A programação do mês da mulher começou cedo em Guarapuava

Aproveitando a data comemorativa, 8 de março,  para lembrar que a luta é durante o ano todo, e não só num único dia, a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e os movimentos sociais, da cidade, promoveram uma vigília em homenagem às mulheres que foram assassinadas no município. Com velas e cartazes, a vigília se fez em memória dassete mulheres assassinadas (seis em 2013 e uma em 2014) em Guarapuava.

Para a secretária da Mulher, vice-prefeita Eva Schran, a presença de familiares deixou a vigília, ainda, mais comovente e fez lembrar que a violência contra a mulher não afeta apenas a vítima, mas, sim, toda família, amigos e a sociedade. A dor que está presente é a dor que a sociedade sente, que nós mulheres sentimos, que Guarapuava sente pelo assassinato de mulheres, disse. Schran fez questão de falar que a secretaria está alerta a todos os problemas relacionados à mulher. Nós temos uma entidade que se preocupa com as mulheres. Nós não queremos celebrar a morte, queremos celebrar sempre a vida, ressaltou a secretária. Ao final, as participantes soltaram balões brancos com uma mensagem de incentivo à superação da violência e os contatos da Secretaria da Mulher.

A vigília, assim como a corrida, fez parte da programação do Mês da Mulher, e comemoração de um ano da secretaria da Mulher. Ocorreram, também, uma aula inaugural de três cursos, em parceria com o Sesi/Senai e mobilizações pelos direitos da mulher.

Durante todo o mês de março ações com o objetivo de valorizar a mulher, oferecer condições de superar a
violência e ainda ter emancipação financeira serão oferecidas à sociedade.

Foto: divulgação

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Itaipu propõe ações sanitárias em galinheiros comunitários no Oeste do Paraná

Espaços servirão para conter as galinhas atualmente criadas soltas; iniciativa vai reduzir riscos sanitários para as aves

Representantes da Itaipu Binacional se reuniram na última segunda-feira (7), em Cascavel, com instituições do poder público e do setor produtivo avícola do Paraná, para estabelecer diretrizes em relação aos galinheiros comunitários que estão sendo instalados em aldeias indígenas na região Oeste do Estado.

A ação faz parte da promoção da segurança alimentar das comunidades, desenvolvida por meio do Projeto Opaná Chão Indígena, desenvolvido pela Fundação Luterana de Diaconia (FLD), por meio do Programa CAPA, em parceria com a Itaipu Binacional e do programa Itaipu Mais que Energia.

O encontro teve a participação de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), do Sistema Ocepar, do Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Sistema Faep) e de cooperativas.

Diante de eventuais questionamentos sobre possíveis riscos sanitários decorrentes da criação de subsistência das aves, a Itaipu tranquilizou os participantes e reforçou que todas as medidas sanitárias serão atendidas nesse processo. A empresa também destacou que cooperativas e entidades do setor podem ajudar nesse processo, com o fornecimento de pintainhos, por exemplo.

A reunião de segunda-feira (7) serviu para alinhar a iniciativa da Itaipu e esclarecer os cuidados que serão tomados em relação a protocolos sanitários. Segundo o gestor dos Programas de Sustentabilidade Indígena da Itaipu, Paulo Porto., as galinhas que hoje já existem nas comunidades, criadas soltas, serão confinadas para melhorar o controle. Também será prestada Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para orientar os indígenas sobre o tema.

O protocolo sanitário vai ser definido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e pela Itaipu, que farão um monitoramento constante dos galinheiros para garantir todas as regras de segurança sanitária.

Será também realizado por um processo de georreferenciamento, com o cadastro de todas as galinhas, atendendo ao protocolo já vigente no Paraná. Os galinheiros não poderão conter outras espécies, como patos, marrecos e gansos. O projeto também deve ficar restrito à região Oeste do Estado.

“A reunião foi produtiva, com ganhos para o setor produtivo, pois traz garantias para fortalecer a segurança sanitária. Mas vamos continuar acompanhando a situação, para garantir os interesse dos produtores rurais e do setor agropecuária paranaense”, disse o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.”, disse o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.

“A Itaipu segue garantindo todas as medidas de proteção sanitária no sentido de preservar a produção avícola do Paraná assim como segue comprometida a com a subsistência das comunidades mais vulneráveis do estado, como no caso as aldeias Avá Guarani”, reforçou Paulo Porto.

A produção de carne e ovos obtidas pelos galinheiros destina-se exclusivamente à subsistência das famílias indígenas. O objetivo principal é garantir segurança alimentar por meio do acesso a uma fonte de proteína de qualidade. Não há qualquer finalidade comercial na produção. Ao todo, o projeto prevê a construção de até 64 galinheiros, com capacidade para até 30 aves por lote e até três lotes por estrutura.

É importante destacar que, atualmente, a maioria dos agricultores familiares do Paraná – e não apenas os indígenas – já cria aves de forma extensiva.