paraná já teve 2.553 casos de violência contra a mulher; ano passado foram 20.592 casos

Denunciar e trazer discussões sobre o tema contribui para que medidas efetivas sejam feitas a fim de diminuir o problema, diz especialista

Segundo o Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o estado do Paraná já registrou em 2025 o total de 2.553 casos de violações (Qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Ex. Maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas) contra a mulher.

O levantamento aponta que, desse número, apenas 362 denúncias foram efetivadas (Quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a ONDH para registrarem uma denúncia). Na capital Curitiba, foram 574 casos registrados nesses três primeiros meses do ano.

Em todo o ano passado, o estado paranaense contabilizou 20.592 casos de violações contra a mulher e 3.103 denúncias, sendo 5.054 casos só na capital paranaense.

A coordenadora do curso de Direito da Faculdade Anhanguera de Arapongas, Ma. Juliana Aprygio Bertoncelo, ressalta que a divulgação desses dados impulsiona a conscientização sobre o tema e o ato de denunciar contribui para que medidas efetivas sejam feitas a fim de diminuir o problema.

“A relevância social dessa abordagem é muito alta, pois se trata de um tipo de crime que deve ser denunciado e combatido. Trazer essa temática para o debate social conscientiza não apenas na identificação de condutas reprováveis, mas informa sobre onde e quando se deve denunciar. Além disso, é uma forma de as mulheres se sentirem acolhidas e apoiadas umas às outras”, avaliou a docente e advogada.

Por fim, a mestra em Direito dá dicas sobre como as mulheres podem pedir ajuda. Confira também os canais de denúncia:

  • Realizar a chamada ao 190 polícia e conversar como se estivesse realizando pedido de delivery, é uma forma muito útil de pedido de socorro, ao perigo eminente sofrido pela mulher;
  • Além disso, qualquer cidadão pode fazer denúncias através da Central de Atendimento à Mulher, pelo número telefônico 180. As delegacias especializadas não são direcionadas a tratar apenas destes tipos penais, permitindo um socorro de forma mais ampla;
  • As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) realizam ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal. Nas unidades, é possível solicitar medidas de proteção de urgência nos casos de violência doméstica contra mulheres.