Três ações foram apresentadas pelo Ministério Público Eleitoral, alegando que inserções da sigla caracterizam explícita promoção pessoal, com claro viés eleitoral
O Ministério Público Eleitoral apresentou três ações contra o PSDB, sendo duas delas também contra o senador Aécio Neves (MG), por propaganda eleitoral antecipada em inserções partidárias do mês de abril.
Para o procurador Rodrigo Janot, o senador fez uso da propaganda para exaltar realizações de quando ele era governador de Minas Gerais. Em uma das propagandas, o procurador, também, apontou propaganda eleitoral negativa à presidente Dilma Rousseff (PT).
A inserção impugnada traz a cena de um diálogo ocorrido durante uma viagem de ônibus, no qual um interlocutor dialoga com outra interlocutora, aparentemente, pessoa trabalhadora, sobre quem ela teria votado nas últimas eleições presidenciais. Nesse contexto, após responder que teria votado em Dilma, a interlocutora é questionada pelo interlocutor: ‘Posso te perguntar por que?’, descreve a Procuradoria, em uma das ações.
E ao dizer: ‘Ah, porque ela ia continuar melhorando.’, é novamente indagada: ‘Só mais uma pergunta: melhorou? Após isso, a mesma permanece em silêncio, sugerindo que a resposta para tal pergunta é desenganadamente negativa. E o encerramento da inserção traz a seguinte mensagem: ‘Melhorar de verdade, é disso que a gente tá falando.
Segundo Janot, a cena faz crer aos olhos do telespectador, de forma dissimulada, que a eleitora não viu melhoras do governo Dilma, evidenciando um esforço antecipado de influenciar eleitores, o que ocorre com a divulgação de argumentos que busquem denegrir a imagem de candidato adversário político ou de sua legenda. As ações foram enviadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na sexta-feira (27).
Com conteúdo da FolhaPress