Pesquisa mostra que comércio do Paraná acumula aumento de quase 3% no trimestre

No estado, o varejo acumulou um aumento de 2,56% no primeiro trimestre do ano, segundo dados da Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Em comparação com março e fevereiro, houve alta de 4,55%. Já em relação a março de 2018, o comércio apresentou teve uma redução de 5,95% nas vendas.

Segundo o levantamento, no acumulado de janeiro a março, os setores com maior faturamento foram os de óticas, cine-foto-som, com aumento de 38,73%, e as lojas de departamentos, que tiveram elevação de 30,29% nas vendas. Outros setores que também mostraram bom desempenho, no trimestre, foram materiais de construção (10,16%), combustíveis (5,21%), farmácias (3,01%) e supermercados (1,71%).

Entretanto, as categorias que tiveram grande crescimento, no ano passado, apresentaram redução em suas vendas. Entre elas estão as concessionárias de veículos (-4,97%) e móveis, decorações e utilidades domésticas (-2,34%). A pesquisa também mostra que as livrarias e papelarias, que retraíram 5,49% no ano passado, continuam apresentando dificuldades nas vendas e tiveram redução de 9,01% nos três primeiros meses de 2019.

Dados regionais

No comparativo entre as regiões do estado, o melhor resultado no trimestre foi verificado na região Oeste, com aumento de 6,08%. O bom desempenho foi movido pelas lojas de departamentos (37,81%), materiais de construção (24,48%) e o comércio de produtos óticos, cine-foto-som (20,53%).

A pesquisa também constatou aumento nas vendas em Maringá (4,25%), Curitiba e Região Metropolitana (3,45%) e Ponta Grossa (1,30%).

Em compensação na região Sudoeste e em Londrina houve redução nas vendas, de 16,95% e 1,87%, respectivamente.

 

Deixe um comentário

Paraná exporta mais alimentos que países como Japão, Portugal e Coreia do Sul

Com uma agroindústria diversificada e reconhecida internacionalmente, o Estado se destaca no comércio exterior

Com uma agroindústria diversificada e reconhecida internacionalmente pela qualidade, o Paraná está se destacando no comércio exterior ao exportar mais alimentos e bebidas do que a maioria dos países do mundo. Se fosse um país, o Estado seria o 29º maior exportador de produtos alimentícios do planeta , à frente de países importantes como Indonésia, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia, Suíça, Grécia, Portugal, Japão e Egito.

As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e da plataforma TradeMap, com dados organizados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Os números, referentes a 2023, são os mais recentes disponíveis sobre o comércio exterior de alimentos no mundo.

O levantamento aponta que o Paraná exportou US$ 13,5 bilhões ao longo do ano em alimentos e bebidas. A Indonésia, que tem mais de 280 milhões de habitantes, por exemplo, exportou US$ 13 bilhões. Logo atrás do Paraná ainda estão África do Sul (US$ 12,1 bilhões), Singapura (US$ 11,5 bilhões) e Suécia (US$ 11,4 bilhões).

O Paraná ainda tem uma vantagem considerável na venda de alimentos e bebidas em relação a outros países como Grécia (US$ 8,2 bilhões), Portugal (US$ 8,1 bilhões), Japão (US$ 7,7 bilhões), Egito (US$ 7,6 bilhões), Malásia (US$ 7,6 bilhões) e Marrocos (US$ 7,3 bilhões).

O Estado ainda comercializa mais do que o dobro do que exportam Paquistão (US$ 6,6 bilhões), Colômbia (US$ 6,5 bilhões), Lituânia (US$ 6,4 bilhões), Bulgária (US$ 6,1 bilhões), Irã (US$ 5,7 bilhões) e Uruguai (US$ 5,4 bilhões), por exemplo.

Ao todo, as exportações de alimentos e bebidas movimentaram US$ 1,64 trilhão ao longo do ano de 2023. Os Estados Unidos ficaram na liderança global do ranking, com US$ 149,3 bilhões exportados, seguido pelo Brasil, com US$ 125 bilhões.

“Estes resultados refletem de forma muito direta as ações conjuntas das políticas públicas do Governo do Estado com o setor produtivo, como o agronegócio e a indústria, de maneira que os produtos do Paraná estão chegando aos seus destinos internacionais cada vez mais com valores agregados” afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

Potencialidade – A exportação de grãos, como milho e soja, representa mais de 44% das vendas de alimentos do Paraná. Ao todo, foram US$ 6 bilhões comercializados entre grãos e sementes com outros países. A força do Paraná nesta área é resultado da vocação do Estado para o agronegócio e do trabalho intenso das cooperativas locais, que figuram entre as maiores do mundo.

Com apoio do Estado, várias cooperativas têm investido para industrializar suas produções, visando o aumento de competitividade no mercado global. Resultado disso, o Valor Bruto da Produção (VBP) estadual de óleos e gorduras, por exemplo, dobrou desde 2019, saltando R$ 14,9 bilhões para R$ 30,5 bilhões.

Outro grupo de produtos importante na pauta de exportações do Paraná é o de carnes, com US$ 4,1 bilhões comercializados com outro país. O Estado, por exemplo, é o líder nacional na produção de frangos e o segundo maior produtor suínos. Nesta semana, o Estado abriu mais um mercado para exportação de carne suína, o Chile, cujo Ministério da Agricultura reconheceu o Estado como zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Considerando apenas a exportação de carnes de aves, carne suína, açúcar, soja e milho, que são os principais produtos vendidos pelo Estado, o Paraná seria o terceiro maior exportador do mundo, com US$ 11,4 bilhões, atrás apenas de Brasil (US$ 81,6 bilhões), Estados Unidos (US$ 50,6 bilhões). Logo atrás do Paraná, estariam Argentina (US$ 8,6 bilhões), Ucrânia (US$ 7,8 bilhões) e Espanha (US$ 7,4 bilhões), por exemplo.

Economia – Os números fazem parte de um cenário econômico dinâmico registrado pelo Paraná nos últimos anos. Desde 2019, o Estado tem se consolidado como um dos principais destinos de investimentos privados no Brasil, atraindo mais de R$ 300 bilhões em aportes destinados à instalação de novas fábricas, ampliações industriais e chegada de empresas de diversos setores. Esse movimento reflete a confiança do setor produtivo em um ambiente de negócios mais eficiente, moderno e competitivo.

Como resultado direto dessa transformação, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado praticamente dobrou em seis anos, passando de R$ 440 bilhões em 2018 para R$ 718,9 bilhões em 2024. Com esse salto, o Paraná alcançou a quarta posição entre as maiores economias do país, superando o Rio Grande do Sul.

O avanço econômico também se traduziu em resultados concretos para a população. Em 2024, o Estado registrou a menor taxa de desemprego de sua história, com apenas 3,3% de desocupação, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é inferior ao de países desenvolvidos como Alemanha (3,4%), Itália (5,8%), Canadá (6,5%) e França (7,6%).