O trabalho começou com o atendimento a portadores da hanseníase e, hoje, atende outras vulnerabilidades sociais
A história da A.F.H a Associação de Apoio as Famílias com Hanseníase, iniciou com um grupo a cidade de Curitiba e, depois, com a solidariedade dos guarapuavanos veio para Guarapuava, para fazer atendimentos, também, aqui. O que começou, em 2004, com o atendimento de pessoas com hanseníase é, hoje, um Grupo de Solidariedade a pessoas com vulnerabilidade sociais e outras patologias. A instituição beneficente sem fins lucrativos acredita no trabalho solidário e em Deus, para que todos sejam atendidos.
Os principais objetivos da instituição é atender a população com hanseníase e, agora, ajudar na sociedade em geral, auxiliando nas necessidades básicas. Desenvolver programas beneficentes, culturais, recreativos, desportivos e de natureza social de um modo geral. Lutar pela erradicação da doença e, principalmente, pelo fim do preconceito e da discriminação social. Oferecer cursos profissionalizantes aos familiares. Acompanhar mensalmente se no momento da entrega do apoio social à família carente, o portador da doença em tratamento está seguindo rigorosamente os cuidados médicos, sobretudo quanto à sua ida periódica à Saúde Pública e, desta forma, colaborar com este órgão e muitas outras entidades sérias para eliminar de vez a doença. Trabalhar sempre pelo resgate da autoestima dessas pessoas, colaborando para reintegração ao convívio social do hanseniano em tratamento.
Além da ajuda material, também levar às famílias pobres, carinho, apoio moral e espiritual por meio de preces ecumênicas.
Atividades e atendimentos
Hoje, além dos portadores de hanseníase, o Grupo Solidariedade atende com benefícios emergenciais, famílias com necessidades. São cerca de 60 famílias recebendo cestas básicas todos os meses, e mais de 15 pessoas acamadas que recebem três pacotes de fraldas geriátricas por mês. O assiste social da instituição, Marcelo Zadra, explica que além desses atendimentos alguns complementos nutricionais são oferecidos. Complemento nutricional Sustage, complemento para idosos, alguns casos de anemia.
Muitos dos atendimentos feitos pela associação são de pessoas que tiveram a doença e ficaram com algumas sequelas. Algumas pessoas que recebem a fralda e cesta básica tiveram hanseníase e ficou aqui por conta da doença e teve gente é por vulnerabilidade social, completou Marcelo.
Além dos atendimentos sociais, são oferecidos cursos para toda a comunidade como ressalta a coordenadora da associação, Daniele Toledo. Os cursos são gratuitos, temos o corte e costura de seis meses, um curso básico profissionalizante, várias pessoas fazem o curso aqui e saem trabalhando. Fotografia de três meses e o de violão que é um aprendizado contínuo. E, curso de crochê, mais ou menos, quatro meses. Os cursos são assistidos por professores voluntários e remunerados.
Segundo Marcelo, a maior parte das pessoas atendidas é de mulheres com mais de 40 anos.
RECURSOS
Todos os gastos e ajudas oferecidos pela associação são advindos de doação da comunidade e de empresas parceiras e de bazares. Para doar basta ligar para o telemarketing ou visitar a instituição. O telefone para contato é o (42)3035-4037.
Entenda a Hanseníase
O Brasil é o segundo país com maior número de casos de Hanseníase do mundo, perdendo apenas para a Índia.
A hanseníase é uma doença infecciosa que atinge principalmente a pele e os nervos – em especial os da face e extremidades, como braços e mãos; pernas e pés. Ela é causada por uma bactéria, chamada Mycobacterium leprae, descoberta em 1873. Esta bactéria é mais conhecida como Bacilo de Hansen, em homenagem ao seu descobridor, o cientista norueguês Gehard Amauer Hansen.
Hoje, a doença tem cura e, se tratada nos estágios iniciais, não deixa sequelas. Além disso, o paciente com Hanseníase, quando tratado precocemente, para de transmitir a doença já nas primeiras doses dos medicamentos. É importante ressaltar que os casos diagnosticados e tratados tardiamente poderão apresentar danos neurológicos e sistêmicos irreversíveis.
Formas de transmissão
A Hanseníase pode ser transmitida por contato físico, mas é normalmente propagada pelas vias aéreas, após contato frequente com a pessoa doente. Ou seja, não basta uma conversa ou um encontro eventual para pegar a doença. É mesmo necessário convívio íntimo e prolongado. Para você ter uma ideia, uma pessoa é considerada suspeita de possuir Hanseníase após um contato mínimo de cinco anos com o indivíduo doente. Isso geralmente acontece quando o doente faz parte da família e mora na mesma casa.